A aguardada visita dos 33 homens resgatados da mina San José ao acampamento Esperança, onde seus familiares esperaram por eles durante mais de dois meses, aconteceu neste domingo em clima de tensão. Enquanto alguns dos mineiros presos participavam de uma missa, outros trabalhadores da mina San José – que não sofreram o acidente – faziam um barulhento protesto.
Segurando cartazes que diziam “não somos 33, somos 300” e “somos o outro lado da moeda”, os manifestantes pediam que a empresa San Estebán, dona da mina, pague os salários dos últimos 70 dias, além do chamado “finiquito”, espécie de fundo de garantia necessário para que possam ser contratados para outro trabalho.
“A imprensa não conta nossa história e o governo só mostra o lado bonito”, dizia uma das manifestantes. “Nós, que somos os feios, os desamparados, estamos esquecidos.”
Alguns dos 33 mineiros que sofreram o acidente, como Jimmy Sanchéz, Darío Segovia e Carlos Mamani, foram ao encontro dos manifestantes para expressar seu apoio. Outros, porém, deixaram o local sem falar com os ex-colegas de mina San José.
“A minoria saiu para nos dar respaldo, os outros saíram pelos fundos”, afirmou ao iG Pedro Durán, um dos manifestantes. “Estamos pedindo o que eles também vão pedir. Estamos lutando pela mesma coisa.” Leia mais - Mineiros do Chile - iG
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