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sábado, 23 de agosto de 2025

O trabalho é bom


Aqui e ali pelas comunidades uma das coisas que eu mais testemunho é a desvalorização do trabalhador e consequentemente da sua mão de obra. O próprio trabalhador se sente desestimulado quando se depara com notícias de parlamentares que ganham uma fortuna e nem se quer comparecem ao local de trabalho, isso em todas as esferas governamentais. O leitor pode pensar: mas isso não é desculpa. Eu concordo. Só que quem deveria dar bons exemplos faz justamente o contrário, na prática, fica muito difícil para qualquer um se sentir estimulado a trabalhar e a produzir com satisfação e alegria. Para demonstrar essa insatisfação com o trabalho, operários promovem protestos e muitas greves. Esses trabalhadores não só se preocupam com o ordenado, mas também com as horas e as condições de trabalho. Isso acontece porque aqueles que deveriam trabalhar para que a situação não chegasse a esse ponto simplesmente cruzam os braços e não querem saber de nada. Os trabalhadores, com muita justiça, passam a achar que a vida ideal seria num mundo livre de labuta. Poucos passam a considerar o trabalho como bênção ou dádiva de Deus. Talvez seja por isso que a classe política trabalhe tão pouco. Por considerar o trabalho uma maldição.
O trabalhador tem que ser valorizado. A mão de obra tem que ser valorizada. Precisamos estimular desde cedo nossos jovens a encarar o trabalho como uma dádiva e não como um castigo. O que tem que ser alvo de severas críticas é o relaxamento, a indolência e a preguiça como modo de vida. E quanto a esses políticos preguiçosos – “vão ter com a formiga para ver os seus caminhos e tornarem-se sábios”.

sábado, 16 de agosto de 2025

Coisa de criança... Cadê? Cadê? / Huayrãn Ribeiro

Seu vereador... Seu prefeito... Seu deputado... Seu governador... Seu senador... Seu presidente...
Cadê o dinheiro que seria gasto no saneamento básico?
Foi gasto na campanha eleitoral, menino!
Cadê o dinheiro que seria gasto na saúde?
Foi gasto na campanha eleitoral, menino!
Cadê o dinheiro que seria gasto na educação?
Foi gasto na campanha eleitoral, menino!
Cadê o dinheiro que seria gasto nas contenções de encostas?
Foi gasto na campanha Eleitoral, menino!
Cadê o dinheiro que seria gasto na prevenção das enchentes?
Foi gasto na campanha Eleitoraaaal, menino!
Cadê o dinheiro que seria gasto com a limpeza e dragagem dos rios?
Foi gasto na campanha Eleitoraaaaal, menino!
Cadê a estrada que passava aqui?
Foi encoberta pelo rio, menino!
E a casa que ficava ali?
Está debaixo d’água, menino!



Seu vereador... Seu prefeito... Seu deputado... Seu governador... Seu senador... Seu presidente... E a família que morava nela?



Que garoto chato! Faz cada pergunta... Eu sei lá...!

sábado, 9 de agosto de 2025

Boquinha suja

Para muitos é inquietante a idéia de estarem travando uma batalha perdida para preservar a civilidade. A crescente aceitação do uso de palavrões é o que torna mais evidente essa realidade. O uso de palavrões é tão comum que muitos jovens o encaram como normal, e grande parte dos adultos parece não notar nem ligar. Crianças de apenas um ano já usam palavras obscenas — assim que conseguem assimilar o vocabulário dos pais e da televisão. Um estudo revela que “cerca de 10% do vocabulário de um adulto no local de trabalho, e 13% nas horas de lazer, são palavrões”. Outra estatística citada no artigo mostra que o uso de palavrões aumentou 500% nos programas de televisão”.
É comum ouvir palavrões em muitos locais de trabalho. Alguns especialistas sustentam que esse linguajar torna o ambiente mais estressante para os funcionários. O uso de linguagem de baixo calão para expressar crítica negativa pode ter um efeito prejudicial na produtividade, na auto-estima e na saúde do funcionário. Em geral a tendência é usar a linguagem que o patrão usa. Se os palavrões no emprego o incomodam, comece abordando a pessoa que estiver passando dos limites e lhe peça com muita educação que não use esse tipo de linguagem na sua presença.Do ponto de vista de pais e educadores, a utilização de impropérios em programas de televisão é totalmente inaceitável. A emissora parte do pressuposto equivocado de que goza da intimidade dos telespectadores e, por isso, pode entrar em suas casas disparando as maiores barbaridades. Embora programas de entretenimento possam ser informais, com um pouco de imaginação pode-se evitar a linguagem suja. Se a intenção é produzir cenas realistas, [os palavrões poderiam] ser facilmente [substituídos] por outros recursos dramáticos.

sábado, 2 de agosto de 2025

Polícia: a esperança e o medo da população

Fragmento de uma pesquisa de Huayrãn Ribeiro para um estudo sobre educação comunitária

