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sábado, 7 de agosto de 2010

O barão bicheiro e seu empregado mexicano

João Batista Viana Drummond, o barão de Drummond, era empreendedor. Em 1888, fundou um zôo em Vila Isabel, Rio. Com a República (1889), perde a subvenção da Coroa e passa a cobrar ingresso, mas faltam visitantes. O empregado Manuel Ismael Zevada, descendente de mexicanos, sugere um sorteio diário como promoção. Lembrou-se do jogo das flores, no México: bastava substituir alecrim por avestruz, beijo-de-frade por burro e assim por diante. O patrão aprova e cria uma das mais sólidas instituições nacionais, o jogo do bicho. A entrada, a 1 mil réis, vinha numerada de 1 a 25, com o bicho correspondente estampado. De manhã, o barão escolhia a gravura de um bicho, que depositava numa caixa em público. À tarde, quem tivesse o número do bicho sorteado recebia 20 mil réis. Quando a moçada começou a comprar mais de um bilhete para aumentar a chance de ganhar, o barão passou a escolher o bicho que tivesse menos bilhetes vendidos. Foi um sucesso. Espertalhões vendiam em vários pontos do Rio bilhetes semelhantes. Às 3 da tarde, um informante saía do zôo com o resultado para a apuração paralela. Dois anos antes da morte de Drummond (7 de agosto de 1897), o jogo foi proibido. Mas estava espalhado. Nunca mais legalizaram e, talvez por isso, já seja centenário.

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