A caneta corre o papel e letras bem desenhadas vão traduzindo tristezas, alegrias, notícias de longe. As cartas são assim: não têm a rapidez do e-mail, o imediatismo do telefonema, carregam o sentimento curtido pelo tempo. Às vezes dói, como as saudades que Rosilene tem dos filhos que deixou com a avó lá na Bahia para tentar a vida em São Paulo.
“O que passa na cabeça deles? Minha mãe me abandonou, me deixou aqui com minha avó e sumiu”, diz a auxiliar de limpeza Rosilene Lima Costa.
Joilson e Lucas vão saber que não pelas mãos de Clarice. Mikaely Nery Mendonça, de 6 anos, quer uma carta para o Papai Noel.
A voluntária Leila Fagundes de Melo sempre capricha. Foi uma das primeiras engenheiras mecânicas de aviões do Brasil, aposentada descobriu o ofício de escrever cartas como voluntária. (Fonte / Jornal Nacional)
“Eu gosto de fazer com que o pensamento da pessoa seja dito da maneira que vai encantar aquela que vai ler a carta, né?”, conta a voluntária Leila Fagundes de Melo.
Em oito anos de trabalho, as voluntárias já escreveram mais de 200 mil cartas, mas a prática parece não mudar em nada a natureza, a essência desse artesanato de palavras e de emoções.
O mecânico Wilson Santana dos Santos quer dizer para o filho Leonardo que não tem dinheiro para o videogame que ele pediu: “Posso comprar uma bola de couro baratinha para ele jogar com os amigos do bairro lá na quadra”.
Elza capricha na carta: “Espero em Deus que no ano que vem as coisas serão melhores”.
Elas bem que gostariam que as palavras dessem conta de tudo, mas se não dão, trazem um pouco de alívio.
“A melhor palavra que você fala é através de uma carta”, comenta uma voluntária.
Ajudam a cultivar laços de amor, de amizade e a dar asas para um mundaréu de desejos e fantasias.
“Eu quero uma geladeira que já vem com coisinha dentro de fazer comida, quero um joquinho de panela, um fogão”, conta Mikaely Nery Mendonça.
Por que não? De coisas bem práticas também.
“A minha mãe também quer comprar um guarda-chuva”, completa a menina.
“O que passa na cabeça deles? Minha mãe me abandonou, me deixou aqui com minha avó e sumiu”, diz a auxiliar de limpeza Rosilene Lima Costa.
Joilson e Lucas vão saber que não pelas mãos de Clarice. Mikaely Nery Mendonça, de 6 anos, quer uma carta para o Papai Noel.
A voluntária Leila Fagundes de Melo sempre capricha. Foi uma das primeiras engenheiras mecânicas de aviões do Brasil, aposentada descobriu o ofício de escrever cartas como voluntária. (Fonte / Jornal Nacional)
“Eu gosto de fazer com que o pensamento da pessoa seja dito da maneira que vai encantar aquela que vai ler a carta, né?”, conta a voluntária Leila Fagundes de Melo.
Em oito anos de trabalho, as voluntárias já escreveram mais de 200 mil cartas, mas a prática parece não mudar em nada a natureza, a essência desse artesanato de palavras e de emoções.
O mecânico Wilson Santana dos Santos quer dizer para o filho Leonardo que não tem dinheiro para o videogame que ele pediu: “Posso comprar uma bola de couro baratinha para ele jogar com os amigos do bairro lá na quadra”.
Elza capricha na carta: “Espero em Deus que no ano que vem as coisas serão melhores”.
Elas bem que gostariam que as palavras dessem conta de tudo, mas se não dão, trazem um pouco de alívio.
“A melhor palavra que você fala é através de uma carta”, comenta uma voluntária.
Ajudam a cultivar laços de amor, de amizade e a dar asas para um mundaréu de desejos e fantasias.
“Eu quero uma geladeira que já vem com coisinha dentro de fazer comida, quero um joquinho de panela, um fogão”, conta Mikaely Nery Mendonça.
Por que não? De coisas bem práticas também.
“A minha mãe também quer comprar um guarda-chuva”, completa a menina.
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