NO INÍCIO do século 19, muitos na Inglaterra resistiram às propostas da criação de uma força policial uniformizada. Temiam que um exército sob o comando de um governo central constituísse uma ameaça à liberdade. Havia também o receio de que se desenvolvesse um sistema de policiais espiões, como ocorreu na França sob José Fouché. Mas o dilema era: ‘O que faremos sem polícia?’
Ao passo que Londres se tornara a maior e a mais rica cidade do mundo, o aumento da criminalidade representava uma ameaça ao seu comércio. Os vigias noturnos voluntários e os caçadores de ladrões (detetives de uma entidade privada denominada Bow Street Runners) não davam conta de proteger a população e suas propriedades. Clive Emsley comenta no seu livro The English Police: A Political and Social History (História Política e Social da Polícia Inglesa): “Houve uma conscientização cada vez maior de que o crime e a desordem não poderiam ser tolerados numa sociedade civilizada.” Assim, os londrinos acharam por bem dispor de uma força policial profissional, organizada sob a direção de Sir Robert Peel. Em setembro de 1829, policiais uniformizados da Polícia Metropolitana começaram a fazer rondas.
Desde o começo de sua história moderna, a polícia tem inspirado esperança e medo na população — esperança de que proporcione segurança e medo de que abuse de sua autoridade.

A polícia do terror
No início do século 19, quando as modernas forças policiais começaram a ser formadas, a maior parte da humanidade havia estado sob o domínio dos impérios europeus. De modo geral, a polícia européia estava organizada para proteger os governantes, não o povo. Até mesmo os britânicos, que repudiavam a idéia de ter uma polícia militar armada em seu meio, pareciam não ter escrúpulos de usar a polícia militar para manter as colônias em sujeição. Rob Mawby, no seu livro Policing Across the World (A Polícia ao redor do Mundo), diz: “Incidentes de brutalidade, corrupção, violência, assassinato e abuso de autoridade ocorreram em praticamente todas as décadas da história da polícia colonial.” Depois de salientar alguns aspectos positivos da polícia imperial, o mesmo livro acrescenta que ela “passou para o mundo a imagem de que a polícia é instrumento de repressão do Estado, não uma entidade de serviço público”.
Governos despóticos, temendo revoluções, quase que invariavelmente tinham a sua polícia secreta para espionar os cidadãos. A polícia secreta extrai informações mediante tortura, e supostos subversivos são eliminados ou presos sem julgamento. Os nazistas tinham a Gestapo; a União Soviética, a KGB e a Alemanha Oriental, a Stasi. Esta última possuía um impressionante contingente de 100.000 homens e possivelmente meio milhão de informantes para controlar uma população de uns 16 milhões. Policiais faziam escuta de conversas telefônicas 24 horas por dia e mantinham fichas de um terço da população. “Os policiais da Stasi não conheciam limites nem ética”, diz John Koehler no livro Stasi, de sua autoria. “Um grande número de clérigos, incluindo autoridades de denominações protestantes e católica, foram recrutados como informantes secretos. Seus gabinetes e confessionários estavam repletos de aparelhos de escuta.”
Mas esse tipo de polícia não é exclusividade de governos despóticos. Policiais de grandes cidades em outros lugares são acusados de infundir o terror quando adotam práticas extremamente agressivas de imposição da lei, especialmente contra minorias. Comentando um escândalo de ampla repercussão envolvendo abusos cometidos pela polícia de Los Angeles, uma revista noticiosa disse que ‘a violência policial havia atingido um nível sem precedentes, levando a se cunhar o termo “policial-bandido” ’.
Incidentes desse tipo têm levado autoridades a se perguntar: Como melhorar a imagem da polícia? Num esforço de enfatizar o seu papel de servidores públicos, muitas forças policiais têm procurado salientar os aspectos comunitários de seu serviço.

Policiamento comunitário
O estilo tradicional japonês de policiamento comunitário tem chamado a atenção de outros países. Tradicionalmente, no Japão há pequenos distritos policiais onde trabalham uns 12 policiais organizados em turnos. Frank Leishman, conferencista em criminologia e antigo residente do Japão diz: “A abrangência da prestação de serviços dos policiais dos koban (pequenas delegacias) é lendária: eles ajudam pessoas a localizar um endereço nas ruas do Japão que na sua maioria não têm nome, emprestam guarda-chuvas (não-reclamados no setor de achados e perdidos) aos passageiros de trem quando chove, ajudam os sararimen (funcionários de colarinho-branco) bêbados a pegar o último trem para casa e dão aconselhamento aos cidadãos com problemas comuns.” O policiamento comunitário no Japão contribuiu para a sua invejável reputação de ser um país onde se pode andar nas ruas com segurança.
Será que esse tipo de policiamento funcionaria em outros lugares? Estudantes de criminologia acham que se pode aprender algo desse sistema. O progresso nas comunicações tem distanciado a polícia da população para a qual presta serviços. Em muitas cidades hoje em dia, o trabalho da polícia parece consistir principalmente em reagir a situações de emergência. A impressão que se tem é que a ênfase original na prevenção do crime foi esquecida. Como reação a essa tendência, o programa vizinhos em alerta voltou a ser enfatizado em muitos lugares.

