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sexta-feira, 23 de agosto de 2019

Apesar de prazo vencer, instituições permanecem ocupando Museu do Crédito Real em Juiz de Fora

As instituições e grupos culturais instalados nas salas do prédio do Museu do Crédito Real, em Juiz de Fora, permanecem no local nesta quinta-feira (22), mesmo após o prazo de 30 dias para a desocupação do espaço pedido pela Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais em 22 de julho, ter se encerrado. 
A justificativa do Governo Estadual para a desocupação de cinco grupos culturais, como Associação dos Funcionários Aposentados do Banco de Crédito Real de Minas Gerais (ASFAC); Associação de Cultura Luso-Brasileira; Agência de Desenvolvimento de Juiz de Fora e Região (ADJFR); Instituto Histórico e Geográfico de Juiz de Fora; e Instituto Teuto-Brasileiro William Dilly, é a redução de despesas para retomar o equilíbrio das contas públicas, visando alocar secretarias em prédios públicos. Segundo Rita Couto, presidente do Instituto Teuto-Brasileiro William Dilly, uma das entidades culturais que estão no Crédito Real, a questão vai além da desocupação do espaço.
A justificativa do Governo Estadual para a desocupação de cinco grupos culturais, como Associação dos Funcionários Aposentados do Banco de Crédito Real de Minas Gerais (ASFAC); Associação de Cultura Luso-Brasileira; Agência de Desenvolvimento de Juiz de Fora e Região (ADJFR); Instituto Histórico e Geográfico de Juiz de Fora; e Instituto Teuto-Brasileiro William Dilly, é a redução de despesas para retomar o equilíbrio das contas públicas, visando alocar secretarias em prédios públicos. 
Segundo Rita Couto, presidente do Instituto Teuto-Brasileiro William Dilly, uma das entidades culturais que estão no Crédito Real, a questão vai além da desocupação do espaço. 

"Não somos, de forma alguma, contra o Governo Estadual tomar medidas de contenção de despesas, como o pagamento de alugueis para as secretarias. No entanto, a decisão de retirar nossas instituições do prédio do Museu do Crédito Real foi tomada sem que o nosso acervo e nosso trabalho fossem conhecidos e reconhecidos, fato que recebemos de todas as gestões estaduais nos últimos 17 anos.", explica a jornalista e porta-voz das entidades instaladas. 

