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segunda-feira, 19 de junho de 2023

Madame vê, Madame sabe / Sobre bebidas alcoólicas

NOS anos recentes, muito se tem ouvido falar a respeito do uso de tóxicos, tais como a heroína. Sem dúvida está a par de que constituem crescente problema.
Entretanto, sabia que, em muitos países, o uso excessivo de bebidas alcoólicas provoca cerca de dez vezes mais problemas do que o uso de narcóticos? Do ponto de vista global, o alcoolismo é um problema muito maior do que o abuso de tóxicos.
Talvez conheça alguém que beba demais. Talvez seja seu marido, sua esposa ou um amigo muito íntimo. Se assim for, então não é preciso que ninguém lhe diga que tremendo problema isso pode ser. E, com certeza, o problema não diminui, embora talvez não consiga tantas manchetes como o vício de entorpecentes.
O alcoolismo é o vício mais disseminado em nossa nação. Até entre os jovens, beber demais é um problema muito maior do que o uso de narcóticos.
Segundo os médicos, os assistentes sociais e a polícia, o alcoolismo é o maior problema doméstico.
O custo do alcoolismo é elevadíssimo. E não apenas em termos do preço das bebidas alcoólicas.
Dentre as pessoas mortas em acidentes automobilísticos 70% resultam de os motoristas tentarem guiar seu carro depois de beberem.
É mais responsável pela perda de horas de trabalho do que todas as outras doenças juntas.
Além do elevado custo em mortos e feridos em acidentes e tempo perdido do trabalho, há outro custo trágico do beber em excesso. O marido ou a esposa que não controla a ingestão de álcool usualmente é uma fonte de grande angústia para os outros membros da família. Certo juiz afirma que a queixa mais comum das esposas que procuram um divórcio é a embriaguez de seus maridos. E o efeito sobre os filhos pode ser catastrófico.
Pelos enormes problemas causados por se beber demais, torna-se patente que o álcool é muito mais do que simplesmente outra bebida.
Por atuar de forma a deprimir o sistema nervoso central, o álcool atinge a disposição da pessoa. Pequenas quantidades podem ser agradáveis. Mas, grandes quantidades atingem o juízo e raciocínio da pessoa, quase sempre para pior. Pela bebida contínua, as atividades que demandam o controle dos braços e das pernas e de outras partes do corpo são atingidas. Por fim, beber em excesso interfere até com os processos automáticos, tais como a respiração.
Quem se embriaga uma vez por outra talvez sinta muitas ou todas as reações que acabamos de descrever. Mas, isso não o torna, necessariamente, um alcoólatra. O que o torna? Uma pessoa se torna alcoólatra quando adquire o hábito de beber e sente que não pode controlá-lo. Quando sente a ‘necessidade’ de beber e diz que não pode restringir-se, já está a caminho de se tornar um alcoólatra ou já é um.
De início, o vício talvez seja psicológico. O alcoólatra acha que tem de beber para encarar a vida, ou simplesmente porque gosta dos efeitos. Mas, depois de uso prolongado, estabelece-se a dependência física. Os tecidos do corpo literalmente se tornam dependentes do álcool e, quando se lhes nega isso, podem ocorrer graves sintomas de sua falta.
‘Destarte, a pessoa é um alcoólatra quando depende do álcool e sente que não consegue eliminá-lo. Com o tempo, talvez bem gradualmente, irá atingir o ponto em que toda a sua vida está influenciada pelo seu beber. Isso interferirá em suas relações familiares, em sua habilidade de ganhar a vida e também em sua saúde.
Algumas autoridades afirmam que as conseqüências físicas de beber demais são mais graves do que as resultantes do uso da heroína.
“A possibilidade de morte resultante de agudo envenenamento alcoólico e da falta de bebida no alcoolismo crônico é muito maior do que a de uma dosagem excessiva e a falta de tóxico no caso do vício da heroína.” Os sintomas da falta de bebida podem incluir a náusea, alucinações, agitação grave ou convulsões, e, em casos extremos, a morte. Tais sintomas são parte do que é chamado “delirium tremens”, e calcula-se que atinja uma taxa de mortalidade de 20 por cento.