Vizinhos em alerta
“Ele realmente funciona, reduz o crime”, diz Dewi, policial no País de Gales. “O programa vizinhos em alerta tem como objetivo conscientizar a população de zelar pela segurança uns dos outros. Organizamos reuniões para que os vizinhos se conheçam, troquem nomes e números de telefone e ouçam palestras sobre prevenção contra o crime. Gosto do projeto porque resgata o sentimento comunitário. É comum as pessoas nem conhecerem os vizinhos. O esquema funciona porque faz com que as pessoas fiquem atentas.” E melhora as relações entre a polícia e o público.
Outra iniciativa tem sido incentivar a polícia a ter mais compaixão com as vítimas. O eminente vitimologista holandês Jan van Dijk escreveu: “É preciso ensinar aos policiais que a maneira de tratarem as vítimas é tão importante quanto o modo como o médico trata o paciente.” Em muitos lugares, a polícia ainda não considera a violência doméstica e o estupro como crimes de verdade. Mas Rob Mawby diz: “Nos últimos anos, a polícia começou a tratar com mais seriedade casos de violência doméstica e estupro. Mas ainda há margem para muita melhora.” O abuso de autoridade é um campo em que praticamente todas as corporações podem melhorar.

O medo da corrupção policial
Às vezes parece ingenuidade acreditar na proteção policial, principalmente quando se ouve falar de muitos casos de corrupção. A corrupção existe desde o início da história da polícia. Referindo-se ao ano de 1855, o livro NYPD—A City and Its Police (Departamento de Polícia de Nova York — Uma Cidade e sua Polícia) diz que “muitos nova-iorquinos achavam que estava ficando cada vez mais difícil fazer distinção entre polícia e bandido”. Na América Latina, acredita-se que “há muita corrupção, incompetência e abusos de direitos humanos dentro da polícia”, diz o livro Facets of Latin America (Aspectos da América Latina), de Duncan Green. O comandante de uma força de 14.000 homens na América Latina pergunta: “O que você pode esperar quando um policial ganha menos de [100 dólares] por mês? Se alguém oferecer uma propina, o que acha que ele vai fazer?”
Qual é a dimensão do problema da corrupção? A resposta depende de a quem você pergunta. Um policial norte-americano que há anos faz rondas numa cidade com uma população de 100.000 habitantes responde: “Com certeza existem policiais corruptos, mas a grande maioria é honesta. Essa pelo menos tem sido a minha experiência.” Por outro lado, um investigador criminal com 26 anos de experiência num outro país diz: “A corrupção está praticamente em toda parte. A honestidade é uma coisa muito rara na polícia. Se um policial revista uma casa arrombada e encontra dinheiro, ele provavelmente vai pegá-lo. Se recupera objetos de valor, pega parte para si.” Por que alguns policiais se tornam corruptos?
Alguns começam com as mais nobres intenções, mas depois se deixam influenciar por colegas corruptos e pelo freqüente contato com a marginalidade. O livro What Cops Know (O Que os Policiais Sabem) cita um patrulheiro de Chicago que diz: ‘Os policiais conhecem muito bem o submundo da marginalidade porque convivem com ele, respiram o seu ar e lidam com ele o tempo todo.’ O contato com a corrupção pode facilmente exercer uma influência negativa.

