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terça-feira, 4 de fevereiro de 2020

Promessa de candidato não enche barriga

O pior analfabeto é o analfabeto político. Ele se orgulha e estufa o peito dizendo que odeia política. Da sua ignorância nasce o menor abandonado, o assaltante e o pior de todos os bandidos, que é o político vigarista, corrupto e lacaio de empresas. (Bertolt Brecht)
Vivemos a era dos velhacos. Falam como anjos e agem como ladrões. São mestres no quesito hipocrisia e virtuosos na arte de matar. Político demagogo então nem se fala. Aliás, o segredo do político demagogo é fingir ser tão estúpido quanto sua platéia, para que ela pense ser tão inteligente quanto ele. Se isso não bastar para reconhecer o tipinho em questão observe a conduta da peça no seu dia-a-dia; um sujeito assim tem dupla moral: uma que prega mas não pratica, outra que pratica mas não prega.
Pior do que a desonestidade é a falsa honestidade. Pessoas assim não se servem do seu pensamento senão para justificar-nos injustiças e não empregam as palavras senão para disfarçar os seus pensamentos. A demagogia é a capacidade de vestir as idéias menores com as palavras maiores; e o leitor sabe muito bem que o sujeito que se disfarça em pessoa bondosa é pior que aquele que é abertamente mesquinho. Esse é mais ou menos o retrato falado desses quem andam por aí presidindo, governando, legislando, chefiando, julgando, pregando, prendendo, matando.
2008 é ano de eleições municipais. Ano que mais uma vez estaremos com a faca e o queijo na mão. Mais uma grande oportunidade que a massa terá para “detonar” os oportunistas de sempre. E atenção! Há três espécies de mentiras: ostensivas, disfarçadas e campanhas eleitorais. A propaganda eleitoral é muito mais mentirosa do que qualquer publicidade comercial. Nunca se mente tanto como antes das eleições ou depois de uma pescaria. Políticos vendem ilusão porque querem induzir o eleitor que, votando nele, poderá transformar a sonhada ilusão em realidade. Olha o exemplo do atual governo - As promessas de ontem foram transformadas nos impostos de hoje. E tem mais: os próprios políticos falam tanto em desigualdade social, certo? Enquanto os políticos ganharem cem vezes mais que seus eleitores, não vamos conseguir diminuir as desigualdades sociais. Não podemos esperar alcançar qualquer espécie de perfeição em uma sociedade que seja dividida em duas partes: os ricos que governam e os pobres que obedecem às suas ordens.
A paz universal só será possível quando a justiça social reinar em todos os países. A melhor forma de governo é a justiça. A melhor justiça é o direito. O melhor direito é a igualdade. Assim disse João Paulo II: “Um dos maiores desafios de hoje é conjugar liberdade e justiça social”. A verdadeira liberdade individual não pode existir sem a segurança e a independência econômica. Homens necessitados não são homens livres. As pessoas mais cruéis do mundo são as indiferentes à injustiça social, à discriminação, à desigualdade, à exploração. A prática da cidadania só adquire sentido se no seu horizonte estiver os direitos de todos, a igualdade perante a lei, a defesa do bem comum.
Resumindo: pense bem antes de depositar o seu voto na urna. Talvez a política seja a única profissão para a qual pensem que não é necessário preparo. Está errado. O candidato tem que estar preparado sim. Procure identificar nele três coisas: seriedade, honestidade e conhecimento de causa. Se faltar uma só dessas três, não importa qual, não vote nesse candidato. Procure outro e outro e outro... O mais importante é que você não deixe de participar, sabe por quê? O maior castigo para aqueles que não gostam de política é saber que um dia serão governados por aqueles que gostam. Participação é a palavra de ordem para as mudanças sociais. Só a ignorância aceita e a indiferença tolera o reinado das mediocridades.
O saudoso Betinho já dizia: “Quando vou votar, penso na história do candidato, nas suas alianças e programas, mas principalmente, na história política dele: o que faz e que partidos, cargos e experiências concretas já teve”. Um bom exemplo a ser seguido, o leitor não acha?
Huayrãn Ribeiro

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