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domingo, 29 de dezembro de 2013

LITERATURA / Escritores destacam internacionalização da literatura brasileira

Além da participação de 168 editoras, que dividiram o estande coletivo brasileiro, mais de 70 escritores estiveram na Feira de Frankfurt, há dois meses. Agora, dão o seu depoimento sobre o potencial de exportação de livros e a receptividade da produção editorial do País. 

Laurentino Gomes ficou bastante satisfeito com os resultados da participação no evento. “Além da oportunidade de debater sobre a polêmica das biografias não autorizadas no Brasil, mantive uma boa reunião de negócios com meu agente literário em Nova York, Jonah Strauss, responsável pelo lançamento da edição em inglês do livro 1808 nos Estados Unidos”.
O escritor Affonso Romano de Sant’Anna, autor da emblemática obra Que país é este?, observou que, a partir da Feira, as chances de internacionalização do livro brasileiro ampliam-se. É que desde que o Brasil havia sido anunciado como o homenageado da Feira de Frankfurt 2013, mais de 200 títulos, dentre lançamentos e reimpressões, foram traduzidos na Alemanha.
Sant’ Anna dividiu, em Frankfurt, uma mesa literária no Pavilhão Brasileiro com Nicolas Behr. Ele quer ver, em breve, livrarias da França, por exemplo, com estantes inteiras contendo obras brasileiras. 
“Certa vez, na livraria Écume de Pages, em Paris, perguntei ao livreiro porque não tinha uma estante de autores brasileiros – Jorge Amado estava na estante dos espanhóis. Ele disse que não havia produção suficiente que justificasse tal estante. Imagino, agora, que os brasileiros estão sendo traduzidos é que isso mudará”, disse o autor.
Michel Laub, outro escritor presente em Frankfurt, disse que sua maior expectativa com a Feira é de que ela tenha ajudado a difundir a literatura brasileira. “Embora ainda seja cedo para dizer, sigo com essa expectativa positiva”.

Forte identidade brasileira
A escritora Cinthia Moscovich, que também estava entre os 70 autores brasileiros convidados para representar o Brasil na Feira de Frankfurt, disse que as atividades e instalações do Pavilhão Brasileiro, no qual aconteciam as mesas literárias, já davam uma ‘cara’ forte para o nosso país.
“O Pavilhão era acolhedor e movimentado, tudo a um só tempo. Sua interessante programação saiu da mesmice ‘bunda-futebol-carnaval’, observa. “E mais do que essa boa impressão sobre o lindo pavilhão, acho que nossa presença ficou marcada pela qualidade de nossa literatura, coisa que ficou comprovada pelo nível dos debates e pelas leituras realizadas”, enfatiza.
Laub concorda com Cinthia. Ele aprovou a ideia dos organizadores apresentarem uma programação que tivesse como objetivo mudar a visão folclórica que se tem do País. “Se isso foi conseguido, o futuro dirá”, observa.
Para Laurentino Gomes, o Brasil que se apresentou em Frankfurt tem a cara do país em que vivemos hoje, com seus defeitos e virtudes. “Levamos uma comitiva de escritores numerosa e importante. Pode ter faltado um nome ou outro, mas a lista refletia bem a produção literária brasileira contemporânea”.
Esta também foi a impressão do escritor e ilustrador Roger Mello. “Para mim, o Brasil ficou marcado nesta edição da Feira de Frankfurt com a quebra de imagens estereotipadas, dando ideia de um país aberto, mais autocrítico, mas sem perder a criatividade e a força. E esta não foi apenas minha percepção. Ouvi isso de vários editores, participantes e jornalistas da Alemanha e de outros lugares do mundo. Foi extremamente positivo”.
Um dos principais autores brasileiros de literatura infanto-juvenil, Pedro Bandeira, que participou de mesa literária com a consagrada autora de livros infantis Ruth Rocha, nunca havia ido à Feira de Frankfurt. “Fiquei muito feliz pela minha participação ter sido bem recebida pelo público presente. E tive a surpresa de ver alemães chorando de emoção ao ouvir o texto de um brasileiro”.
No próximo ano, o país homenageado da Feira do Livro de Frankfurt será a Finlândia. O Brasil realizou o ritual da “passagem de bastão” na solenidade de encerramento da feira, no último dia 13 de outubro.

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