O direito do consumidor e seus desafios na relação de consumo
Dra. Gisela Esteves
Considerando a dignidade humana princípio fundamental da Constituição Federal do Brasil e a ideologia do final do século 20 e início do século atual, estilo de vida calcado na hegemonia da língua e cultura americana, com a unificação dos países pela rede de informação, centralização da vida na publicidade, apelos hedonistas e euforia do consumo, na atual economia de mercado e de democracia, é relevante que o ordenamento jurídico esteja bem constituído, para o sistema de mercado funcionar a contento, também com outro fundamento constitucional: a proteção do consumidor – artigos 1º, inciso III, 5º, inciso XXXII e 170 da Constituição Federal.
Dessa maneira, a defesa do consumidor no Brasil tem hoje estágio considerável de desenvolvimento. Indiscutivelmente pode-se afirmar que por um lado o Código de Defesa (CDC) ainda não está sendo totalmente respeitado, por outro nossa sociedade de alguma forma tem conhecimento de sua existência e de alguns de seus princípios.
Estamos chegando ao final da primeira década do Século 21 com uma razoável proteção neste tema específico (a defesa do consumidor), ainda mais se compararmos com outras questões colocadas em nosso país.
Boas Festas e Feliz Ano Novo!!!
Huayrãn Ribeiro
O Campinarte deseja a todos Boas Festas e um Feliz Ano Novo e aproveito para deixar com vocês um texto interessante que nos foi enviado por um colaborador. Vale à pena, confira.
PAI NOSSO...
Se em minha vida não ajo como filho de Deus, fechando meu coração ao amor. Será inútil dizer: PAI NOSSO
Se os meus valores São representados pelos bens da terra. Será inútil dizer: QUE ESTAIS NO CÉU
Se penso apenas em ser cristão por medo, superstição e comodismo. Será inútil dizer: SANTIFICADO SEJA O VOSSO NOME
Se acho tão sedutora a vida aqui, cheia de supérfluos e futilidades. Será inútil dizer: VENHA A NÓS O VOSSO REINO
Se no fundo o que eu quero mesmo é que todos os meus desejos se realizem.
Será inútil dizer: SEJA FEITA A VOSSA VONTADE
Se prefiro acumular riquezas, desprezando meus irmãos que passam fome. Será inútil dizer: O PÃO NOSSO DE CADA DIA NOS DAI HOJE.
Se não importo em ferir, injustiçar, oprimir e magoar aos que atravessam o meu caminho. Será inútil dizer: PERDOAI AS NOSSAS OFENSAS, ASSIM COMO NÓS PERDOAMOS A QUEM NOS TEM OFENDIDO
Se escolho sempre o caminho mais fácil, que nem sempre é o caminho do Cristo. Será inútil dizer: E NÃO NOS DEIXEIS CAIR EM TENTAÇÃO
Se por minha vontade procuro os prazeres materiais e tudo o que é proibido me seduz. Será inútil dizer: LIVRAI-NOS DO MAL...
Se sabendo que sou assim continuo me omitindo e nada faço para me modificar. Será inútil dizer: AMÉM.
Segundo Batizado e Troca de Cordas da Associação de Capoeira Raimundo Filho
Associação de Capoeira Raimundo Filho (fundador e presidente)
Fundada em 13 de Maio de 1981 - Sta. Cruz da Serra – Duque de Caxias – RJ.
Associação de Capoeira Raimundo Filho hoje espalhada por toda a Baixada Fluminense tem como uma de suas bases o Miragem Club em Santa Cruz da Serra. No Miragem as aulas são ministradas pelo instrutor Buscapé e pelo professor Lula (foto) que teve o seu aprendizado no bairro do Pilar no final de 1995. Com o apoio de Carlos Ponte e da Suderj, o trabalho é desenvolvido com crianças, adolescentes, adultos e também com o pessoal da terceira idade.
No dia 25 de novembro de 2007 (no Miragem) aconteceu o 2.º batizado e troca de cordas da Associação de Capoeira Raimundo Filho, além da presença em massa do público muitos capoeiristas da Baixada Fluminense prestigiaram a festa - mestres, contramestres, instrutores, entre outros, num evento que não só honrou e dignificou a capoeira como também toda a nossa região.
