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sábado, 12 de julho de 2025

A mídia propaga em todo o mundo a idéia de que a violência é normal e compensa


Cabe aos pais e professores minimizar o heroísmo estimulado por filmes e pela TV para não banalizar a morte. Crimes cometidos por menores de 13 anos têm aumentado e muito. São crianças que levam armas para escola, atacam, ferem ou matam colegas e cometem abuso sexual contra os mais novos. Uma cultura como a nossa atual, que estimula a competição e mostra em filmes que se pode matar para conseguir o que se quer, só pode aumentar a confusão mental dessas crianças. Por que não incentivar o uso de brinquedos e jogos educativos ao invés de armas? É fundamental conversar com a criança. Mostrar que o ideal de herói que mata todo mundo é bobo e irreal e que armas não são símbolos de força ou status, mas sim objetos fatais.
No mundo inteiro crianças apontam como seu maior modelo de comportamento os heróis de filmes de ação. Os heróis violentos ficam bem à frente na preferência infantil, vindo antes dos astros internacionais e músicos, líderes religiosos ou políticos. A TV domina a vida das crianças em todo o mundo. Elas dedicam, em média, 50% a mais de seu tempo à TV do que qualquer outra modalidade. A mídia propaga em todo o mundo a idéia de que a violência é normal e compensa. Assim, com a banalização da violência, as crianças passam a ter referenciais distorcidos.
A criança mediana que vê TV com certeza testemunha milhares de assassinatos e milhões de atos de agressão por dia. Evidentemente que a violência televisiva está entre os diversos fatores sociológicos que contribuem para a violência na sociedade, até porque as crianças como foi dito, passam mais horas diante da TV do que na escola, por exemplo.
Assistir a novelas promove vários tipos de comportamento anti-social nas crianças, incluindo falar mal dos outros, tagarelar, espalhar boatos, criar rivalidade e intimidar verbalmente. Existe sim uma ligação significativa entre assistir na TV a tais agressões indiretas e o comportamento anti-social dos adolescentes. As piores novelas mostraram em média 14 cenas em que se falava mal de outros num período de apenas uma hora. Retratar a agressão indireta de modo constante e incessante como se fosse justificada, atraente ou recompensadora dá mau exemplo aos jovens.
Tais seriados são escritos visando atingir o coração e a mente dos telespectadores. Os escritores procuram situações para tocar a vida das pessoas. E ficam desapontados, se suas apresentações não produzirem lágrimas na audiência pelo menos três vezes por semana. Milhões de mulheres e homens de todas as idades, raças e formações raramente perdem a sua novela favorita. Esses incluem operários comuns, bem como profissionais abastados, entre estes juizes, governadores e até presidentes. No Brasil, as telenovelas constituem uma influência dominante não só durante o horário nobre, mas também no horário da tarde.
Para a maioria dos telespectadores os personagens tornam-se reais e eles se preocupam de verdade com eles. Alguns espectadores até mesmo falam com a tela, num esforço de aconselhar seus personagens prediletos! Como disse certo terapeuta, os personagens tornam-se realmente um circulo de amigos. É esse aspecto sedutor um perigo sutil. Tais programas há muito vêm corrompendo a família. O que têm mostrado as pesquisas e as experiências? Que a novela é o mais poderoso entretenimento quer da televisão quer de outras fontes.
Outra coisa são os jogos de computador. Cada vez mais recheados de violência atraindo legiões de adeptos que se deleitam com sangue e partes do corpo espalhados pela tela do computador. Se depender dos usuários quanto mais sangue melhor. Podemos encontrar jogos em que é muito comum uma matança indiscriminada, batalhando contra dezenas de participantes pela Internet em duelos chamados de jogos de morte. O mais interessante é que os pais assistem a tudo isso e nada fazem, e em muitos casos, também jogam junto com os próprios filhos.
Tem-se notado que os filhos de bons leitores seguem o exemplo dos pais. Visto que as crianças têm grande capacidade de aprendizagem, é bom estimular o interesse delas pela leitura mesmo antes de conseguirem identificar as vogais. Por exemplo, podem-se ler histórias para elas a fim de ajudá-las a desenvolver a imaginação. Sentem-se juntos.. . Deixem-nos virar as páginas, interromper quando quiserem e fazer perguntas. . . . Peça-lhes que conversem com você sobre os objetos e os personagens que aparecem na história. Responda a todas as perguntas. . . . Relacione o livro à vida dos filhos.
Testes de aptidão feitos por jovens vestibulandos mostram definida queda na habilidade de usar a língua. Esta tendência, segundo se pensa, é principalmente devida à falta de concentração na leitura e comunicação na vida escolar inicial. Um dos principais culpados é a televisão. Para muitas crianças [a televisão] substituiu, em grande parte, a leitura em voz alta, boa dose de atividade física junto com outras crianças e a conversação, a comunicação, implícita em se lidar com outros, e o uso da própria imaginação da criança em criar sua própria diversão. Invariavelmente, as crianças que apreciam a leitura e usam bem a linguagem são aquelas que, desde sua infância inicial, ouviram seus pais lerem, e onde não se permitiu que a televisão substituísse a leitura e a comunicação.
O leitor não acha que já está passando da hora de dar um basta a esta situação? O leitor não acha que já está passando da hora para uma reflexão séria sobre esses filmes, a TV, esses jogos de computador? O leitor não acha que já está passando da hora?