No alcoolismo bem avançado, a bebedeira é comum. O alcoólatra fica bêbado e permanece assim por vários dias. Torna-se gravemente subnutrido, não raro sujo e incapaz de cuidar de si. Corre perigo de morte devido a danos causados ao fígado, ao cérebro ou a outras partes do corpo, ou por acidentes. Para impedir a morte, precisa ser desintoxicado. Tem de parar de beber por suficiente tempo para que seu corpo elimine o álcool e se restaure a certa medida de funcionamento normal. A plena restauração pode levar meses. Mas, certos danos, tais como os causados ao cérebro ou ao fígado, podem ser irreversíveis.
As estatísticas oficiais mostram que milhares de pessoas morreram de cirrose do fígado em anos recentes. Essa doença faz com que o fígado se contraia e endureça, e é definitivamente identificada com o alcoolismo. Diz-se que agora constitui a terceira causa de mortes entre os adultos de meia idade nos EUA. Também, em França, cada terceiro leito nas clínicas psiquiátricas tem um paciente que sofre de alcoolismo.
No entanto, muitos alcoólatras não esperam que a doença ou os acidentes terminem por destruir seus corpos. Cometem suicídio. “Os estudos indicam que a taxa de suicídios entre os alcoólatras é cerca de 50 vezes superior à da população em geral”, observa o Journal de Atlanta, EUA.
Às vezes o alcoolismo começa com os drinques sociais. Talvez seja costume duma comunidade, ou entre aqueles com quem a pessoa se associa. Talvez não queira ser ‘diferente’ e, assim, acompanha a tendência. Com o tempo, isto se torna um hábito.
Há alto consumo de álcool entre os executivos. Isto se dá em especial entre os diretores de vendas e equipes de publicidade, pessoas em trabalhos ‘sob pressão’ que não raro exigem que se distraiam bastante os fregueses. Mais de um quarto de todos os diretores estudados eram beberrões inveterados, segundo se verificou. Consumiam 0,17 litros ou mais de whisky todo dia da semana, inclusive nos fins-de-semana.
Outra razão é a necessidade que muitos sentem de fugir das ansiedades e depressões da vida cotidiana. Sua vida talvez seja vazia e sem esperança para o futuro, de forma que tentam enchê-la de álcool. Mas, as experiências feitas no Hospital Municipal de Boston, EUA, revelaram que, depois de algumas horas de bebericagem, aumentaram a ansiedade e a depressão!
No entanto, é erro concluir que a pessoa precisa ter sérios problemas mentais ou ansiedades antes de se tornar um alcoólatra. Alguns não precisam disso. A pessoa talvez simplesmente verifique que o beber lhe dá uma sensação temporária de bem-estar. Faz com que se ‘sinta bem’. Talvez continue a beber até que se torne um hábito. Assim, a pessoa racional pode tornar-se um alcoólatra se não exercer o domínio de si.
As influências da infância não raro são decisivas. Uma taxa mais alta de alcoolismo pode ser verificada entre os que se criaram em lares em que beber era comum por parte de um ou ambos os genitores. O mesmo se dá no caso de a criança que foi negligenciada pelos seus genitores. Assim, a formação, ou cultura, das pessoas, desempenha parte importante.
Também, há pessoas que simplesmente têm menos tolerância ao álcool. Duas pessoas talvez bebam a mesma quantidade de álcool. Uma talvez fique viciada, a outra não. A constituição hereditária constitui a diferença, segundo se afirma. Todavia, mesmo que isso seja verdade, não é a característica hereditária que faz da pessoa um alcoólatra. É o álcool.
A pessoa talvez tenha predisposição para o câncer pulmonar, e, se fumar cigarros, talvez contraia isso; mas, se não fumasse, não contrairia o câncer. Alguns são alérgicos a certos alimentos; mas, se evitarem tais alimentos, evitarão a doença. Assim também se dá com as bebidas alcoólicas. Não é o corpo que é responsável pela ‘doença’. Ninguém é obrigado a ser alcoólatra por alguma deficiência orgânica. Torna-se tal por beber demais. A possibilidade de que seu corpo não consiga cuidar do álcool simplesmente agrava a situação. Mas, até a pessoa cujo corpo ‘o aceita bem’ pode tornar-se alcoólatra por beber demais.