Movimentos Populares fazem campanha pela redução da tarifa de luz
Movimentos Populares estão realizando uma jornada nacional de lutas. A principal atividade do próximo período é a Campanha Nacional de Movimentos pela Tarifa Social, que tem marcado para 18 de dezembro um dia nacional de luta.
O Movimento exige que as empresas de energia obedeçam à lei e façam valer a Lei de Tarifa Social de Luz, que garante descontos de até 65% na conta de quem gasta até 220kw/h por mês.
Desde 2005, existe uma batalha judicial entre a Proteste (Associação de Defesa do Consumidor) e a Anaeel (agência reguladora do setor elétrico) sobre essa tarifa. O juiz Charles Frazão de Moraes, da 14ª Vara da Justiça Federal em Brasília, condenou as empresas a cumprirem a lei. Mas as empresas estão ignorando a decisão e não estão cumprindo.
O governo, por sua vez, está de olhos fechados para o assunto. Por isso a Campanha Nacional de Movimentos pela Tarifa Social está mobilizada. A população tem de saber seus direitos e cobrá-los das empresas e do governo
É fundamental garantir o caráter nacional da jornada, desenvolvendo ações no máximo de estados possível. Esta jornada, além do papel de avançar rumo a uma unidade prática dos movimentos combativos, levanta o debate das privatizações e permite um importante trabalho de propaganda nas periferias urbanas e ocupações.
Participe!
Está na Lei!
É o nosso direito!
Ou será que vamos ficar novamente parados com cara de palhaço?
Dra. Gisela Esteves
Considerando a dignidade humana princípio fundamental da Constituição Federal do Brasil e a ideologia do final do século 20 e início do século atual, estilo de vida calcado na hegemonia da língua e cultura americana, com a unificação dos países pela rede de informação, centralização da vida na publicidade, apelos hedonistas e euforia do consumo, na atual economia de mercado e de democracia, é relevante que o ordenamento jurídico esteja bem constituído, para o sistema de mercado funcionar a contento, também com outro fundamento constitucional: a proteção do consumidor – artigos 1º, inciso III, 5º, inciso XXXII e 170 da Constituição Federal.
Dessa maneira, a defesa do consumidor no Brasil tem hoje estágio considerável de desenvolvimento. Indiscutivelmente pode-se afirmar que por um lado o Código de Defesa (CDC) ainda não está sendo totalmente respeitado, por outro nossa sociedade de alguma forma tem conhecimento de sua existência e de alguns de seus princípios.
Estamos chegando ao final da primeira década do Século 21 com uma razoável proteção neste tema específico (a defesa do consumidor), ainda mais se compararmos com outras questões colocadas em nosso país.
Boas Festas e Feliz Ano Novo!!!
Huayrãn Ribeiro
O Campinarte deseja a todos Boas Festas e um Feliz Ano Novo e aproveito para deixar com vocês um texto interessante que nos foi enviado por um colaborador. Vale à pena, confira.
PAI NOSSO...
Se em minha vida não ajo como filho de Deus, fechando meu coração ao amor. Será inútil dizer: PAI NOSSO
Se os meus valores São representados pelos bens da terra. Será inútil dizer: QUE ESTAIS NO CÉU
Se penso apenas em ser cristão por medo, superstição e comodismo. Será inútil dizer: SANTIFICADO SEJA O VOSSO NOME
Se acho tão sedutora a vida aqui, cheia de supérfluos e futilidades. Será inútil dizer: VENHA A NÓS O VOSSO REINO
Se no fundo o que eu quero mesmo é que todos os meus desejos se realizem.
Será inútil dizer: SEJA FEITA A VOSSA VONTADE
Se prefiro acumular riquezas, desprezando meus irmãos que passam fome. Será inútil dizer: O PÃO NOSSO DE CADA DIA NOS DAI HOJE.
