O encontro, que tinha duração prevista de três horas, faz parte de uma pequena parada antes de o pontífice iniciar uma visita de cinco dias ao México, onde deve levar uma mensagem de solidariedade às vítimas de drogas, do tráfico humano e da discriminação em regiões violentas e pobres do país.
A reunião e a assinatura de uma declaração conjunta estavam em preparação havia décadas. Sua concretização reforça a reputação de Francisco como estadista que valoriza o diálogo.
A declaração, cujo tema foi unidade religiosa, pede paz na Síria, no Iraque e na Ucrânia. O documento também faz um apelo para que a comunidade internacional proteja os cristãos sob ataque no Oriente Médio, em uma aparente referência à violência da facção terrorista Estado Islâmico na região.
A escolha de Cuba para o encontro não é casual. A ilha, que fica bastante distante das disputas territoriais entre católicos e ortodoxos na Europa, é católica e familiar ao primeiro papa da América Latina, mas também é um ambiente amigável à Igreja Ortodoxa devido aos laços históricos de Cuba com os russos no período soviético.
Poder / O Vaticano espera que o encontro melhore suas relações com outras igrejas ortodoxas, mas muitos observadores ortodoxos descrevem a disposição de Cirilo de se sentar com um papa como uma tentativa de reafirmar a Rússia e a ortodoxia russa em um momento em que Moscou está sendo isolado pelo Ocidente por suas ações militares na Síria e na Ucrânia.
Cirilo, um conselheiro espiritual do presidente russo, Vladimir Putin, lidera a mais poderosa de 14 igrejas ortodoxas independentes, que se reunirão ainda neste ano na Grécia em seu primeiro sínodo em séculos. (Folhapress)
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