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sexta-feira, 9 de maio de 2008

Baixada tem maior número de casos de violência contra a mulher

Júlia Moura, JB Online / RIO - Os municípios de Nova Iguaçu, Mesquita e Nilópolis, na Baixada Fluminense do Rio de Janeiro, apresentaram os maiores números de mulheres vítimas de violência, de acordo com o Dossiê Mulher, estudo divulgado nesta quarta-feira pelo Instituto de Segurança Pública do Rio de Janeiro. Em segundo lugar está o município de Duque de Caxias.
O objetivo do estudo foi traçar um diagnóstico dos principais crimes relacionados à violência contra a mulher. Foram selecionados quatro títulos de violência das quais as mulheres costumam ser vítimas mais freqüentemente, e o homicídio doloso por ser o mais grave crime contra a pessoa. Os títulos selecionados foram: estupro, atentado violento ao pudor, ameaça e lesão corporal dolosa.
Das dez Áreas Integradas de Segurança Pública (AISP) com maiores números de vítimas de ameaça, seis referem-se a áreas onde as Delegacias Especializadas de Atendimento aa Mulher (DEAM) estão localizada fisicamente.
De acordo com o Dossiê Mulher as constantes campanhas de esclarecimento e apoio às mulheres vítimas de violência têm incentivado a procura pelas Delegacias Especializadas para registrarem esses delitos. Para a Coordenadora das Delegacias Especializadas de Atendimento aa Mulher (DEAM), Inamara Pereira Costa, o aumento de registro da violência contra a mulher está ligado a questão cultural.
- A violência contra a mulher é uma da mais democráticas porque atinge as mulheres de todas as classes sociais e de todas as idades. Mas agente percebe que nas comunidades carentes as pessoas têm mais coragem de procurar uma delegacia de policia. Está relacionado a questão cultural. Nas delegacias da Baixada Fluminense e São Gonçalo agente percebe um número muito grande. Já na Zona Sul as pessoas não procuram tanto estas delegacias – avalia Inamara Pereira Costa.
Duque de Caxias aparece entre os três primeiros da lista de áreas com maiores números de mulheres vítimas de ameaça. O município registrou um aumento de 570 vítimas de ameaça em 2007, número que representa um aumento de aproximadamente 30%, se comparado com o ano anterior, o que confirma o dado de que as áreas com DEAM e campanhas de esclarecimento encorajam as mulheres a denunciar os agressores.
- O fato ter policial capacitado a dar um tipo de atendimento voltado à violência contra a mulher gera confiabilidade para a população, na atuação da polícia. As pessoas se sentem confortáveis de se dirigirem a uma delegacia e o policial não ter preconceito da pessoa que foi vítima de violência. Os números são mais altos nas áreas que tem DEAM, confirmam a tese de que o serviço bem prestado aumenta o grau de confiabilidade e legitima as polícias – analisa a Assessora Especial da Secretaria de Estado e Segurança, Jéssica Oliveira de Almeida.
Segundo o estudo apesar dessas delegacias especializadas atenderem casos vindos de qualquer região do estado, a maioria dos registros refere-se a crimes ocorridos em bairros ou municípios próximos. Quanto ao número de mulheres vítimas de lesão corporal dolosa o município de Duque de Caxias teve um aumento de 743 vítimas ou 30,2%.
Maioria das mulheres conhecem os agressores
Crimes de atentado violento ao pudor, ameaça e lesão corporal dolosa contra mulheres ocorreram em sua maioria no espaço doméstico de convívio e no âmbito familiar, segundo o Dossiê Mulher.
As ameaças contra mulheres registram o número de 39.038. São, aproximadamente, 107 vítimas por dia. Quase a metade das mulheres vítimas de ameaça (46,1%) tinham como provável autor o companheiro ou ex-companheiro e 10,3% das vítimas sofreram ameaças de pessoas próximas como pais e parentes, ou ainda que 70,7% foram cometidos por pessoa conhecida ou próxima da vítima. Quanto ao perfi l da mulher vítima observou-se que 56,9% das mulheres que sofreram ameaça tinham entre 25 a 44 anos , 51,1% eram brancas e 50,5% solteiras. Este delito aumentou em 3,1% de 2006 para 2007.
O mesmo acontece com os casos de atentado violento ao pudor, em 61,1% dos casos em 2007, as vítimas conheciam os acusados (companheiros, ex-companheiros, pais, padrastos, parentes, conhecidos e outros tipos de relações). Destes, 28,6% tinham relação de parentesco com a vítima. Com relação ao perfil das mulheres vítimas de AVP, 39,6% eram de cor branca e 40,2% de cor parda, 75,3% eram solteiras e 42,5% tinham idade entre zero e onze anos.
Já no delito lesão corporal dolosa, 49,7% dos acusados eram companheiros ou ex-companheiros. Das vítimas 46,8% eram brancas, 37,7% pardas e 13,2% pretas; 55,6% tinham entre 18 e 34 anos, sendo 33,8% entre 25 e 34 anos; 57% eram solteiras e 29,5% casadas.
Caso de mulheres vítimas de estupro aumenta 7,7% no Rio
Delitos contra as mulheres cresceram em 2007

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