A intolerância religiosa não é algo que atinge apenas uma religião, isso é fato. Cada qual ao seu grau. O que acontece é que no Brasil nenhuma outra orientação religiosa foi tão massiva e historicamente perseguida como as religiões denominadas afro-brasileiras, entre elas a Umbanda e o Candomblé. Um estu-do mais aprofundado nos mostra que o motivo primórdio desse preconceito é justamente o fato de ser afro-brasileira. Como tudo que veio da África, como tudo que está relacionado ao negro - por melhor que seja - por mais bonito, sofre ou já sofreu muito preconceito. Podemos citar como exemplos a capoeira, a feijoada e o samba.
...E é mesmo um preconceito histórico. Na época do Império, o Código Criminal de 1830 considerava crime o culto de religião que não fosse a oficial. Em 1832, um decreto obrigou os escravos a se converterem à religião oficial. Quem não se convertesse e continuasse a realizar suas práticas religiosas originais era acusado de feitiçaria e castigado com pena de morte. Até 1976, havia uma lei no Estado da Bahia que obrigava os templos de religiões afro-brasileiras a se cadastrarem na delegacia de polícia mais próxima, o que mostra claramente que eram tratados como um perigo para a sociedade...
...Hoje vivemos, segundo a nossa Constituição Federal de 1988, em um país laico, ou seja, sem religião oficial. O Estado não pode privilegiar nenhuma orientação religiosa, como também não tem o direito de embaraçar o funcionamento de nenhuma outra. Pena que isso fique apenas no papel, pois em todas as esferas do poder, presenciamos o privilégio a algumas e o embaraçamento a outras... Leia o texto completo
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