Rio de Janeiro, capital federal. Carnaval, o maior divertimento popular. Em 14 de setembro de 1941, nasce a Companhia Cinematográfica Atlântida, lançadora de gênero bem nosso: a chanchada, comédia carnavalesca com pitadas de ingênua malícia. Na fórmula, romantismo, música e trapalhadas. Com a entrada do italiano Ricardo Freda na história, surge outro ingrediente e a receita fica completa. Em 1950, estréia Carnaval no fogo, que também tem brigas, socos e correrias burlescas.Chanchada era sinônimo de filme menor. Mas lotava os cinemas. Deixou pérolas, como Nem Sansão, nem Dalila, paródia do hollywoodiano Sansão e Dalila. Na tela, a impagável dupla Oscarito e Grande Otelo. O bandido José Lewgoy em Matar ou correr, outra paródia, que brincava com o faroeste Matar ou morrer; os “mocinhos” Eliana e Anselmo Duarte em Aviso aos navegantes; e mais Cyll Farney, Zezé Macedo, Sônia Mamede, Ilka Soares, Zé Trindade. Em 1961, o Rio não é mais capital federal nem diverte mais o País com as chanchadas: a Atlântida fecha as portas.
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