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quinta-feira, 6 de agosto de 2009

Entenda a gripe suína e seus riscos

A Organização Mundial de Saúde (OMS) declarou que a gripe suína se transformou em uma pandemia global.

Isto significa que o vírus causador da doença está se espalhando em pelo menos duas regiões do mundo, com aumento do número de casos observado em países como Grã-Bretanha, Austrália, Japão e Chile.

Segundo a OMS, a gripe suína já afetou quase 30 mil pessoas em mais de 70 países e causou 144 mortes. No Brasil, o Ministério da Saúde afirma que há mais de 50 casos confirmados, mas diz que 75% deles são importados (de pessoas que foram contaminadas em viagens a países afetados e não em território nacional) e muitos pacientes já receberam alta.

De acordo com o Ministério da Saúde, "o Brasil se antecipou a todas as medidas recomendadas pela OMS" e, por isso, a declaração de pandemia "não muda em nada os procedimentos que o governo brasileiro adotou para a vigilância, diagnóstico e tratamento da doença".


Entenda o que é a gripe suína e quais seus riscos.

O que é a gripe suína?

É uma doença respiratória causada por uma variação do vírus influenza tipo A, conhecido como H1N1.

O H1N1 é a mesma variedade de vírus que causa epidemias sazonais de gripe regularmente em humanos.

Mas esta última versão do H1N1 é diferente: contem material genético que é encontrado, tipicamente, em variações do vírus que afetam humanos, aves e suínos.

Vírus de gripe têm a habilidade de trocarem seus componentes genéticos entre eles, quando entram em contato próximo no mesmo hospedeiro.

Neste caso, porcos podem ter fornecido o local ideal para criar a nova variedade do vírus.

Mas apesar da variedade do vírus poder ter se originado em porcos, agora a doença é totalmente humana e pode se propagar de pessoa para pessoa através de tosse e espirros.

Qual o nível de perigo?

Os sintomas da gripe suína em humanos parecem ser semelhantes aos de uma gripe comum.

Entre os sintomas estão febre, tosse, garganta inflamada, dores pelo corpo, sensação de frio e fadiga.

Até o momento a maioria dos casos de gripe suína parece ser de uma gripe suave, apesar de apresentar diarreia mais frequentemente do que a gripe normal.

No entanto, até a segunda semana de junho mais de 140 pessoas tinham morrido depois de terem sido infectadas com o vírus.

A OMS afirma que, até o momento, a maioria das pessoas que desenvolveram os sintomas da infecção não precisaram de medicamentos para uma recuperação completa.

O Centro de Controles de Doenças (CDC) dos Estados Unidos estima que cerca de 25% das pessoas infectadas com o vírus precisam de tratamento em hospitais.

No entanto é difícil obter uma estimativa precisa, pois muitos casos de gripe suína não foram diagnosticados.

Nos Estados Unidos, por exemplo, as autoridades estimam que até 19 em cada 20 casos da doença não serão diagnosticados oficialmente.

O quanto as pessoas devem se preocupar?

Quando um novo tipo de vírus da gripe aparece e adquire a capacidade de ser transmitido de pessoa para pessoa, é monitorado de perto para verificar seu potencial de gerar uma epidemia global, ou pandemia.

A Organização Mundial da Saúde já declarou pandemia global de gripe suína. Esta pandemia é definida pela ampla transmissão do vírus em pelo menos duas grandes regiões do mundo.

Porém os especialistas dizem que ainda é muito cedo para avaliar completamente a situação.

Especialistas afirmam que o vírus deve infectar uma em cada três pessoas que forem expostas a ele. Para comparar, a gripe tradicional sazonal infecta cerca de uma pessoa em cada dez.

Ninguém conhece todo o impacto potencial de uma pandemia, mas especialistas advertem que poderia custar milhões de vidas em todo o mundo.

A pandemia de gripe espanhola, iniciada em 1918 e também causada por um tipo de vírus H1N1, matou 50 milhões e infectou 40% da população mundial.

A diretora-geral da OMS, Margaret Chan, afirmou que a situação atual é diferente da de 1918. A pandemia de gripe espanhola ocorreu em uma época em que os antibióticos não estavam disponíveis e quando os países passaram por graves dificuldades depois da Primeira Guerra Mundial.

Também há a esperança de que, como os seres humanos são normalmente expostos a formas do H1N1 por meio de gripes sazonais, nossos sistemas imunológicos já estão preparados para combater a infecção.

Porém o fato de que muitas das vítimas serem jovens aponta para algo incomum. As gripes sazonais normais tendem a afetar mais os idosos ou os bebês.