sábado, 26 de julho de 2025

Para o estúpido, empenhar-se em conduta desenfreada é como um divertimento

O conselho de responsabilidade social da Igreja Anglicana publicou seu informe, em junho de 1995, intitulado “Algo a Celebrar”. Em nítido contraste com as recomendações bíblicas, o conselho instou a Igreja a “eliminar a expressão ‘viver em pecado’ e a rejeitar sua postura de condenação contra os que coabitam sem serem casados”, segundo o The Toronto Star. O relatório recomendou que “as congregações acolhessem os amigados, que os escutassem, que aprendessem deles, . . . para que todos possam descobrir a presença de Deus nas suas vidas”.
Com esse e os vários fatores (a baixo) que distorcem e exploram o sexo, como pode a pessoa, e os jovens em particular, livrar-se da obsessão de sexo? Qual é o segredo de relacionamentos felizes e duradouros?
A pornografia tem sido apontada como um dos fatores em fomentar a obsessão sexual. Um assumido viciado em sexo escreveu no jornal The Toronto Star: “Eu larguei o cigarro há cinco anos, o álcool há dois, mas nada tem sido mais difícil de largar do que meu vício de sexo e de pornografia.”
Ele também está convencido de que os adolescentes expostos a uma dose constante de pornografia desenvolvem um conceito distorcido sobre comportamento sexual. Eles criam fantasias sexuais e acham complicado e difícil manter relacionamentos reais. Isso leva ao isolamento e a outros problemas, um dos principais sendo a dificuldade de formar vínculos de amor duradouros.
Estilos de vida promíscuos, envolvendo múltiplos parceiros sexuais, com ou sem o amparo legal, têm sido amplamente adotados e publicamente exibidos pelo mundo do entretenimento. A desamorosa e degradante exibição de intimidades sexuais na tela alimenta a obsessão de sexo, dando a esta geração um conceito distorcido da sexualidade humana. A mídia do entretenimento muitas vezes equipara falsamente o sexo não-conjugal com a intimidade amorosa. Fãs que idolatram personalidades do entretenimento parecem não saber distinguir entre paixão e amor, entre breves aventuras sexuais e compromisso de longo prazo, ou entre fantasia e realidade.
Muitas vezes, também, o mundo da publicidade explora o sexo como instrumento de mercado. O sexo tornou-se “um artigo impessoal cujo objetivo é chamar atenção para um produto”, disse um terapeuta sexual. Os publicitários exploram o sexo e associam a expressão sexual à “boa vida”, mas essa é mais uma “distorção da perspectiva sexual.
As mudanças no meio social e a entrada da pílula anticoncepcional no mercado, em 1960, mudaram o comportamento sexual de milhões de mulheres. A Pílula deu às mulheres uma imaginada igualdade sexual com os homens, uma liberdade ou independência sexual nunca antes conseguidas. Como os homens, elas podiam agora experimentar relacionamentos de curta duração, sem medo da gravidez indesejada. Refestelando-se na sua liberação sexual, tanto homens como mulheres empurraram para a beira da extinção os papéis naturais da família e do sexo.
Um escritor bíblico do primeiro século disse sobre tais indivíduos: “Eles têm olhos cheios de adultério e são incapazes de desistir do pecado . . . têm um coração treinado na cobiça. . . . Abandonando a vereda reta, foram desencaminhados.” — 2 Pedro 2:14, 15.
Um estudo realizado nos EUA com cerca de 10.000 jovens solteiras em idade de cursar o segundo grau revelou que “o conhecimento, medido pelos cursos de educação sexual que elas fizeram e pelo conhecimento que afirmaram ter sobre controle da natalidade”, nada influiu nos índices de gravidezes fora do casamento. Não obstante, algumas escolas públicas enfrentam essa epidemia oferecendo a seus alunos preservativos grátis, embora essa prática seja altamente polêmica.
Uma aluna do segundo grau, de 17 anos, entrevistada pelo jornal Calgary Herald, declarou: “É uma realidade que a maioria dos adolescentes do segundo grau fazem sexo . . . , alguns até mesmo com 12 anos de idade.”
Acredite se quiser ou se puder ou sei lá o quê!O bispo anglicano de Edimburgo, Escócia, disse que os humanos nasceram destinados a ter muitos amantes. Num discurso sobre sexo e cristianismo, ele declarou: “Quando Deus nos fez, ele sabia que nos havia dotado de impulso sexual para sairmos e lançarmos nossas sementes. Ele nos deu genes promíscuos. Acho que seria errado a Igreja condenar pessoas que seguiram seus instintos.”
Então respondaÉ sadio tal conceito? Qual é o custo do amor livre? Será que relacionamentos de curto prazo com uma série de parceiros sexuais produzem genuína gratificação e felicidade?
A epidemia global de doenças sexualmente transmissíveis e os milhões de gravidez fora do casamento, especialmente entre adolescentes, atestam o fracasso dessa filosofia.
Como teria Jesus classificado esses líderes religiosos? Sem dúvida de “guias cegos”. E que dizer dos que seguem tais guias? Ele arrazoou: “Se, pois, um cego guiar outro cego, ambos cairão numa cova.” Não se engane, Jesus disse claramente que “adultérios” e “fornicações” estão entre “as coisas que aviltam o homem”.

sábado, 19 de julho de 2025

Por que a educação comunitária não é vista com muita simpatia?

Quando se fala em educação comunitária uns desconfiam da educação e outros suspeitam da comunidade. Segundo Moaci Alves Carneiro no seu livro Educação Comunitária, Faces e Reformas: “Para o povão, o conceito de educação é suspeito. Soa como sinônimo de tutela, autoritarismo, quando não, marca definitiva de poder. Para os referentes desta suspeita, no caso, os professores, a inteligência, em torno da qual gravita a educação, o termo comunitário padece da falta de seriedade e de eficacidade, quando não é considerado malcheiroso”.
Já que o assunto do momento (e o que não pode faltar é assunto) é a educação, é muito importante ficarmos atentos a este modelo de educação que estão querendo impor aos nossos jovens. Em qualquer que seja o modelo o que tem que ser valorizado é o empenho individual para a aquisição de conhecimentos e para o aperfeiçoamento de um saber, com vistas a se atingir uma maior utilidade social, à medida que este modelo, por exemplo, não está integrado a um projeto globalmente educativo, que poderíamos chamar de educação comunitária é que ele contribui para a manutenção de objetivos injustos dentro de nossa sociedade. Neste modelo o jovem ou o trabalhador estuda para se promover, ele não se politiza e, em conseqüência, é mais útil ao poder que o emprega do que à construção de si mesmo.
Um fato novo estourou como uma bomba recentemente que (segundo especialistas) de médio a longo prazo vai excluir definitivamente qualquer possibilidade de que alunos da rede pública cheguem a qualquer lugar decente na vida. O Governo Federal quer desmontar a ‘indústria da repetência e da progressão continuada’, esta foi a manchete em todos os jornais do Brasil.
O ministro da Educação, Fernando Haddad, disse que o decreto mais importante que o presidente Lula assinou (24/04/2007) durante o lançamento oficial do Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE) é aquele que determina um plano de metas para a educação básica. “Precisamos desmontar a indústria da repetência e a da progressão automática. Nenhuma das duas nos interessa. Temos que criar um sistema de educação desenvolvido, no qual todos os alunos progridam, mas progridam aprendendo”, disse o ministro.
Um projeto educativo ou é transformador, ou não é educativo e como todo projeto educativo é sempre um projeto político a situação tende, pelo visto, a piorar para a grande massa jovem desse país.
A força-motriz da educação reside no interesse da sociedade e da comunidade em utilizar a força de trabalho de cada um de seus membros, seu poder criativo, sua imaginação, para fins coletivos. A educação não é uma conquista do indivíduo, mas uma função da sociedade. Ou seja, onde há sociedade, há educação.
O alvo desses projetos (políticos) de educação é eliminar a única base da sociedade capaz de resistir a toda essa barbaridade – a família.
Educação comunitária deriva de uma clara opção política. Por isso, a primeira etapa da educação comunitária é a formação de uma consciência política no indivíduo, qualquer que seja sua situação social atual, seu nível cultural.
Isso, com certeza, não faz parte de nenhum projeto de educação do governo, por isso que essa expressão educação comunitária não é vista com muita simpatia.

