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quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

Aposentados perdem 45% / Em seis anos, aumenta o abismo entre o salário mínimo e os demais benefícios da Previdência

Luciene Braga / Rio - Com o anúncio do reajuste de 12,05% para o salário mínimo, que passará dos atuais R$ 415 para R$ 465 no dia 1º de fevereiro, o abismo entre os benefícios do INSS acima desse valor e do piso previdenciário será de 45%, desde 2003 (primeiro ano do governo Lula), e de 85% a 95%, desde 1991 (quando o marco regulatório da Lei de Previdência Social desvinculou os reajustes). Aposentados e pensionistas viam no Projeto de Lei nº 01/07, que prevê aumento único para todos, esperança para este ano, mas a proposta foi retirada de pauta, frustrando os segurados.Segundo o consultor da Confederação Brasileira de Aposentados e Pensionistas (Cobap), Maurício de Oliveira, hoje, a média dos benefícios pagos pela Previdência é de dois mínimos. “Se persistir essa política de reajustes, de valorização do salário mínimo em detrimento dos benefícios da faixa superior, há uma forte tendência de que essa média se direcione ao salário mínimo”, avalia. “Não há erro na valorização do mínimo. Temos grande avanço nesse sentido. Houve tempo em que se defendeu o mínimo de US$ 100, e o governo dobrou isso. É importante que seja feito, mas os benefícios restantes estão sofrendo perdas históricas cumulativas. Dezenas de milhares caem de faixas anualmente”, adverte.Presidente da Associação de Aposentados e Pensionistas de Volta Redonda (AAP- VR), Ubirajara Vaz reagiu às perdas. Segundo ele, a categoria está indignada com a diferença entre os índices de reajuste. Vaz disse que “baixou o espírito da Flora no ministro”, referindo-se à vilã da novela ‘A Favorita’, encerrada sexta-feira, e ao ministro José Pimentel, da Previdência. O sindicalista tem cálculos que indicam perdas ainda maiores: “A defasagem no salário da categoria chegará a aproximadamente 105%, em relação ao piso , caso esse índice seja aprovado”.
ABAIXO DO PISO
Aposentado há 10 anos, José Carlos Vanni, 63, viu seus rendimentos caírem mais que a metade. Ele, que contribuiu com o piso de sete salários mínimos, recebe hoje apenas três. “Quando me aposentei, estava crente que ia ter uma vida tranqüila. Hoje, vivo estressado devido à situação econômica. Preciso trabalhar para completar a renda”, desabafa. José conta que voltou a estudar para poder melhorar o padrão de vida. “Faço curso técnico em Turismo em uma escola estadual. Apesar de já ter Ensino Superior, procuro outros caminhos. É difícil conseguir emprego na minha idade”, admite. Enquanto isso, torce pela aprovação dos projetos de lei do senador Paulo Paim (PT-RS). “Reconheço valores no presidente Lula, mas, com relação aos aposentados, ele não cumpriu as promessas”, queixa-se.

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