Se não importo em ferir, injustiçar, oprimir e magoar aos que atravessam o meu caminho. Será inútil dizer: PERDOAI AS NOSSAS OFENSAS, ASSIM COMO NÓS PERDOAMOS A QUEM NOS TEM OFENDIDO
Se escolho sempre o caminho mais fácil, que nem sempre é o caminho do Cristo. Será inútil dizer: E NÃO NOS DEIXEIS CAIR EM TENTAÇÃO
Se por minha vontade procuro os prazeres materiais e tudo o que é proibido me seduz. Será inútil dizer: LIVRAI-NOS DO MAL...
Se sabendo que sou assim continuo me omitindo e nada faço para me modificar. Será inútil dizer: AMÉM.
Segundo Batizado e Troca de Cordas da Associação de Capoeira Raimundo Filho
Associação de Capoeira Raimundo Filho (fundador e presidente)
Fundada em 13 de Maio de 1981 - Sta. Cruz da Serra – Duque de Caxias – RJ.
Associação de Capoeira Raimundo Filho hoje espalhada por toda a Baixada Fluminense tem como uma de suas bases o Miragem Club em Santa Cruz da Serra. No Miragem as aulas são ministradas pelo instrutor Buscapé e pelo professor Lula (foto) que teve o seu aprendizado no bairro do Pilar no final de 1995. Com o apoio de Carlos Ponte e da Suderj, o trabalho é desenvolvido com crianças, adolescentes, adultos e também com o pessoal da terceira idade.
No dia 25 de novembro de 2007 (no Miragem) aconteceu o 2.º batizado e troca de cordas da Associação de Capoeira Raimundo Filho, além da presença em massa do público muitos capoeiristas da Baixada Fluminense prestigiaram a festa - mestres, contramestres, instrutores, entre outros, num evento que não só honrou e dignificou a capoeira como também toda a nossa região.
Movimentos Populares fazem campanha pela redução da tarifa de luz
Movimentos Populares estão realizando uma jornada nacional de lutas. A principal atividade do próximo período é a Campanha Nacional de Movimentos pela Tarifa Social, que tem marcado para 18 de dezembro um dia nacional de luta.
O Movimento exige que as empresas de energia obedeçam à lei e façam valer a Lei de Tarifa Social de Luz, que garante descontos de até 65% na conta de quem gasta até 220kw/h por mês.
Desde 2005, existe uma batalha judicial entre a Proteste (Associação de Defesa do Consumidor) e a Anaeel (agência reguladora do setor elétrico) sobre essa tarifa. O juiz Charles Frazão de Moraes, da 14ª Vara da Justiça Federal em Brasília, condenou as empresas a cumprirem a lei. Mas as empresas estão ignorando a decisão e não estão cumprindo.
O governo, por sua vez, está de olhos fechados para o assunto. Por isso a Campanha Nacional de Movimentos pela Tarifa Social está mobilizada. A população tem de saber seus direitos e cobrá-los das empresas e do governo
É fundamental garantir o caráter nacional da jornada, desenvolvendo ações no máximo de estados possível. Esta jornada, além do papel de avançar rumo a uma unidade prática dos movimentos combativos, levanta o debate das privatizações e permite um importante trabalho de propaganda nas periferias urbanas e ocupações.
Participe!
Está na Lei!
É o nosso direito!
Ou será que vamos ficar novamente parados com cara de palhaço?
S.O.S Alfabetização
Huayrãn Ribeiro
Cada vez mais calouros universitários têm deficiências na habilidade de ler e escrever. Por exemplo, quase metade dos que entraram para a Universidade não passaram nos exames de seleção, na parte que tinha que ver com leitura e escrita. De 30 a 50 por cento dos que fizeram vestibulares para programas de jornalismo, em várias universidades, não passaram nos testes básicos de soletração, pontuação e de emprego de palavras. A evidência é persuasiva de que os calouros universitários realmente lêem segundo o que costumava ser considerado um nível dos calouros do ginásio. Tentarão as universidades compensar tais deficiências? Ensinar estudantes de per si a ler, escrever e a pensar não é certamente a finalidade da universidade. Até mesmo muitos estudantes brilhantes são incapazes de declarar, por escrito, de forma simples e clara, o que ele pretende dizer.