sábado, 12 de julho de 2025

A mídia propaga em todo o mundo a idéia de que a violência é normal e compensa


Cabe aos pais e professores minimizar o heroísmo estimulado por filmes e pela TV para não banalizar a morte. Crimes cometidos por menores de 13 anos têm aumentado e muito. São crianças que levam armas para escola, atacam, ferem ou matam colegas e cometem abuso sexual contra os mais novos. Uma cultura como a nossa atual, que estimula a competição e mostra em filmes que se pode matar para conseguir o que se quer, só pode aumentar a confusão mental dessas crianças. Por que não incentivar o uso de brinquedos e jogos educativos ao invés de armas? É fundamental conversar com a criança. Mostrar que o ideal de herói que mata todo mundo é bobo e irreal e que armas não são símbolos de força ou status, mas sim objetos fatais.
No mundo inteiro crianças apontam como seu maior modelo de comportamento os heróis de filmes de ação. Os heróis violentos ficam bem à frente na preferência infantil, vindo antes dos astros internacionais e músicos, líderes religiosos ou políticos. A TV domina a vida das crianças em todo o mundo. Elas dedicam, em média, 50% a mais de seu tempo à TV do que qualquer outra modalidade. A mídia propaga em todo o mundo a idéia de que a violência é normal e compensa. Assim, com a banalização da violência, as crianças passam a ter referenciais distorcidos.
A criança mediana que vê TV com certeza testemunha milhares de assassinatos e milhões de atos de agressão por dia. Evidentemente que a violência televisiva está entre os diversos fatores sociológicos que contribuem para a violência na sociedade, até porque as crianças como foi dito, passam mais horas diante da TV do que na escola, por exemplo.
Assistir a novelas promove vários tipos de comportamento anti-social nas crianças, incluindo falar mal dos outros, tagarelar, espalhar boatos, criar rivalidade e intimidar verbalmente. Existe sim uma ligação significativa entre assistir na TV a tais agressões indiretas e o comportamento anti-social dos adolescentes. As piores novelas mostraram em média 14 cenas em que se falava mal de outros num período de apenas uma hora. Retratar a agressão indireta de modo constante e incessante como se fosse justificada, atraente ou recompensadora dá mau exemplo aos jovens.
Tais seriados são escritos visando atingir o coração e a mente dos telespectadores. Os escritores procuram situações para tocar a vida das pessoas. E ficam desapontados, se suas apresentações não produzirem lágrimas na audiência pelo menos três vezes por semana. Milhões de mulheres e homens de todas as idades, raças e formações raramente perdem a sua novela favorita. Esses incluem operários comuns, bem como profissionais abastados, entre estes juizes, governadores e até presidentes. No Brasil, as telenovelas constituem uma influência dominante não só durante o horário nobre, mas também no horário da tarde.
Para a maioria dos telespectadores os personagens tornam-se reais e eles se preocupam de verdade com eles. Alguns espectadores até mesmo falam com a tela, num esforço de aconselhar seus personagens prediletos! Como disse certo terapeuta, os personagens tornam-se realmente um circulo de amigos. É esse aspecto sedutor um perigo sutil. Tais programas há muito vêm corrompendo a família. O que têm mostrado as pesquisas e as experiências? Que a novela é o mais poderoso entretenimento quer da televisão quer de outras fontes.
Outra coisa são os jogos de computador. Cada vez mais recheados de violência atraindo legiões de adeptos que se deleitam com sangue e partes do corpo espalhados pela tela do computador. Se depender dos usuários quanto mais sangue melhor. Podemos encontrar jogos em que é muito comum uma matança indiscriminada, batalhando contra dezenas de participantes pela Internet em duelos chamados de jogos de morte. O mais interessante é que os pais assistem a tudo isso e nada fazem, e em muitos casos, também jogam junto com os próprios filhos.
Tem-se notado que os filhos de bons leitores seguem o exemplo dos pais. Visto que as crianças têm grande capacidade de aprendizagem, é bom estimular o interesse delas pela leitura mesmo antes de conseguirem identificar as vogais. Por exemplo, podem-se ler histórias para elas a fim de ajudá-las a desenvolver a imaginação. Sentem-se juntos.. . Deixem-nos virar as páginas, interromper quando quiserem e fazer perguntas. . . . Peça-lhes que conversem com você sobre os objetos e os personagens que aparecem na história. Responda a todas as perguntas. . . . Relacione o livro à vida dos filhos.
Testes de aptidão feitos por jovens vestibulandos mostram definida queda na habilidade de usar a língua. Esta tendência, segundo se pensa, é principalmente devida à falta de concentração na leitura e comunicação na vida escolar inicial. Um dos principais culpados é a televisão. Para muitas crianças [a televisão] substituiu, em grande parte, a leitura em voz alta, boa dose de atividade física junto com outras crianças e a conversação, a comunicação, implícita em se lidar com outros, e o uso da própria imaginação da criança em criar sua própria diversão. Invariavelmente, as crianças que apreciam a leitura e usam bem a linguagem são aquelas que, desde sua infância inicial, ouviram seus pais lerem, e onde não se permitiu que a televisão substituísse a leitura e a comunicação.
O leitor não acha que já está passando da hora de dar um basta a esta situação? O leitor não acha que já está passando da hora para uma reflexão séria sobre esses filmes, a TV, esses jogos de computador? O leitor não acha que já está passando da hora?