sábado, 5 de julho de 2025

Eleições / Cadê o respeito, a moral, a ética e a seriedade?

Impressionante o grau de desinformação e despreparo do eleitor. Incapaz de focar a sua escolha baseado, por exemplo, na Lei da Ficha Limpa: vários candidatos (embora não tenham esgotados todos os recursos) já condenados em primeira instância lideram as pesquisas de intenção de votos, isso de deputado estadual até presidente da república.

A imprensa tem noticiado exaustivamente quem são aqueles que deveriam ser repudiados pelo eleitor por uma série de crimes: contra o patrimônio, desvio de verbas, compra de votos, nepotismo, abuso de poder político e econômico, homicídio e digo mais: temos nessa eleição candidatos cujos antecedentes colocariam qualquer um de nós (pobres mortais) na cadeia por um longo tempo.
A conclusão que eu chego é que as pessoas perderam definitivamente o respeito pelo que é sério, moral, ético, tudo em detrimento do vale tudo para se alcançar e se perpetuar no poder. Vale mentir, chantagear, corromper, ser corrompido... Vale também fazer as mais inusitadas alianças: com o trafico de drogas, com a milícia e por que não com candidatos de partidos ditos de oposição? O negócio é chegar lá!
Outro absurdo são esses que se apresentam como líderes religiosos (me refiro a todas as denominações religiosas), sem um pingo de rubor ignoram suas doutrinas, seus ritos, suas convenções, contrariando princípios que antes eram cultuados com fé, temor e amor. Tudo isso ficou pra trás. O paraíso agora é ser político, o céu agora é poder legislar em causa própria e enriquecer mais, mais e mais.
A conclusão que eu chego é que as pessoas estão (propositalmente) confundindo liberdade com libertinagem, democracia com bagunça.
O que contribui bastante para essa confusão – diga-se de passagem, altamente útil a esse sistema político – é o executivo fazendo o papel do legislativo passando por cima das leis dando um péssimo exemplo de cidadania. Os maiores protagonistas no descumprimento das leis são os próprios políticos – num primeiro plano o executivo e depois o próprio legislativo. Em outras palavras: aqueles que foram eleitos pelo povo, pelo voto e são pagos para elaborar as leis, são os primeiros a não cumpri-las.
Reparem que o noticiário político não tem quase nada de política parece mais um noticiário policial e mesmo assim os eleitores (baseado nas pesquisas) têm manifestado suas intenções de votos justamente nesses criminosos.
É público e notório que a sociedade está mudando, só que infelizmente, ao negligenciar valores que antes serviam de alicerce para a mais importante célula dessa mesma sociedade que é a família, a tendência é um mergulho profundo no mais absoluto caos, um caminho sem volta.
O mais preocupante é que é do seio dessa família em constante mutação, dessa sociedade que vem se transformando a cada dia, dessas comunidades largadas ao Deus dará, das cidades que crescem desordenadamente e de países que procuram de todas as formas se firmarem nesse mundo cada vez mais globalizado – é justamente aí que são forjados os homens que ocuparão mais tarde um cargo ou no executivo ou no legislativo seja municipal, estadual ou federal.
A família não está sendo regida pela batuta do bom senso, da educação, da capacitação profissional, respeito ao meio ambiente às crianças aos idosos e principalmente pelo amor ao próximo.
A família está sendo minada nas bases com [certos] conceitos de modernidade que promovem de forma danosa uma inversão de valores tentando mostrar que tudo que é comum (hoje em dia) é normal.
Nem tudo que é comum é normal – já conversamos sobre isso.
A corrupção pode ser comum hoje em dia, mas não é normal; esses desvios de conduta moral são comuns hoje em dia, mas não é uma coisa normal.

