A maioria de nós não se preocupa com a energia — até que ocorra um blecaute ou um aumento no preço do petróleo ou nas tarifas de consumo. O consumo de energia, contudo, é uma das maiores causas da poluição. A maior parte da energia consumida vem da combustão de madeira ou de combustíveis fósseis, um processo que descarrega milhões de toneladas de dióxido de carbono na atmosfera e dizima as florestas do mundo.
A energia nuclear, outra opção, torna-se cada vez menos aceita por causa do perigo de acidentes e da dificuldade de estocar resíduos radioativos. Outras alternativas são conhecidas como fontes de energia renováveis, visto que utilizam fontes de energia naturais disponíveis em abundância. Existem cinco tipos principais.
Energia solar. É fácil captá-la para aquecimento e, em alguns países, como Israel, muitas casas têm painéis solares para aquecer água. Usar o Sol para produzir eletricidade é mais difícil, mas, células fotovoltaicas modernas já estão produzindo eletricidade em áreas rurais e estão se tornando mais econômicas.
Energia dos ventos. Gigantescos ‘moinhos de vento’ povoam agora o horizonte em várias regiões ventosas do mundo. A eletricidade fornecida por essa energia eólica, como é chamada, teve uma acentuada redução de custos e, em algumas regiões, já custa menos que os suprimentos tradicionais de energia.
Hidroeletricidade. Vinte por cento da eletricidade do mundo já vem de usinas hidroelétricas, mas, infelizmente, nos países em desenvolvimento a maioria dos locais promissores já foram explorados. Além disso, enormes represas podem causar grandes danos ecológicos. A melhor perspectiva, especialmente em países em desenvolvimento, parece ser construir usinas hidroelétricas menores.
Energia geotérmica. Alguns países, em especial a Islândia e a Nova Zelândia, conseguiram ‘plugar’ o “sistema de água quente” existente debaixo de seus pés. Atividades vulcânicas subterrâneas esquentam a água, que pode ser usada para aquecer casas e gerar eletricidade. Estados Unidos, Filipinas, Itália, Japão e México também já desenvolveram essa fonte de energia natural até certo ponto.
Força das marés. As marés oceânicas estão sendo usadas em alguns países, como França, Grã-Bretanha e Rússia, para gerar eletricidade. Contudo, existem poucos pontos ao redor do mundo que são adequados para suprir esse tipo de energia a um custo compensador.
Alguns dos maiores problemas ambientais do mundo
Destruição de florestas. Três quartos das florestas temperadas e metade das florestas tropicais do mundo já foram devastados, e o índice de desflorestamento teve um aumento alarmante nos últimos dez anos. As últimas estimativas colocam a destruição de florestas tropicais entre 150.000 e 200.000 quilômetros quadrados por ano, uma área mais ou menos do tamanho do Uruguai.
Resíduos tóxicos. Metade das 70.000 substâncias químicas atualmente fabricadas é classificada como tóxica. Só os Estados Unidos produzem 240 milhões de toneladas de resíduos tóxicos por ano. Dados insuficientes impossibilitam calcular o total mundial. Ademais, temos cerca de 200.000 toneladas de resíduos radioativos armazenados em locais temporários.
Degradação do solo. Um terço da superfície do mundo está ameaçado pela desertificação. Em algumas regiões da África, o deserto do Saara avançou mais de 350 quilômetros em apenas 20 anos. A subsistência de milhões de pessoas já está ameaçada.
Escassez de água. Mais de dois bilhões de pessoas vivem em áreas de crônica escassez de água. A escassez se agrava com a secagem de milhares de poços devido à diminuição dos níveis dos mananciais de que eles dependem.
Espécies em perigo de extinção. Embora os números sejam um tanto hipotéticos, os cientistas estimam que de 500 mil a um milhão de espécies de animais, plantas e insetos foram exterminados até o ano 2000.
Contaminação atmosférica. Um estudo da Organização das Nações Unidas constatou que muito mais de um bilhão de pessoas vive em áreas urbanas expostas diariamente a níveis insalubres de partículas no ar ou de gases venenosos, como anidrido sulfuroso, dióxido de nitrogênio e monóxido de carbono. O rápido crescimento das cidades na última década sem dúvida agravou o problema. Ademais, bilhões e bilhões de toneladas de dióxido de carbono são lançados na atmosfera contribuindo para o aquecimento global.
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