sábado, 5 de julho de 2025

Eleições / Cadê o respeito, a moral, a ética e a seriedade?

Impressionante o grau de desinformação e despreparo do eleitor. Incapaz de focar a sua escolha baseado, por exemplo, na Lei da Ficha Limpa: vários candidatos (embora não tenham esgotados todos os recursos) já condenados em primeira instância lideram as pesquisas de intenção de votos, isso de deputado estadual até presidente da república.

A imprensa tem noticiado exaustivamente quem são aqueles que deveriam ser repudiados pelo eleitor por uma série de crimes: contra o patrimônio, desvio de verbas, compra de votos, nepotismo, abuso de poder político e econômico, homicídio e digo mais: temos nessa eleição candidatos cujos antecedentes colocariam qualquer um de nós (pobres mortais) na cadeia por um longo tempo.
A conclusão que eu chego é que as pessoas perderam definitivamente o respeito pelo que é sério, moral, ético, tudo em detrimento do vale tudo para se alcançar e se perpetuar no poder. Vale mentir, chantagear, corromper, ser corrompido... Vale também fazer as mais inusitadas alianças: com o trafico de drogas, com a milícia e por que não com candidatos de partidos ditos de oposição? O negócio é chegar lá!
Outro absurdo são esses que se apresentam como líderes religiosos (me refiro a todas as denominações religiosas), sem um pingo de rubor ignoram suas doutrinas, seus ritos, suas convenções, contrariando princípios que antes eram cultuados com fé, temor e amor. Tudo isso ficou pra trás. O paraíso agora é ser político, o céu agora é poder legislar em causa própria e enriquecer mais, mais e mais.
A conclusão que eu chego é que as pessoas estão (propositalmente) confundindo liberdade com libertinagem, democracia com bagunça.
O que contribui bastante para essa confusão – diga-se de passagem, altamente útil a esse sistema político – é o executivo fazendo o papel do legislativo passando por cima das leis dando um péssimo exemplo de cidadania. Os maiores protagonistas no descumprimento das leis são os próprios políticos – num primeiro plano o executivo e depois o próprio legislativo. Em outras palavras: aqueles que foram eleitos pelo povo, pelo voto e são pagos para elaborar as leis, são os primeiros a não cumpri-las.
Reparem que o noticiário político não tem quase nada de política parece mais um noticiário policial e mesmo assim os eleitores (baseado nas pesquisas) têm manifestado suas intenções de votos justamente nesses criminosos.
É público e notório que a sociedade está mudando, só que infelizmente, ao negligenciar valores que antes serviam de alicerce para a mais importante célula dessa mesma sociedade que é a família, a tendência é um mergulho profundo no mais absoluto caos, um caminho sem volta.
O mais preocupante é que é do seio dessa família em constante mutação, dessa sociedade que vem se transformando a cada dia, dessas comunidades largadas ao Deus dará, das cidades que crescem desordenadamente e de países que procuram de todas as formas se firmarem nesse mundo cada vez mais globalizado – é justamente aí que são forjados os homens que ocuparão mais tarde um cargo ou no executivo ou no legislativo seja municipal, estadual ou federal.
A família não está sendo regida pela batuta do bom senso, da educação, da capacitação profissional, respeito ao meio ambiente às crianças aos idosos e principalmente pelo amor ao próximo.
A família está sendo minada nas bases com [certos] conceitos de modernidade que promovem de forma danosa uma inversão de valores tentando mostrar que tudo que é comum (hoje em dia) é normal.
Nem tudo que é comum é normal – já conversamos sobre isso.
A corrupção pode ser comum hoje em dia, mas não é normal; esses desvios de conduta moral são comuns hoje em dia, mas não é uma coisa normal.