O caso do México é diferente?

A alta taxa de mortalidade no México - onde o vírus no momento parece estar causando sintomas mais graves e foram registradas mais de 100 mortes - sugere que fatores incomuns podem estar em jogo neste caso.

Alguns especialistas sugeriram a possibilidade de que outros vírus, não relacionados à gripe suína, possam também estar circulando no país, tornando os sintomas da gripe suína ainda piores.

Por outro lado também pode ser o caso de as pessoas infectadas com o vírus estarem buscando ajuda médica apenas nos estágios mais avançados da doença e contarem com um sistema de saúde pública que não estava preparado para lidar com o problema.

Foi sugerido que a forma de gripe suína que circula no México pode ter diferenças sutis das outras formas. Mas análises realizadas pelo CDC não encontraram variações na genética das amostras do vírus coletadas em várias partes do mundo.

O vírus pode ser contido?

O vírus já se estabeleceu pelo mundo e a maioria dos especialistas acredita que, em uma época de maior facilidade para viagens aéreas, este vírus não poderá ser contido.

A OMS afirma que restringir os voos não terá muito efeito na contaminação pela doença. A organização afirma que o exame dos passageiros também não deve causar muito impacto, pois os sintomas podem não aparecer em muitos infectados.

A gripe suína pode ser tratada?

Duas drogas geralmente usadas para tratar casos de gripe, Tamiflu e Relenza, se mostraram úteis no tratamento de casos registrados até agora.

Porém esses remédios devem ser ministrados nos estágios iniciais da doença para terem efeito.

O uso desses medicamentos também torna mais difícil que pessoas infectadas passem o vírus para outros.

Ainda não está claro que efeito as atuais vacinas podem ter para oferecer proteção contra o novo tipo do vírus, já que ele é geneticamente diferente de outros tipos.

Cientistas do mundo todo estão trabalhando na criação de uma nova vacina, mas poderão ser necessários meses de pesquisa para seu aperfeiçoamento e a fabricação de grandes quantidades de suprimentos para atender ao que poderá se transformar em uma enorme demanda.

Uma vacina foi desenvolvida em 1976 para proteger os seres humanos de um tipo de gripe suína.

Porém a vacina provocou efeitos colaterais graves, com mais mortes por causa da vacina do que por causa do foco de gripe.

O que eu devo fazer para me proteger?

Qualquer pessoa com sintomas de gripe e que podem ter tido contato com o vírus da gripe suína, como aqueles que viajaram para países afetados, devem procurar ajuda médica.

Mas os pacientes não devem ir a clínicas médicas, para evitar transmitir a doença para outras pessoas. Em vez disso, devem ficar em casa e contactar seus serviços de saúde para receber recomendações.

Que medidas posso tomar para evitar a contaminação?

Evite contato com pessoas que parecem não estar bem e que tenham febre e tosse.

Medidas comuns para se evitar infecções e de higiene manual podem ajudar a reduzir a transmissão de viroses, incluindo a gripe suína em humanos.

Estas medidas podem ser simples como cobrir a boca e o nariz quando tossir ou espirrar, usar lenços de papel quando possível e jogá-los no lixo logo após o uso.

É importante também lavar as mãos frequentemente com água e sabão para evitar que o vírus se propague de suas mãos para a face ou para outra pessoa. Outra providência é limpar a maçaneta de portas com frequência, usando produtos normais de limpeza.

Ao cuidar de uma pessoa gripada, o uso de máscara cobrindo o nariz e a boca diminui o risco de transmissão.

É seguro comer carne de porco?

Sim, não há evidência de que a gripe suína pode ser transmitida ao se comer carne de animais infectados.

Mas é essencial que a carne tenha sido cozida direito. Uma temperatura acima de 70°C mataria o vírus.

E a gripe aviária?

O tipo de vírus da gripe aviária responsável pela morte de algumas centenas de pessoas no sul da Ásia nos últimos anos é diferente do da gripe suína.

O vírus da atual gripe suína é o H1N1 e o da gripe aviária é o H5N1. Especialistas temem que o H5N1 tem o potencial de gerar uma pandemia por causa de sua capacidade de mutação rápida.

Mas até agora, a gripe aviária permanece de forma geral uma doença de pássaros. Todos os humanos infectados trabalhavam em contato próximo com pássaros e casos de transmissão entre humanos são extremamente raros.

Não há indícios de que o H5N1 tenha a habilidade de ser transmitido facilmente de uma pessoa à outra.

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