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segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

Observatório Comunitário / Crime comum ou crime político?

“Estamos vivendo uma época no mínimo estranha. Estamos vivendo a época da subversão de valores que antes eram cultuados como fundamentais para uma vida reta. Parece que hoje vale tudo para se alcançar um objetivo. Não importa os meios, não importa a maneira, contanto que se chegue lá no topo.
Antigamente, o mal era reconhecido como coisa má, o assassínio como assassínio, mas hoje o assassínio é meio de alcançar um resultado benéfico para o homem. Sacrificamos o presente ao futuro, e pouco importa os meios de que nos servimos, desde que nosso propósito expresso seja o de produzir um resultado que, dizemos trará um fim justo, e justificamos o meio injusto com idéias”.
Digo isso porque o episódio de Cesare Battisti tem provocado muitas reações diferentes não só no Brasil como também na Itália. Leia (abaixo) o que foi publicado pela imprensa:

Críticas a refúgio a italiano são ideológicas, diz Tarso
O ministro da Justiça, Tarso Genro, chamou nesta sexta de "juízes ideológicos" os que criticaram a decisão do governo brasileiro de conceder status de refugiado ao terrorista italiano Cesare Battisti. Tarso esteve em Canoas, na região metropolitana de Porto Alegre. A informação é do jornal Folha de S.Paulo.
Tarso disse ainda que abrigar Battisti está de acordo com a tradição do Brasil "de acolher os criminosos políticos ou aqueles que são acusados de crimes políticos". Como exemplo, ele citou ditadores que conseguiram asilo no país após a queda de seus regimes, como o general paraguaio Alfredo Stroessner e o ex-presidente de Portugal Marcelo Caetano.
Na última terça-feira, o ministro da Justiça brasileiro concedeu o refúgio político a Cesare Battisti, 54 anos, ex-ativista de extrema-esquerda e condenado em 1993 na Itália à prisão perpétua por quatro assassinatos que teriam sido cometidos na década de 70 quando militava no Proletários Armados pelo Comunismo (PAC), grupo ligado às Brigadas Vermelhas.
A decisão garante que Battisti deixe a prisão de Papuda, em Brasília, e nega, conseqüentemente, o pedido de extradição italiano. Genro afirmou que sua decisão foi baseada na "existência fundada de um temor de perseguição" contra Battisti, que alega inocência.
A situação gerou certa tensão entre as duas nações e levou a Itália a emitir um pedido oficial de reconsideração ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva.(Fonte JB)


O que nos chama bastante à atenção são as palavras do Ministro: “abrigar Battisti está de acordo com a tradição do Brasil "de acolher os criminosos políticos ou aqueles que são acusados de crimes políticos". Como exemplo, ele citou ditadores que conseguiram asilo no país após a queda de seus regimes, como o general paraguaio Alfredo Stroessner e o ex-presidente de Portugal Marcelo Caetano”.
Os grandes heróis, aqueles que são admirados, venerados, são os vilões das histórias, seja no cinema, teatro, televisão, no esporte e o que é pior, na vida real. Conhecemos bem o poder da propaganda a favor dessa situação. Esta é uma das maiores calamidades que pode acontecer: empregar idéias como meio de transformar o homem no sentido de não dar importância ao homem. O homem perdeu toda a importância. O homem não tem nenhuma significação. A vida passou a não ter nenhuma importância, nenhum significado. Temos uma soberba estrutura de idéias para justificar o mal. Estamos ou não vivendo uma época no mínimo estranha?
Tão importantes se tornaram as coisas fabricadas pela mão ou pela mente, que por causa delas, estamos matando, destruindo, massacrando, liquidando. Estamos nos abeirando de um precipício. Cada uma de nossas ações está nos levando para lá; toda ação política, toda ação econômica, está fatalmente nos conduzindo para o precipício.
E para você leitor, afinal de contas: crime político ou crime comum?

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