Outro dado importante: aproximadamente 70% dos desempregados não sabem ler e escrever bem. Uma pesquisa para avaliar a capacidade de redação e compreensão de texto, de preencher formulários e de leitura de números, revelou que 36% tinham problema nas três áreas. Nas indústrias mais antigas, como agricultura, mineração, manufatura e construção, . . . o nível de alfabetização tende a ser mais baixo. Com empregos escasseando nesses setores, os trabalhadores que têm dificuldade em ler e escrever são especialmente vulneráveis a serem dispensados ou mandados embora. Ser semi-analfabeto hoje em dia significa ser cortado de um amplo leque de oportunidades de ascensão pessoal e profissional.
Hino da Cidade de Duque de Caxias
Letra e Música
Francisco Barboza Leite
Arranjo Sinfônico
Carlos Antônio L. Rezende
Todo o arvoredo
é uma festa de pardais
acordando a cidade.
Toda a cidade
é uma orquestra de metais
em inesperada atividade.
Caxias, ecoam clarins
sobre tuas colinas;
O sol, é uma oferta de flores
em tuas campinas.
Quando mal adormeces
já estás levantada:
és do trabalho,
a namorada.
Tuas fábricas
se contam às centenas.
Um grande povo
o teu nome enaltece;
construindo riqueza,
inspirando beleza
que ao Brasil
oferece.
Nesta baixada,
onde Caxias nasceu,
o progresso e o lema
que o trabalho escolheu.
De plagas distantes
deste e de outros países,
são os teus povoadores.
Toda essa gente
no esforço viril,
de fazer do teu nome
um pendão do Brasil.
Arlindo Cruz – Sambista Perfeito
Novo CD do sambista traz inéditas com participação de Maria Rita, Zeca Pagodinho, Marcelo D2, Xande de Pilares, Sereno e as Velhas Guardas do Império e da Portela
Se o sambista perfeito é feito à imagem do samba, é possível dizer que a música de Arlindo Cruz reúne os ingredientes indispensáveis mencionados na letra criada em parceria com Nei Lopes para a faixa-título de seu novo álbum. Sua luz é capaz de animar qualquer terreiro em noite de chuva, como convém a um discípulo de Candeia. Luta por sua arte como a parte melhor de Geraldo Pereira. Cativa feito Martinho, flerta com a elegância de um Paulinho, sem perder em malandragem como o amigo Zeca Pagodinho.
Se o sambista perfeito é feito à imagem do samba, é possível dizer que a música de Arlindo Cruz reúne os ingredientes indispensáveis mencionados na letra criada em parceria com Nei Lopes para a faixa-título de seu novo álbum. Sua luz é capaz de animar qualquer terreiro em noite de chuva, como convém a um discípulo de Candeia. Luta por sua arte como a parte melhor de Geraldo Pereira. Cativa feito Martinho, flerta com a elegância de um Paulinho, sem perder em malandragem como o amigo Zeca Pagodinho.
Mesmo diante das evidências, Arlindo recusa para si o título: “É apenas o sonho de haver um sambista com as melhores qualidades”, despista. Sonho este que permeia todas as faixas de Sambista perfeito, seu primeiro CD pela Deckdisc, que reúne 12 inéditas de Arlindo, além de duas gravações de parceiros de pagode e fé. “Este disco é uma homenagem ao compositor. A gente acorda, respira fundo, toma café e vai à luta, como qualquer outro trabalhador. Se fico uns dias parado, sinto uma coisa me perturbar, aquela vontade de escrever...” explica Arlindo.
A generosidade é a marca deste sambista que, em mais de 25 anos de carreira, já forneceu cerca de 500 canções para intérpretes da música brasileira, habitantes contumazes ou não do mundo do samba. A mesma generosidade – com que oferece suas mais preciosas criações a vozes diversas – talvez justifique a década e meia que Arlindo levou para lançar novamente um disco de inéditas. Com destino certo para as canções, Arlindo acabava se dedicando mais a compor do que a interpretar sua obra. O sucesso do Pagode do Arlindo em inúmeras casas de espetáculo do país, nos últimos anos, acabou se tornando um incentivo para que o autor encontrasse em si próprio o cantor ideal para suas criações.
