Assassinos de Dorothy vão passar Dia dos Pais em casa

BELÉM - A Justiça do Pará decidiu que os pistoleiros Clodoaldo Carlos Batista e Rayfran das Neves Sales, o primeiro, condenado a 17 anos de prisão e o segundo, a 28 anos, pelo assassinato da missionária norte-americana Dorothy Stang, devem ficar quatro dias fora da cadeia para visitar seus pais e com eles comemorar o dia dos pais, no próximo domingo.
O benefício concedido aos dois criminosos pelo juiz de Execuções Penais, José Godinho Soares, porém, está provocando protestos de entidades de direitos humanos e da própria Comissão Pastoral da Terra (CPT), a qual a missionária pertencia. Elas entendem que há risco de Batista e Sales fugirem durante os dias em que estarão fora da cadeia.
Segundo o juiz, o pedido de saída temporária é comum em épocas comemorativas como o dia dos pais, Natal e Ano Novo. Outros 800 presos também ingressaram com pedido de saída temporária para ficar com os pais. Dorothy Stang foi morta com seis tiros, pelas costas, depois de ler um trecho da Bíblia para os assassinos. Ela defendia agricultores sem-terra de Anapu, no sudoeste do Pará, e combatia a devastação da floresta amazônica.