Resumo: ainda dá tempo, faltam poucas horas para as eleições. Se a política é uma extensão da sociedade e se essa sociedade é a favor desse sistema corrupto, antidemocrático e desumano, então que escolha qualquer um desses que estão aí brigando para saber através do voto qual deles será o mais útil para servir a esse sistema que é (evidentemente) contra o povo, contra a família.
Outra coisa: se é uma democracia, por que o voto é obrigatório?
Estamos numa democracia? Por que o voto só serve para quem é eleito enquanto que para o eleitor vem tudo na base do conta-gotas, assistencialismo barato e da esmola?
Ainda dá tempo, faltam poucas horas para as eleições, pense nisso!

sábado, 28 de junho de 2025

Conjunto habitacional para famílias de baixa renda – lugar que até o diabo faz questão de esquecer / Huayrãn Ribeiro

Se alguém chegar pra você e disser que mora num desses conjuntos habitacionais para famílias de baixa renda, acredite, ele está dizendo que mora numa espécie de subsolo do inferno, lugar que até o diabo faz questão de esquecer.
Esses conjuntos habitacionais para famílias de baixa renda são projetados pelos piores profissionais do ramo ou a coisa é feita de propósito para dificultar a vida de seus moradores – Os apartamentos ou casas são horrorosos, desconfortáveis, normalmente as paredes são geminadas expondo a todos a uma total falta de privacidade e o material usado nessas construções, com certeza, não é material de primeira e no verão o calor é insuportável.
Esses conjuntos habitacionais para famílias de baixa renda não são acompanhados de um projeto de manutenção e são entregues (aparentemente) com toda infra-estrutura só que com um prazo de validade bem limitado, explico: justamente pela falta de um projeto de manutenção em pouco tempo suas ruas vão ficando escuras e esburacadas, os conjuntos que são cortados por rios, por exemplo, rapidamente tem suas margens ocupadas por construções irregulares isso sem falar que são afetados (os rios) pela poluição (esgoto, lixo, etc.) e a parte mais dolorosa para as famílias é o abastecimento de água que sempre deixa a desejar.
Para quem olha de longe, esses conjuntos habitacionais para famílias de baixa renda são uma beleza: tudo padronizado, saneamento básico, “água”, energia elétrica, transporte, comércio, escolas, segurança, área de lazer, só que tudo funciona de maneira superficial. Tudo funciona de maneira muito precária e isso tudo com a conivência do poder público - preciso dizer mais alguma coisa?
Perfil dos moradores

Tem gente de tudo que é lugar com as mais diferentes formações e informações desse país e até de fora do Brasil. São pessoas pobres sem muita cultura, a maioria é ordeira, trabalhadora, honesta. Essas pessoas são [principalmente] dolorosamente cientes de onde estão.
Muitos estão tendo pela primeira vez a oportunidade de morar numa casa (ou apartamento) de alvenaria ou de morar pela primeira vez no asfalto (não morar no alto de um morro). No fundo essas pessoas só querem ser felizes, muitos encontraram nesses conjuntos habitacionais para famílias de baixa renda a sua felicidade, enquanto outros encontraram nesses mesmos conjuntos o seu inferno.
Comércio, profissionais e serviços
Quem procura se estabilizar nesses conjuntos habitacionais normalmente são comerciantes que visam única e exclusivamente o lucro fácil e recorrem a expedientes bem fora do padrão. É muito comum encontramos nesses conjuntos habitacionais comerciantes que trabalham na clandestinidade, suas lojas não tem alvará, não assinam as carteiras de seus funcionários, não emitem nota fiscal, suas mercadorias não têm procedência comprovada, muitos são proprietários, mas nada consta em seus nomes, usam os chamados laranjas.
Você deve estar curioso: mas, e a fiscalização?
Não funciona, porque é corrupta, fazem vista grossa em troca de propina.
Detalhe: em termos de aparência, as lojas comerciais desses conjuntos habitacionais ganhariam de longe o troféu BIROSCA DE OURO. São muito feias, aliás, quem dá a esses conjuntos habitacionais um caráter de favela é exatamente o comércio com as suas barracas de alvenaria – não podem ser chamadas de lojas comerciais. Como diria aquele garotinho do futebol: “é de mais para o meu visual”!
Um dos ramos mais problemáticos nesses conjuntos habitacionais são os relacionados à saúde. Consultórios dentários, consultórios médicos vira e mexe são denunciados por uma série de irregularidades: abortos clandestinos, falsos médicos, no caso das farmácias uma coisa muito séria é a livre comercialização de medicamentos que normalmente só poderiam ser vendidos com receita médica... Falo dos medicamentos com tarja vermelha, preta, etc. 
Não poderia deixar e citar (claro) a pirataria que rola a vontade e isso tudo com a conivência do poder público - preciso dizer mais alguma coisa?
Quantos aos profissionais e serviços a coisa não difere. É muito difícil você encontrar nesses conjuntos habitacionais profissionais sérios, conscientes das obrigações de seus ofícios. A falta de qualificação profissional prejudica bastante o avanço dessas comunidades. São muitos os curiosos que se metem a mecânico de automóvel, técnico de refrigeração, técnico em eletrônica, informática, eletricista, pedreiro, enfim, nesses conjuntos habitacionais até você encontrar o profissional certo vai ter que suar um bocado.
Lazer
Falar de lazer nesses conjuntos habitacionais é piada. O máximo que você encontra é uma pracinha, com uns brinquedinhos, uma quadra de futebol e mais nada.
Esses conjuntos habitacionais carecem e muito de áreas de lazer. É assustador o número de crianças nesses conjuntos que nunca foram, por exemplo, ao teatro, cinema, museu, muitas nunca foram sequer a praia.
Não estou querendo dizer que deveriam projetar esses conjuntos habitacionais para famílias de baixa renda com uma praia ou coisa parecida, mas alguns equipamentos culturais deveriam ser obrigatórios nesses projetos, além de quadras polivalentes e campo de futebol, teatro, cinema e uma área verde para que fosse cultivado desde a tenra infância o gosto pela preservação ambiental.
Transporte
Umas das partes mais sofridas para as pessoas que moram nesses conjuntos habitacionais para famílias de baixa renda é o transporte. Passagem cara, o pior tratamento possível dispensado pelas empresas de ônibus que não poupam principalmente estudantes e idosos, e isso tudo com a conivência do poder público - preciso dizer mais alguma coisa?
Religião, serviços sociais
Esses conjuntos habitacionais para famílias de baixa renda são uma espécie de paraíso para os oportunistas de todos os credos. O que você mais encontra nesses conjuntos habitacionais para famílias de baixa renda são igrejas, a maioria evangélica, cada uma com o nome mais estranho que a outra e cada qual com a sua doutrina, com a sua bíblia e com o seu deus, é o segmento mais dividido. Encontramos também igrejas católicas, centros espíritas e um monte de seitas. Em meio a essa salada temos também uma penca de ONGs, fundações, associações, centros culturais, centros sociais e seus projetos de fachada que só servem para beneficiar uma meia dúzia de picaretas travestidos de lideranças comunitárias e isso tudo com a conivência do poder público - preciso dizer mais alguma coisa?
Segurança, Drogas, prostituição, violência
É muito comum você encontrar nesses conjuntos habitacionais para famílias de baixa renda a presença do Estado. Normalmente faz parte do projeto a implantação de um DPO ou dentro do conjunto ou nas proximidades o que não impede (muito pelo contrário) a ação de traficantes, milicianos, prostituição de menores e [claro] muita violência, sem falar nos furtos e assaltos a mão armada.
Na verdade só quem se sente seguro para cometer seus delitos nesses conjuntos habitacionais para famílias de baixa renda são os vagabundos e isso tudo com a conivência do poder público - preciso dizer mais alguma coisa?

