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quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Batuque de umbigada / Foi da África até a Vila África

O lhar para trás com orgulho e respeito. É o que crianças pelo interior de São Paulo vêm aprendendo com mestres de 70 a 80 anos, fundadores do Grupo de Batuque de Umbigada. Mistura de brincadeira, canto e dança, a Umbigada foi proibida a partir de 1950. Como a polícia chegava com violência prendendo todos, criança não podia participar ” só há um ano retirou-se da pauta uma lei de Piracicaba que proibia o Batuque desde aquela época.
De lá pra cá, a Umbigada quase desapareceu. Mas hoje as novas gerações são estimuladas a aprender sobre a tradição dos tambores, resgatando sua identidade com a cultura dos antepassados. Desde 2001, o batuqueiro Vanderlei Benedito Bastos transmite esses valores em oficinas. Iniciativa igualmente digna é a dos velhos mestres Dado de Piracicaba, Herculano de Tietê, dona Odete e Anecide Toledo de Capivari. Palavras do falecido Mestre Plínio, fundador do Grupo de Batuque: ” O meu tempo foi o meu tempo, agora é o tempo dessa garotada”.
Seguindo esse ensinamento, a professora Márcia Maria Antonio fundou o Grupo Infantil de Batuque Tio Tonho, na Vila África, periferia piracicabana. Em bairros como esse, em que vivem muitos descendentes de escravos, as raízes da cultura afro-brasileira ganham terreno e fortalecem a tradição junto às novas gerações. Pois é como diz uma antiga moda de Batuque: Tatu tá com as unha curta / Num pode mais cavucá / Esse tatu tá véio, mas véve cavucando.

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