É assim com “Meu lugar”, faixa de abertura do álbum, em parceria com Mauro Diniz, que celebra sem restrições o bairro de Madureira e imediações, seus terreiros, suas escolas, rodas e prazeres. Atualmente vivendo na Barra da Tijuca, Arlindo, como não podia deixar de ser, valoriza as origens: “Madureira é a capital do subúrbio carioca. Todo suburbano passa por lá, por Oswaldo Cruz, Cascadura, Vaz Lobo, Irajá”, lista Cruz, que aponta um dado curioso sobre a criação do samba: “Fiz a primeira parte de manhã, mandei pro Mauro que me entregou a segunda no fim da tarde e finalizei à noite. Foi tudo feito em um só dia”.
Madureira é cenário também de “Se eu encontrar com ela”, parceria com Zeca Pagodinho, que participa ao lado das Velhas Guardas do Império Serrano e da Portela: “Tem um apito tocado pelo Andrezinho, do Molejo, filho do falecido Mestre André, da Mocidade. É uma homenagem também a Padre Miguel”, diz. Outro samba que trata de orgulho filial, “O Brasil é isso aí” estende à nação o mesmo entusiasmo oferecido ao bairro de origem. O parceiro Marcelo D2 providencia o diálogo com o hip hop: “Depois que a gravação estava pronta, ele entrou com o rap. É a síntese da miscigenação brasileira, uma maneira leve de se encarar a luta maior, contra a opressão, contra o racismo”, avalia Arlindo.
Tanta receptividade, porém, desvia-se de determinados sujeitos inconvenientes, costumeiramente retratados na literatura do samba. É o caso de “Sujeito enjoado”, parceria com Maurição e Xande de Pilares, com participação do próprio cantor do Grupo Revelação e de Arlindinho Neto, no banjo, abrindo caminhos sonoros para a nova geração: “Este sujeito é típico. O cara já perdeu a mina, mas tá sempre de gracinha. A fila andou, malandro, se liga”, diverte-se.
O personagem de “Pára de paradinha” – feita com Marcelinho Moreira e Fred Camacho – não fica a dever: “É aquele papo: pára de vacilar, deixa de fazer besteira. Vacilão acaba sempre de bigode no ar”, vaticina Arlindo, sob a insofismável filosofia do samba. Como não podia deixar de ser, o amor constitui a essência do álbum. “O que é o amor”, parceria com Fred Camacho e Maurição, aparece em duas versões: no dueto com Maria Rita – que registrou-a também em seu disco – e só com Arlindo. É daqueles sambas onde o clichê já nasce clássico se aplica com precisão: “É uma tentativa de definir o indefinível. A gente sabe o que é o amor, mas como explicá-lo?”, aponta.
“Amor com certeza” (com Jr. Dom e Babi) traça um paralelo com “Será que é amor”, sucesso do disco anterior, “Pagode do Arlindo”: “Enquanto aquela trazia a dúvida, esta traz a certeza”, estabelece. Já “O amor”, escrita a quatro mãos com Pezinho, “é a busca da companheira perfeita. Fizemos há uns três anos, estava no baú há um tempão”.
Uma das canções que melhor retrata a intimidade de Arlindo, curiosamente não é de sua lavra. Trata-se de “Minha porta-bandeira”, de Neném Chamma e Julinho Santos, homenagem a Babi, companheira da vida inteira do sambista: “Julinho atualmente é meu violonista, um cara em quem aposto muito. Minha esposa foi porta-bandeira da Mocidade durante 14 anos”, afirma, sem disfarçar o orgulho.
Outra autobiográfica é “Quem gosta de mim”, feita com Franco Lattari. Nas palavras de Arlindo: “Essa é minha história. Fala do que eu fui, bancário, militar, sem deixar jamais de ser sambista. Franco é um dos parceiros que mais me conhece, também é meu médico. Saudável ou doente, ele me conhece de todas as maneiras e ajudou a transformar minha história em samba”.
Para os males da falta de humor e de jogo de cintura, Arlindo tem a medicina certa, conforme diagnosticado em “Nos braços da batucada”, outra com Babi e Jr. Dom: “O samba também é remédio, também cura. O cara tá triste porque perdeu alguém, vai pro samba e fica bem, pelo menos naquele momento. Faço uma declaração de amor ao samba, por tudo o que ele me faz ser”.
