Um dos maiores projetos brasileiros de pesquisa sobre aids foi fechado por causa de suspeitas de desvio das verbas. O programa funcionava na Universidade Federal do Rio de Janeiro e o financiamento vinha dos Estados Unidos.
Por trás de um mar de grafites e de abandono existe uma ilha de excelência. O projeto Praça Onze reúne pesquisas sofisticadas sobre aids. Quem coordena tudo é o doutor Mauro Schechter, que mostra com orgulho uma obra que é referência na literatura médica mundial.
Tudo funciona em dependências da Universidade Federal do Rio de Janeiro, a UFRJ. Todas as despesas são controladas pela Fundação Universitária José Bonifacio. As verbas vinham do Instituto Nacional de Saúde dos Estados Unidos.
Baseado na qualidade desse trabalho, o governo americano financiava todo ano e há 20 anos praticamente tudo: pesquisas, equipamentos, salários, viagens de estudo, formação profissional.
Por duas vezes americanos vieram ao Rio para pedir explicações sobre o que consideraram um uso indevido das verbas. Pediram também uma prestação de contas. A reitoria e a fundação se negaram a fazer e decidiram romper o contrato.
Segundo o coordenador do projeto, a suspeita de irregularidade é antiga.
“Em junho de 2004 eu me reuni com o reitor. Denunciei formalmente ao reitor que havia desvio de recursos, que havia recursos recebidos que iam parar em contas alheias”, conta Schechter.
Um inquérito policial já indiciou uma secretária por desvio de mais de R$ 1 milhão por meio de cheques. Segundo o professor, há outras irregularidades: ele mostra um e-mail em que uma funcionária da fundação reconhece o sumiço de R$ 600 mil. E garante que uma pequena auditoria feita pela própria universidade apontou o desaparecimento de 498 folhas de um processo.
Os ministérios públicos estadual e federal e o Tribunal de Contas da União começaram a investigar o caso. Mas para o professor pode ser tarde demais. Sem dinheiro, em breve tudo isso será fechado.
“É um dinheiro de origem não-pública. Mas é um dinheiro que é dado ao governo brasileiro, à universidade brasileira para prestar um serviço à população brasileira. Temos atividades de ensino, pesquisa e assistência que são públicas e que estão sendo terminadas por uma vontade de não investigar desvios de recursos”, acusa Schechter.
A reitoria da UFRJ decidiu que não vai se pronunciar sobre o fechamento do programa. A Fundação Universitária José Bonifácio declarou que o programa foi cancelado a pedido da universidade e não comentou as denúncias de desvio do dinheiro.
Por trás de um mar de grafites e de abandono existe uma ilha de excelência. O projeto Praça Onze reúne pesquisas sofisticadas sobre aids. Quem coordena tudo é o doutor Mauro Schechter, que mostra com orgulho uma obra que é referência na literatura médica mundial.
Tudo funciona em dependências da Universidade Federal do Rio de Janeiro, a UFRJ. Todas as despesas são controladas pela Fundação Universitária José Bonifacio. As verbas vinham do Instituto Nacional de Saúde dos Estados Unidos.
Baseado na qualidade desse trabalho, o governo americano financiava todo ano e há 20 anos praticamente tudo: pesquisas, equipamentos, salários, viagens de estudo, formação profissional.
Por duas vezes americanos vieram ao Rio para pedir explicações sobre o que consideraram um uso indevido das verbas. Pediram também uma prestação de contas. A reitoria e a fundação se negaram a fazer e decidiram romper o contrato.
Segundo o coordenador do projeto, a suspeita de irregularidade é antiga.
“Em junho de 2004 eu me reuni com o reitor. Denunciei formalmente ao reitor que havia desvio de recursos, que havia recursos recebidos que iam parar em contas alheias”, conta Schechter.
Um inquérito policial já indiciou uma secretária por desvio de mais de R$ 1 milhão por meio de cheques. Segundo o professor, há outras irregularidades: ele mostra um e-mail em que uma funcionária da fundação reconhece o sumiço de R$ 600 mil. E garante que uma pequena auditoria feita pela própria universidade apontou o desaparecimento de 498 folhas de um processo.
Os ministérios públicos estadual e federal e o Tribunal de Contas da União começaram a investigar o caso. Mas para o professor pode ser tarde demais. Sem dinheiro, em breve tudo isso será fechado.
“É um dinheiro de origem não-pública. Mas é um dinheiro que é dado ao governo brasileiro, à universidade brasileira para prestar um serviço à população brasileira. Temos atividades de ensino, pesquisa e assistência que são públicas e que estão sendo terminadas por uma vontade de não investigar desvios de recursos”, acusa Schechter.
A reitoria da UFRJ decidiu que não vai se pronunciar sobre o fechamento do programa. A Fundação Universitária José Bonifácio declarou que o programa foi cancelado a pedido da universidade e não comentou as denúncias de desvio do dinheiro.
(Fonte / Jornal Nacional)
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