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quarta-feira, 5 de agosto de 2009

GRIPE "A" - É preciso quebrar a patente e distribuir de graça os medicamentos

Pacientes com sintomas da gripe suína são obrigados a voltar para casa sem os remédios. Enquanto isso, ministro diz que governo está "longe da quebra de patentes" para produzir vacinas e medicamentos contra epidemia

O governo alega que a restrição serve para não tornar o vírus "mais resistente". Trata-se de uma desculpa esfarrapada, impossível de ser sustentada em qualquer discussão séria sobre o tema. Para evitar uma possível resistência, pessoas são condenadas à morte. Mata-se para preservar o remédio. O verdadeiro motivo é a submissão do governo Lula às multinacionais. Não quer quebrar a patente do oseltamivir (Tamiflu) para não se chocar com o laboratório suíço Roche, que produz o medicamento.
"Estamos longe da quebra de patentes. Essa opção não se coloca no cenário", disse o ministro da Saúde, José Gomes Temporão.
A recusa do governo é um verdadeiro crime que só beneficia as grandes indústrias farmacêuticas. As vendas da Roche aumentaram 203% no primeiro semestre de 2009. Nesse período, as vendas de Tamiflu alcançaram 1 bilhão de francos suíços (cerca de R$ 1,7 bilhão) nos primeiros seis meses.
As vacinas também são fabricadas por um punhado de multinacionais. Os governos dos países ricos já compraram 1,8 bilhão de doses de forma antecipada. Só a França já comprou 100 milhões de doses, quase duas vezes mais que sua população de 64 milhões habitantes. O resultado é a falta de vacinas nos países da América Latina, onde há o maior número de casos e mortes causadas pela epidemia. O Brasil, por exemplo, só vai contar com vacinas no próximo ano, pois os estoques foram vendidos para os países imperialistas.
Infectologistas apontam para uma segunda onda da gripe suína na América do Sul no próximo inverno de 2010, quando o vírus será ainda muito mais grave e letal. Ao não quebrar as patentes para iniciar imediatamente a fabricação de medicamentos e vacinas, o governo terá deliberadamente deixado morrer milhares de pessoas que, se tratadas, poderiam ser salvas.
As entidades dos movimentos sindical, popular e estudantil devem exigir do governo a imediata quebra de patentes para que o país possa combater a gripe suína. O monopólio da vacina e dos medicamentos não pode ficar nas mãos de um punhado de capitalistas que buscam o lucro com a morte do povo pobre.
A quebra de patentes deve ser a primeira medida de um amplo programa de combate à gripe suína. As entidades sindicais e estudantis devem exigir que o governo pare de restringir o acesso da população aos medicamentos e defender a sua distribuição gratuita a toda a população, além de uma ampla campanha nacional de vacinação. Essa deve ser a primeira medida de um plano de saúde estatal, gratuito e de qualidade para o conjunto da população.
(Jeferson Choma da redação do Opinião Socialista)

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