Resumo: Se alguém chegar pra você e disser que mora num desses conjuntos habitacionais para famílias de baixa renda, acredite, ele está dizendo que mora numa espécie de subsolo do inferno, lugar que até o diabo faz questão de esquecer. Preciso dizer mais alguma coisa?

sábado, 21 de junho de 2025

Cidadão, você não foi derrotado / Huayrãn Ribeiro

A desinformação foi a responsável pela deseducação que levou à indisciplina, à desorganização, à desdoutrinação, à desconstrução de uma sociedade inteira.
Não estou falando da derrota de um simples cidadão e sim de uma sociedade inteira.
Cidadão, você não foi derrotado.
A desinformação foi a responsável pelo extermínio da ética, da moral, da seriedade e da honestidade de uma sociedade inteira.
Não estou falando da derrota de um simples cidadão e sim de uma sociedade inteira.
A desinformação foi a responsável pelo não cumprimento das leis, que levou à corrupção, que levou à violência, que levou à morte, que levou à impunidade e que elevou uma sociedade inteira à categoria de criminosos.
Formamos uma sociedade de criminosos.
Cidadão, você não foi derrotado.
Fomos derrotados pelas nossas próprias ambições, pelas nossas mesquinharias, pelo prazer de provocar (direta ou indiretamente) a infelicidade dos outros, fomos derrotados pela nossa própria crueldade, pelos nossos preconceitos e discriminações, pelas nossas crenças em tantos deuses e doutrinas e pelas nossas devoções e fé cega em tantas ideologias.
Fomos derrotados pelas nossas próprias orações, nossas evocações, nossas depressões, fomos derrotados pelos nossos próprios fantasmas e pelos nossos próprios demônios.
Fomos derrotados por nossas próprias mentes pequenas.
Fomos derrotados pela nossa própria promiscuidade, pela nossa imoralidade legalizada e por nossas perversões institucionalizadas.
Cidadão, você não foi derrotado.
Fomos derrotados pelo ar que nunca aprendemos a respirar...
Fomos derrotados pela comida que nunca aprendemos a mastigar...
Fomos derrotados pela água que nunca aprendemos a beber...
Fomos derrotados pelas crianças que nunca aprendemos a criar...
Fomos derrotados pelos idosos que nunca aprendemos a respeitar...
Fomos derrotados, homens e mulheres, porque nunca aprendemos o significado da palavra amor.
Cidadão, você não foi derrotado.
Não estou falando da derrota de um simples cidadão, e sim de uma sociedade inteira.