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segunda-feira, 7 de agosto de 2017

História do Mosteiro de São Bento - Diário do Rio de Janeiro

Interior do Mosteiro de São Bento por Patricia Figueira
No centro da cidade do Rio de Janeiro, um local de paz e espiritualidade. Essa frase, de certa forma, resume o que é o Mosteiro de São Bento – um lugar cheio de história.

Em 1590, os monges beneditinos Frei Pedro Ferraz e João Porcalho aceitaram um presente do fidalgo Manuel de Britoa. A doação era uma faixa de terra, onde havia a capela a N.S. da Conceição.

Detalhe de uma pintura de 1841 do francês Jules de Sinety mostrando o porto do Rio e o Mosteiro de São Bento sobre o morro homônimo

Detalhe de uma pintura de 1841 do francês Jules de Sinety mostrando o porto do Rio e o Mosteiro de São Bento sobre o morro homônimo



Recém-chegados da Bahia, os monges viram na região o lugar perfeito para erguer um Mosteiro: “As boas condições de defesa oferecidas pelo local, no alto da colina com vista panorâmica da Baía da Guanabara, além do ótimo clima – graças aos ventos salubres da Baía, longe dos pantanais, representaram fortes motivações para que a obra fosse erguida lá” frisa um texto informativo da prefeitura do Rio.
Enquanto as obras para a construção do Mosteiro não começavam, os monges se abrigavam e faziam as celebrações religiosas na antiga capela de N.S. da Conceição.
Considerando a antiga capela, os monges adotaram a santa como padroeira. No entanto, em 1596, uma decisão da Junta Geral da Congregação Portuguesa ordenou que todos os mosteiros beneditinos no Brasil deveriam ter como patrono São Bento. O mosteiro, que ainda estava sendo projetado, adicionou o nome “São Bento” à sua denominação.
NYPL - Debret, Jean Baptiste - Desembarque da Princesa Leopoldina no Rio de Janeiro com o Mosteiro de São Bento ao fundo

NYPL – Debret, Jean Baptiste – Desembarque da Princesa Leopoldina no Rio de Janeiro com o Mosteiro de São Bento ao fundo



Alguns anos mais tarde, em 1602, o então “Mosteiro de São Bento de Nossa Senhora da Conceição” mudou de nome para “Mosteiro de Nossa Senhora de Montserrat”. A ideia foi homenagear a santa de devoção do então governador da Capitania do Rio de Janeiro, dom Francisco de Souza.
A mão de obra utilizada na construção do Mosteiro era escrava. Em 1617, foram traçados os planos do novo edifício. O responsável foi o engenheiro militar português Francisco Frias de Mesquita.
Igreja de Nossa Senhora de Montserrat por Fuviubsas

As obras da igreja só começaram em 1633, pela capela-mor. Por volta de 1650, os trabalhos foram intensificados e terminaram em 1671. Toda essa demora se deu por diversos motivos. Um deles foi a alteração no projeto original da construção, realizada por Frei Bernardo de São Bento Correia de Souza, que era arquiteto.
O mosteiro anexo à igreja foi concluído em 1755, com a construção do claustro, projetado pelo famoso engenheiro militar José Fernandes Pinto Alpoim.
Matrícula do 1º aluno Francisco José Ferreira Villaça, que se tornou monge e após sua morte obteve fama de santidade

Matrícula do 1º aluno Francisco José Ferreira Villaça, que se tornou monge e após sua morte obteve fama de santidade



Vista frontal da Igreja com prédio do antigo ginásio à esquerda, inaugurado em 1904 e demolido na década de 1970.

Vista frontal da Igreja com prédio do antigo ginásio à esquerda, inaugurado em 1904 e demolido na década de 1970.



Fundado em 1858, o Colégio São Bento formou muitas personalidades brasileiras, como Pixinguinha, Noel Rosa, Villa-Lobos, Cazuza, entre muitos outros” conta o historiador Maurício Santos.
Esse é o Mosteiro de São Bento, um local de paz e espiritualidade e muita história no centro do Rio de Janeiro.
Felipe Lucena é jornalista, roteirista e escritor. Filho de nordestinos, nasceu e foi criado na Zona Oeste do Rio de Janeiro. Apesar da distância, sempre foi (e pretende continuar sendo) um assíduo frequentador das mais diversas regiões da Cidade Maravilhosa.
História do Mosteiro de São Bento - Diário do Rio de Janeiro

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