A raiz do problema está na mente, na atitude da pessoa. Dizer que o alcoólatra ‘não poderia evitá-lo’ é achar uma desculpa conveniente. Por que outros, igualmente tão predispostos à intolerância física ao álcool, ‘conseguem evitá-lo’? Por que alguns podem evitar fumar cigarros? Por que alguns podem abandonar alimentos que lhes causam mal? Pela mesma razão que podem evitar tornar-se alcoólatras — têm a fortaleza mental.
Devido às dificuldades que as bebidas alcoólicas podem ocasionar, alguns têm rotulado todo o beber como ‘mal’. Outros afirmam ou dão a entender que toda bebida forte é condenada por Deus. Mas, este não é um conceito equilibrado. E, simplesmente não é a verdade, pois não é o conceito de Deus.
Lembra-se de ler a respeito do primeiro milagre feito por Jesus Cristo? Foi o de transformar água em vinho. (João 2:1-11) Quão razoável lhe seria fazer vinho e daí proibir as pessoas de bebê-lo? E, se Deus desaprovasse toda bebida, será que nos diria, em sua própria Palavra, que “há de fazer para todos os povos . . . um banquete de pratos bem azeitados, um banquete de vinhos guardados com a borra”? (Isa. 25:6) Daí, então, o apóstolo Paulo aconselhou a Timóteo: “Não bebas mais água, mas usa de um pouco de vinho por causa do teu estômago e dos teus freqüentes casos de doença.” — 1 Tim. 5:23.
Se a pessoa verificar que seu corpo não aceita bem o álcool, então o melhor conselho é evitá-lo por completo. Se achar que não consegue controlá-lo, não deve tomar nem sequer um gole, visto que não raro isso pavimenta o caminho para outros.
Alguns que ingerem vários tragos por dia acham que, visto que não ficam bêbados, isso significa que o assunto está sob controle. Se sugerir a eles que isto talvez constitua o início do alcoolismo, ou que já são leves alcoólatras, usualmente rejeitarão a idéia. Talvez afirmem que alguns tragos por dia não é alcoolismo e que podem parar em qualquer tempo que quiserem.
Se assim for, há uma prova simples que pode ajudar a pessoa a ver a direção em que está indo. Deve verificar se, sem lhe causar perturbação mental e emocional, pode deixar por completo de beber por longo período, pelo menos um mês ou dois. Se não puder, ou se o fizer, mas verificar que simplesmente aguarda ansioso o dia em que voltará a beber, isso é indício definido de que já está enlaçado pelo hábito de beber.
Contudo, alguns, desafiados a abandonar o álcool por certo tempo, afirmam que não precisam fazer tal teste, visto que não são alcoólatras. Mas, isto não raro é uma desculpa para continuarem bebendo porque não podem encarar o fato de que já trilharam muito longe em direção a certo grau de alcoolismo.
Uma coisa é patente: quando a pessoa não deseja, ou acha que não pode passar sem beber por longo período de tempo, isto é sólido indício de que já tem dificuldades com o álcool. Deve encarar honestamente a situação e não continuar a iludir-se. Pois, se continuar, é muito grande a possibilidade de que progredirá em direção à forma mais séria de alcoolismo e verá toda a sua vida deteriorar-se.
O que pode fazer para ajudar outras pessoas que talvez tenham problemas com o beber? Há várias coisas que talvez possa considerar.
Por exemplo, se estiver dando uma reunião ou oferecendo algumas bebidas, apresenta apenas bebidas alcoólicas? Por que não oferecer bebidas sem álcool, também? Isto seria considerado para com aqueles que talvez tomem uma bebida alcoólica por causa do prazer social, mas que realmente prefeririam outra coisa. E, se souber que alguém já tem um problema com o álcool, por que servi-lo quando esta pessoa estiver no grupo?
Em certos casos, quando o marido ou a esposa caiu no alcoolismo, talvez seja devido ao desagrado ou às brigas que existem na relação marital. Talvez, por se mostrar mais consideração e bondade, mais atenção ao que o outro cônjuge deseja ou diga, possa-se conseguir um efeito saudável e inverter a tendência.

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