Nápoles enfrenta problema com lixo

Na Itália, o acúmulo de lixo na cidade de Nápoles voltou ao noticiário internacional. Cidadãos revoltados provocaram mais de 70 focos de incêndio desde domingo. Nos últimos dias, a coleta tinha sido suspensa de novo, como informa a correspondente Ilze Scamparini.
Os napolitanos agora reagem com raiva. Enormes fogueiras de lixo iluminaram Nápoles na madrugada, mobilizando os bombeiros.
A revolta da população também paralisou trens. Os trilhos da estação de San Giovanni ficaram cheios de lixo. Os trens tiveram que ser desviados para rotas alternativas.
Cinqüenta mil toneladas de lixo estão nas ruas da região da Campania, cinco mil em Nápoles. Os riscos para a saúde são altos. As cidades estão infestadas de insetos e o lixo queimado libera substâncias cancerígenas.
Uma mulher diz que as autoridades devem agir com rapidez. “Ou estão esperando que peguemos cólera?”, ela pergunta.
Um novo aviso da comissão européia foi dado à Itália, para que o governo tome medidas eficazes e imediatas. O chefe da Defesa Civil, Alessandro Pansa, reconhece que a situação é tensa, mas avisou que já começou a coleta.
Como os depósitos da região chegaram à capacidade máxima, as montanhas de lixo estão sendo mandadas para a Alemanha, de trem. A Itália paga 250 euros por cada tonelada que sai do país.
A primeira reunião ministerial do governo de Silvio Berlusconi será feita em Nápoles, nesta quarta-feira. O novo governo afirmou que vai dar prioridade absoluta à crise do lixo, para que não se transforme numa crise de saúde pública.