Receita semelhante à de “Entra no clima”, com Acyr Marques e Rogê: “Esta é alto astral, pra tirar a tristeza. Afirma que, apesar dos pesares, a vida é muito boa”. Outro parceiro a figurar entre os convidados, é Sereno, do grupo Fundo de Quintal, que participa no pot-pourri “A rosa” / “Flor que não se cheira”, respectivamente de Efson e Neguinho da Beija-Flor, Darcy Maravilha e Barbante: “sempre cantei ‘A Rosa’ nos pagodes da Piedade, de Cascadura. ‘Flor que não se cheira’ eu conheci recentemente, boa pra curtir e sambar sem parar”.
Produzido por Leandro Sapucahy e Arlindo, com instantâneos do fotógrafo perfeito Walter Firmo no encarte, o novo álbum também abre as comemorações dos 50 anos de Arlindo Domingos da Cruz Filho, em 2008: “Nunca havia lançado um CD com 80% de músicas minhas. Senti que esta era a hora e, com certeza, é o disco que me deu mais prazer em gravar. Iniciamos em abril, perto de São Jorge, e finalizamos em setembro, perto de Cosme e Damião, de São Jerônimo. Me sinto abençoado pelo samba, por Ogum, Xangô, pelos Erês, pelas coisas que acredito”.
De mente aberta e corpo fechado, o sambista perfeito é feito à imagem de Arlindo. (Julio Moura)
Huayrãn Ribeiro
Cada vez mais calouros universitários têm deficiências na habilidade de ler e escrever. Por exemplo, quase metade dos que entraram para a Universidade não passaram nos exames de seleção, na parte que tinha que ver com leitura e escrita. De 30 a 50 por cento dos que fizeram vestibulares para programas de jornalismo, em várias universidades, não passaram nos testes básicos de soletração, pontuação e de emprego de palavras. A evidência é persuasiva de que os calouros universitários realmente lêem segundo o que costumava ser considerado um nível dos calouros do ginásio. Tentarão as universidades compensar tais deficiências? Ensinar estudantes de per si a ler, escrever e a pensar não é certamente a finalidade da universidade. Até mesmo muitos estudantes brilhantes são incapazes de declarar, por escrito, de forma simples e clara, o que ele pretende dizer.
Outro dado importante: aproximadamente 70% dos desempregados não sabem ler e escrever bem. Uma pesquisa para avaliar a capacidade de redação e compreensão de texto, de preencher formulários e de leitura de números, revelou que 36% tinham problema nas três áreas. Nas indústrias mais antigas, como agricultura, mineração, manufatura e construção, . . . o nível de alfabetização tende a ser mais baixo. Com empregos escasseando nesses setores, os trabalhadores que têm dificuldade em ler e escrever são especialmente vulneráveis a serem dispensados ou mandados embora. Ser semi-analfabeto hoje em dia significa ser cortado de um amplo leque de oportunidades de ascensão pessoal e profissional.
Hino da Cidade de Duque de Caxias
Letra e Música
Francisco Barboza Leite
Arranjo Sinfônico
Carlos Antônio L. Rezende
Todo o arvoredo
é uma festa de pardais
acordando a cidade.
Toda a cidade
é uma orquestra de metais
em inesperada atividade.
Caxias, ecoam clarins
sobre tuas colinas;
O sol, é uma oferta de flores
em tuas campinas.
Quando mal adormeces
já estás levantada:
és do trabalho,
a namorada.
Tuas fábricas
se contam às centenas.
Um grande povo
o teu nome enaltece;
construindo riqueza,
inspirando beleza
que ao Brasil
oferece.
Nesta baixada,
onde Caxias nasceu,
o progresso e o lema
que o trabalho escolheu.
De plagas distantes
deste e de outros países,
são os teus povoadores.
Toda essa gente
no esforço viril,
de fazer do teu nome
um pendão do Brasil.