Resumo: ainda dá tempo, faltam poucas horas para as eleições. Se a política é uma extensão da sociedade e se essa sociedade é a favor desse sistema corrupto, antidemocrático e desumano, então que escolha qualquer um desses que estão aí brigando para saber através do voto qual deles será o mais útil para servir a esse sistema que é (evidentemente) contra o povo, contra a família.
Outra coisa: se é uma democracia, por que o voto é obrigatório?
Estamos numa democracia? Por que o voto só serve para quem é eleito enquanto que para o eleitor vem tudo na base do conta-gotas, assistencialismo barato e da esmola?
Ainda dá tempo, faltam poucas horas para as eleições, pense nisso!

sábado, 28 de junho de 2025

Conjunto habitacional para famílias de baixa renda – lugar que até o diabo faz questão de esquecer / Huayrãn Ribeiro

Se alguém chegar pra você e disser que mora num desses conjuntos habitacionais para famílias de baixa renda, acredite, ele está dizendo que mora numa espécie de subsolo do inferno, lugar que até o diabo faz questão de esquecer.
Esses conjuntos habitacionais para famílias de baixa renda são projetados pelos piores profissionais do ramo ou a coisa é feita de propósito para dificultar a vida de seus moradores – Os apartamentos ou casas são horrorosos, desconfortáveis, normalmente as paredes são geminadas expondo a todos a uma total falta de privacidade e o material usado nessas construções, com certeza, não é material de primeira e no verão o calor é insuportável.
Esses conjuntos habitacionais para famílias de baixa renda não são acompanhados de um projeto de manutenção e são entregues (aparentemente) com toda infra-estrutura só que com um prazo de validade bem limitado, explico: justamente pela falta de um projeto de manutenção em pouco tempo suas ruas vão ficando escuras e esburacadas, os conjuntos que são cortados por rios, por exemplo, rapidamente tem suas margens ocupadas por construções irregulares isso sem falar que são afetados (os rios) pela poluição (esgoto, lixo, etc.) e a parte mais dolorosa para as famílias é o abastecimento de água que sempre deixa a desejar.
Para quem olha de longe, esses conjuntos habitacionais para famílias de baixa renda são uma beleza: tudo padronizado, saneamento básico, “água”, energia elétrica, transporte, comércio, escolas, segurança, área de lazer, só que tudo funciona de maneira superficial. Tudo funciona de maneira muito precária e isso tudo com a conivência do poder público - preciso dizer mais alguma coisa?
Perfil dos moradores