Ao G1, o Governo de Minas Gerais informou, em nota, que está remanejando parte do edifício onde atualmente funciona o Museu do Crédito Real para abrigar as unidades regionais prestadoras de serviço à população de Juiz de Fora, ligadas às Secretaria de Estado de Fazenda, Secretaria de Planejamento e Gestão e Secretaria de Desenvolvimento Social. Ainda segundo a nota, serão mantidos no local o Instituto Itamar Franco e o Museu de Crédito Real, considerados, segundo a Secretaria, "instituições que abrigam acervos bastante relevantes". Para Rita, este posicionamento do Governo mostra o não reconhecimento do trabalho das outras entidades culturais. "Com essa afirmação em nota oficial, mostra que o Governo de Minas Gerais não vê relevância nos acervos históricos e culturais de instituições que possuem mais de 50 anos de existência, como é o caso da Associação de Cultura Luso-Brasileira, o Instituto Histórico e Geográfico de Juiz de Fora e o Instituto Teuto-Brasileiro", ressalta. 'Nosso pedido é de diálogo' Segundo a presidente do Instituto Teuto-Brasileiro, não foi realizado por nenhuma das cinco entidades culturais o pedido de prorrogação do prazo de desocupação das salas. "Nosso pedido é para continuarmos no prédio, nosso pedido é de diálogo, para que possamos chegar a uma solução equilibrada, que atenda satisfatoriamente os dois lados.", afirma Rita. A Secretaria de Estado de Cultura e Turismo confirmou, na quarta-feira (21), que não recebeu nenhum pedido de prorrogação. Rita Couto também esclarece que, até o momento, as instituições instaladas não foram informadas de como seria o procedimento do Governo Estadual no caso de não saírem do prédio. Segundo ela, o documento recebido apenas informava o prazo de 30 dias para a desocupação e também afirmou que já se posicionou judicialmente contra o ofício. A presidente reitera que foram feitas solicitações para a permanência das entidades de forma oficial, por meio de correspondências e e-mail e que não foram respondidos pelo Estado.
Em reunião ordinária na terça-feira (20), a Câmara Municipal de Juiz de Fora solicitou a permanência do prédio do Museu do Crédito Real como patrimônio público cultural, histórico e social da cidade. O pedido foi feito por meio de representação, encaminhada ao governador do Estado de Minas Gerais, Romeu Zema, e à Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG). No pedido, protocolado pelo vereador Juraci Scheffer (PT), a intenção é que o Governo do Estado promova a doação do prédio para a cidade de Juiz de Fora, tornando o município responsável por gerenciar, administrar e conservar o espaço. O G1 entrou em contato com o Governo de Minas Gerais para saber as medidas caso as entidades não saiam do prédio e não obteve resposta até o fechamento desta reportagem. Museu do Crédito Real Até o final da década de 1990, todos os andares do edifício histórico pertenciam ao Crédito Real. O banco foi leiloado, o prédio foi restaurado e no início dos anos 2000, foi entregue à população. As instituições culturais que funcionam no espaço foram convidadas pelo então governador de Minas Gerais, Itamar Franco, a ocupar o imóvel. Elas ajudam com serviços de manutenção, além do pagamento das contas de luz e água. O Instituto Teuto-brasileiro Willian Dilly possui acervo de quatro mil documentos, 10 mil fotografias e três mil itens que pertenceram a imigrantes ou descendentes de alemães, entre eles, o livro de registro com o nome dos 1.193 imigrantes que chegaram da Alemanha em 1858. O Governo do Estado informou que o acervo do Museu de Crédito Real será revitalizado e ganhará um novo projeto expográfico, já que o atual é do ano 2000. Foi informado também que estão sendo negociadas formas de incremento ao acervo disponível para torná-lo ainda mais interessante ao público e complementar a compreensão da importância do edifício e de seu contexto na cidade.
De acordo com a nota emitida pelo Estado, o outro acervo a ser mantido é do Instituto Itamar Franco. De acordo com Rita Couto, este acervo está há mais de 3 anos instalado no Memorial da República Presidente Itamar Franco, na Rua Benjamin Constant. São realizadas, pelas cinco instituições no que estão no prédio, atividades culturais gratuitas para a população como palestras, simpósios históricos, saraus, contação de histórias, lançamentos de livros, fóruns, encontros, batalhas poéticas, seminários e exposições. Caso sejam retirados do espaço, as entidades podem ter suas atividades suspensas. Íntegra do Estado "Diante do desastre fiscal herdado pelo Governo Estadual, que assumiu sua gestão com um passivo de R$ 34,5 bilhões, é necessária a redução de despesas para retomar o equilíbrio das contas públicas. Dentre as diretrizes do Governo de redução de despesas, está a utilização dos prédios públicos pelas próprias Secretarias. Isso evita o pagamento de altos aluguéis e alivia a difícil situação fiscal pela qual o Estado passa atualmente. Dessa forma, o Governo está remanejando parte do edifício onde atualmente funciona o Museu do Crédito Real para abrigar as unidades regionais prestadoras de serviço à população de Juiz de Fora, ligadas às Secretaria de Estado de Fazenda, Secretaria de Planejamento e Gestão e Secretaria de Desenvolvimento Social. No local, serão mantidos o Instituto Itamar Franco e o Museu de Crédito Real, instituições que abrigam acervos bastante relevantes. As outras entidades privadas que se encontram atualmente no edifício, sem pagamento de aluguel, foram previamente oficiadas sobre a necessidade de desocupação. O prazo legal é de 30 dias e até o momento não foi protocolado nenhum pedido de prorrogação pelas instituições interessadas. Representantes do governo também estiveram no local e se reuniram com as instituições privadas que ocupam atualmente o edifico público, para tratar da desocupação dos espaços.
Foram realizadas reuniões dos servidores estaduais com representantes da Fundação Cultural Alfredo Ferreira Lage (Funalfa), da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Turismo e Agropecuária - SEDETA, e da Universidade Federal de Juiz de Fora para oferecer diversas parcerias no segmento cultural. A superintendente de Museus do Estado, Ana Werneck, esteve pessoalmente em Juiz de Fora, nos dias 22 e 23 de julho, em reuniões com representantes das instituições, tentando encontrar as melhores alternativas para a preservação e melhoria das ofertas culturais. Por fim, o Governo ressalta que serão preservados os relevantes acervos do Instituto Itamar Franco e do Museu de Crédito Real. Esse último será revitalizado e ganhará um novo projeto expográfico, já que o atual é do ano 2000. Além disso, estão sendo negociadas formas de incremento ao acervo disponível para torná-lo ainda mais interessante ao público e complementar a compreensão da importância do edifício e de seu contexto na cidade. A Secretaria de Estado de Cultura e Turismo também irá participar do Conselho do Centro de Conservação da Memória (Cecom) da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) para prestar apoio técnico museológico para as ações da universidade."
https://g1.globo.com/mg/zona-da-mata/noticia/2019/08/22/apesar-de-prazo-vencer-instituicoes-permanecem-ocupando-museu-de-credito-real-em-juiz-de-fora.ghtml

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