Arlindo Cruz – Sambista Perfeito
Novo CD do sambista traz inéditas com participação de Maria Rita, Zeca Pagodinho, Marcelo D2, Xande de Pilares, Sereno e as Velhas Guardas do Império e da Portela
Se o sambista perfeito é feito à imagem do samba, é possível dizer que a música de Arlindo Cruz reúne os ingredientes indispensáveis mencionados na letra criada em parceria com Nei Lopes para a faixa-título de seu novo álbum. Sua luz é capaz de animar qualquer terreiro em noite de chuva, como convém a um discípulo de Candeia. Luta por sua arte como a parte melhor de Geraldo Pereira. Cativa feito Martinho, flerta com a elegância de um Paulinho, sem perder em malandragem como o amigo Zeca Pagodinho.
Se o sambista perfeito é feito à imagem do samba, é possível dizer que a música de Arlindo Cruz reúne os ingredientes indispensáveis mencionados na letra criada em parceria com Nei Lopes para a faixa-título de seu novo álbum. Sua luz é capaz de animar qualquer terreiro em noite de chuva, como convém a um discípulo de Candeia. Luta por sua arte como a parte melhor de Geraldo Pereira. Cativa feito Martinho, flerta com a elegância de um Paulinho, sem perder em malandragem como o amigo Zeca Pagodinho.
Mesmo diante das evidências, Arlindo recusa para si o título: “É apenas o sonho de haver um sambista com as melhores qualidades”, despista. Sonho este que permeia todas as faixas de Sambista perfeito, seu primeiro CD pela Deckdisc, que reúne 12 inéditas de Arlindo, além de duas gravações de parceiros de pagode e fé. “Este disco é uma homenagem ao compositor. A gente acorda, respira fundo, toma café e vai à luta, como qualquer outro trabalhador. Se fico uns dias parado, sinto uma coisa me perturbar, aquela vontade de escrever...” explica Arlindo.
A generosidade é a marca deste sambista que, em mais de 25 anos de carreira, já forneceu cerca de 500 canções para intérpretes da música brasileira, habitantes contumazes ou não do mundo do samba. A mesma generosidade – com que oferece suas mais preciosas criações a vozes diversas – talvez justifique a década e meia que Arlindo levou para lançar novamente um disco de inéditas. Com destino certo para as canções, Arlindo acabava se dedicando mais a compor do que a interpretar sua obra. O sucesso do Pagode do Arlindo em inúmeras casas de espetáculo do país, nos últimos anos, acabou se tornando um incentivo para que o autor encontrasse em si próprio o cantor ideal para suas criações.
É assim com “Meu lugar”, faixa de abertura do álbum, em parceria com Mauro Diniz, que celebra sem restrições o bairro de Madureira e imediações, seus terreiros, suas escolas, rodas e prazeres. Atualmente vivendo na Barra da Tijuca, Arlindo, como não podia deixar de ser, valoriza as origens: “Madureira é a capital do subúrbio carioca. Todo suburbano passa por lá, por Oswaldo Cruz, Cascadura, Vaz Lobo, Irajá”, lista Cruz, que aponta um dado curioso sobre a criação do samba: “Fiz a primeira parte de manhã, mandei pro Mauro que me entregou a segunda no fim da tarde e finalizei à noite. Foi tudo feito em um só dia”.
Madureira é cenário também de “Se eu encontrar com ela”, parceria com Zeca Pagodinho, que participa ao lado das Velhas Guardas do Império Serrano e da Portela: “Tem um apito tocado pelo Andrezinho, do Molejo, filho do falecido Mestre André, da Mocidade. É uma homenagem também a Padre Miguel”, diz. Outro samba que trata de orgulho filial, “O Brasil é isso aí” estende à nação o mesmo entusiasmo oferecido ao bairro de origem. O parceiro Marcelo D2 providencia o diálogo com o hip hop: “Depois que a gravação estava pronta, ele entrou com o rap. É a síntese da miscigenação brasileira, uma maneira leve de se encarar a luta maior, contra a opressão, contra o racismo”, avalia Arlindo.