Tem gente de tudo que é lugar com as mais diferentes formações e informações desse país e até de fora do Brasil. São pessoas pobres sem muita cultura, a maioria é ordeira, trabalhadora, honesta. Essas pessoas são [principalmente] dolorosamente cientes de onde estão.
Muitos estão tendo pela primeira vez a oportunidade de morar numa casa (ou apartamento) de alvenaria ou de morar pela primeira vez no asfalto (não morar no alto de um morro). No fundo essas pessoas só querem ser felizes, muitos encontraram nesses conjuntos habitacionais para famílias de baixa renda a sua felicidade, enquanto outros encontraram nesses mesmos conjuntos o seu inferno.
Comércio, profissionais e serviços
Quem procura se estabilizar nesses conjuntos habitacionais normalmente são comerciantes que visam única e exclusivamente o lucro fácil e recorrem a expedientes bem fora do padrão. É muito comum encontramos nesses conjuntos habitacionais comerciantes que trabalham na clandestinidade, suas lojas não tem alvará, não assinam as carteiras de seus funcionários, não emitem nota fiscal, suas mercadorias não têm procedência comprovada, muitos são proprietários, mas nada consta em seus nomes, usam os chamados laranjas.
Você deve estar curioso: mas, e a fiscalização?
Não funciona, porque é corrupta, fazem vista grossa em troca de propina.
Detalhe: em termos de aparência, as lojas comerciais desses conjuntos habitacionais ganhariam de longe o troféu BIROSCA DE OURO. São muito feias, aliás, quem dá a esses conjuntos habitacionais um caráter de favela é exatamente o comércio com as suas barracas de alvenaria – não podem ser chamadas de lojas comerciais. Como diria aquele garotinho do futebol: “é de mais para o meu visual”!
Um dos ramos mais problemáticos nesses conjuntos habitacionais são os relacionados à saúde. Consultórios dentários, consultórios médicos vira e mexe são denunciados por uma série de irregularidades: abortos clandestinos, falsos médicos, no caso das farmácias uma coisa muito séria é a livre comercialização de medicamentos que normalmente só poderiam ser vendidos com receita médica... Falo dos medicamentos com tarja vermelha, preta, etc. 
Não poderia deixar e citar (claro) a pirataria que rola a vontade e isso tudo com a conivência do poder público - preciso dizer mais alguma coisa?
Quantos aos profissionais e serviços a coisa não difere. É muito difícil você encontrar nesses conjuntos habitacionais profissionais sérios, conscientes das obrigações de seus ofícios. A falta de qualificação profissional prejudica bastante o avanço dessas comunidades. São muitos os curiosos que se metem a mecânico de automóvel, técnico de refrigeração, técnico em eletrônica, informática, eletricista, pedreiro, enfim, nesses conjuntos habitacionais até você encontrar o profissional certo vai ter que suar um bocado.
Lazer
Falar de lazer nesses conjuntos habitacionais é piada. O máximo que você encontra é uma pracinha, com uns brinquedinhos, uma quadra de futebol e mais nada.
Esses conjuntos habitacionais carecem e muito de áreas de lazer. É assustador o número de crianças nesses conjuntos que nunca foram, por exemplo, ao teatro, cinema, museu, muitas nunca foram sequer a praia.
Não estou querendo dizer que deveriam projetar esses conjuntos habitacionais para famílias de baixa renda com uma praia ou coisa parecida, mas alguns equipamentos culturais deveriam ser obrigatórios nesses projetos, além de quadras polivalentes e campo de futebol, teatro, cinema e uma área verde para que fosse cultivado desde a tenra infância o gosto pela preservação ambiental.
Transporte
Umas das partes mais sofridas para as pessoas que moram nesses conjuntos habitacionais para famílias de baixa renda é o transporte. Passagem cara, o pior tratamento possível dispensado pelas empresas de ônibus que não poupam principalmente estudantes e idosos, e isso tudo com a conivência do poder público - preciso dizer mais alguma coisa?
Religião, serviços sociais
Esses conjuntos habitacionais para famílias de baixa renda são uma espécie de paraíso para os oportunistas de todos os credos. O que você mais encontra nesses conjuntos habitacionais para famílias de baixa renda são igrejas, a maioria evangélica, cada uma com o nome mais estranho que a outra e cada qual com a sua doutrina, com a sua bíblia e com o seu deus, é o segmento mais dividido. Encontramos também igrejas católicas, centros espíritas e um monte de seitas. Em meio a essa salada temos também uma penca de ONGs, fundações, associações, centros culturais, centros sociais e seus projetos de fachada que só servem para beneficiar uma meia dúzia de picaretas travestidos de lideranças comunitárias e isso tudo com a conivência do poder público - preciso dizer mais alguma coisa?
Segurança, Drogas, prostituição, violência
É muito comum você encontrar nesses conjuntos habitacionais para famílias de baixa renda a presença do Estado. Normalmente faz parte do projeto a implantação de um DPO ou dentro do conjunto ou nas proximidades o que não impede (muito pelo contrário) a ação de traficantes, milicianos, prostituição de menores e [claro] muita violência, sem falar nos furtos e assaltos a mão armada.
Na verdade só quem se sente seguro para cometer seus delitos nesses conjuntos habitacionais para famílias de baixa renda são os vagabundos e isso tudo com a conivência do poder público - preciso dizer mais alguma coisa?

Resumo: Se alguém chegar pra você e disser que mora num desses conjuntos habitacionais para famílias de baixa renda, acredite, ele está dizendo que mora numa espécie de subsolo do inferno, lugar que até o diabo faz questão de esquecer. Preciso dizer mais alguma coisa?