Tanta receptividade, porém, desvia-se de determinados sujeitos inconvenientes, costumeiramente retratados na literatura do samba. É o caso de “Sujeito enjoado”, parceria com Maurição e Xande de Pilares, com participação do próprio cantor do Grupo Revelação e de Arlindinho Neto, no banjo, abrindo caminhos sonoros para a nova geração: “Este sujeito é típico. O cara já perdeu a mina, mas tá sempre de gracinha. A fila andou, malandro, se liga”, diverte-se.
O personagem de “Pára de paradinha” – feita com Marcelinho Moreira e Fred Camacho – não fica a dever: “É aquele papo: pára de vacilar, deixa de fazer besteira. Vacilão acaba sempre de bigode no ar”, vaticina Arlindo, sob a insofismável filosofia do samba. Como não podia deixar de ser, o amor constitui a essência do álbum. “O que é o amor”, parceria com Fred Camacho e Maurição, aparece em duas versões: no dueto com Maria Rita – que registrou-a também em seu disco – e só com Arlindo. É daqueles sambas onde o clichê já nasce clássico se aplica com precisão: “É uma tentativa de definir o indefinível. A gente sabe o que é o amor, mas como explicá-lo?”, aponta.
“Amor com certeza” (com Jr. Dom e Babi) traça um paralelo com “Será que é amor”, sucesso do disco anterior, “Pagode do Arlindo”: “Enquanto aquela trazia a dúvida, esta traz a certeza”, estabelece. Já “O amor”, escrita a quatro mãos com Pezinho, “é a busca da companheira perfeita. Fizemos há uns três anos, estava no baú há um tempão”.
Uma das canções que melhor retrata a intimidade de Arlindo, curiosamente não é de sua lavra. Trata-se de “Minha porta-bandeira”, de Neném Chamma e Julinho Santos, homenagem a Babi, companheira da vida inteira do sambista: “Julinho atualmente é meu violonista, um cara em quem aposto muito. Minha esposa foi porta-bandeira da Mocidade durante 14 anos”, afirma, sem disfarçar o orgulho.
Outra autobiográfica é “Quem gosta de mim”, feita com Franco Lattari. Nas palavras de Arlindo: “Essa é minha história. Fala do que eu fui, bancário, militar, sem deixar jamais de ser sambista. Franco é um dos parceiros que mais me conhece, também é meu médico. Saudável ou doente, ele me conhece de todas as maneiras e ajudou a transformar minha história em samba”.
Para os males da falta de humor e de jogo de cintura, Arlindo tem a medicina certa, conforme diagnosticado em “Nos braços da batucada”, outra com Babi e Jr. Dom: “O samba também é remédio, também cura. O cara tá triste porque perdeu alguém, vai pro samba e fica bem, pelo menos naquele momento. Faço uma declaração de amor ao samba, por tudo o que ele me faz ser”.
Receita semelhante à de “Entra no clima”, com Acyr Marques e Rogê: “Esta é alto astral, pra tirar a tristeza. Afirma que, apesar dos pesares, a vida é muito boa”. Outro parceiro a figurar entre os convidados, é Sereno, do grupo Fundo de Quintal, que participa no pot-pourri “A rosa” / “Flor que não se cheira”, respectivamente de Efson e Neguinho da Beija-Flor, Darcy Maravilha e Barbante: “sempre cantei ‘A Rosa’ nos pagodes da Piedade, de Cascadura. ‘Flor que não se cheira’ eu conheci recentemente, boa pra curtir e sambar sem parar”.
Produzido por Leandro Sapucahy e Arlindo, com instantâneos do fotógrafo perfeito Walter Firmo no encarte, o novo álbum também abre as comemorações dos 50 anos de Arlindo Domingos da Cruz Filho, em 2008: “Nunca havia lançado um CD com 80% de músicas minhas. Senti que esta era a hora e, com certeza, é o disco que me deu mais prazer em gravar. Iniciamos em abril, perto de São Jorge, e finalizamos em setembro, perto de Cosme e Damião, de São Jerônimo. Me sinto abençoado pelo samba, por Ogum, Xangô, pelos Erês, pelas coisas que acredito”.
De mente aberta e corpo fechado, o sambista perfeito é feito à imagem de Arlindo. (Julio Moura)
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