sábado, 21 de junho de 2025

Cidadão, você não foi derrotado / Huayrãn Ribeiro

A desinformação foi a responsável pela deseducação que levou à indisciplina, à desorganização, à desdoutrinação, à desconstrução de uma sociedade inteira.
Não estou falando da derrota de um simples cidadão e sim de uma sociedade inteira.
Cidadão, você não foi derrotado.
A desinformação foi a responsável pelo extermínio da ética, da moral, da seriedade e da honestidade de uma sociedade inteira.
Não estou falando da derrota de um simples cidadão e sim de uma sociedade inteira.
A desinformação foi a responsável pelo não cumprimento das leis, que levou à corrupção, que levou à violência, que levou à morte, que levou à impunidade e que elevou uma sociedade inteira à categoria de criminosos.
Formamos uma sociedade de criminosos.
Cidadão, você não foi derrotado.
Fomos derrotados pelas nossas próprias ambições, pelas nossas mesquinharias, pelo prazer de provocar (direta ou indiretamente) a infelicidade dos outros, fomos derrotados pela nossa própria crueldade, pelos nossos preconceitos e discriminações, pelas nossas crenças em tantos deuses e doutrinas e pelas nossas devoções e fé cega em tantas ideologias.
Fomos derrotados pelas nossas próprias orações, nossas evocações, nossas depressões, fomos derrotados pelos nossos próprios fantasmas e pelos nossos próprios demônios.
Fomos derrotados por nossas próprias mentes pequenas.
Fomos derrotados pela nossa própria promiscuidade, pela nossa imoralidade legalizada e por nossas perversões institucionalizadas.
Cidadão, você não foi derrotado.
Fomos derrotados pelo ar que nunca aprendemos a respirar...
Fomos derrotados pela comida que nunca aprendemos a mastigar...
Fomos derrotados pela água que nunca aprendemos a beber...
Fomos derrotados pelas crianças que nunca aprendemos a criar...
Fomos derrotados pelos idosos que nunca aprendemos a respeitar...
Fomos derrotados, homens e mulheres, porque nunca aprendemos o significado da palavra amor.
Cidadão, você não foi derrotado.
Não estou falando da derrota de um simples cidadão, e sim de uma sociedade inteira.

sábado, 14 de junho de 2025

Omissão e falta de iniciativas

Temos na comunidade uma série de pessoas que sabem muito bem da precariedade e, principalmente, da falta de incentivo a educação no bairro, mas infelizmente se calam e nada fazem.

A carência de projetos de educação na comunidade é muito grande, esses projetos poderiam pegar dos mais jovens até aos mais velhos. Muitas pessoas de certa idade ainda não sabem ler ou escrever e não temos no bairro projetos e também essas pessoas não tem o incentivo necessário para começar a se interessar a aprender a ler e escrever.

Outra carência de fundamental importância seria a criação de uma Biblioteca Comunitária, venho falando nisso há muito tempo, mas até agora nenhuma providência foi tomada.

Conheço muitas pessoas que se tivessem o mínimo necessário, hoje já estariam com suas vidas bem diferentes; já teriam escritos seus versos, suas histórias, suas músicas ou simplesmente não precisariam mais passar vergonha tendo que depender de terceiros para entender um simples cartaz na parede ou até mesmo ler o que está escrito numa faixa pendurada no poste. Essas pessoas não podem ler um jornal, uma revista, um bilhete, ou até mesmo um E-mail.

Mas, eu pergunto: cadê aqueles que se apresentam como agentes comunitários? Por onde andam aqueles salvadores comunitários? Cadê os seus projetos, cadê a sua preocupação com a educação comunitária?

Gente, o que não falta é lugar para que esses projetos sejam desenvolvidos. A população sofre mais por causa da omissão e da falta de iniciativa daqueles que resolveram abandonar as causas comunitárias e correr atrás de uma boquinha e de um salário (pequeno) por mês, as tais lideranças comunitárias resolveram abandonar a luta para se aliar aqueles a quem vinham criticando, aqueles a quem vinham combatendo, as lideranças comunitárias resolveram se aliar aos opressores de nossas comunidades.

Campinarte Dicas e Fatos: Omissão e falta de iniciativas

sábado, 7 de junho de 2025

Pedidos de registro profissional podem ser feitos pela internet

Carolina Sarres

Repórter da Agência Brasil


Brasília – As solicitações de registro profissional expedidas pelo Ministério do Trabalho e Emprego poderão ser feitas pela internet a partir de hoje (29). O novo sistema está disponível para os seguintes estados: Acre, Alagoas, Amazônia, Amapá, Ceará, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Pará, Paraíba, Piauí, Rio Grande do Norte, Rondônia, Roraima, Santa Catarina, Sergipe, Tocantins e o Distrito Federal.
Até então, os trabalhadores das 14 categorias que dependem de registro para exercer a profissão tinham de solicitá-lo nas superintendências do Trabalho, com a documentação exigida. Para retirar o registro, a superintendência estabelecia um prazo, sem que o profissional pudesse acompanhar o processo. Pela internet, por meio de protocolo, é possível rastrear a tramitação do pedido.
Nos estados ainda não contemplados pelo novo sistema, o método de registro anterior é o que está em vigor. A Bahia, Minas Gerais, o Paraná, Pernambuco, São Paulo, o Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul serão os próximos estados incluídos no sistema. De acordo com o ministério, o objetivo é levar a informatização a todos os estados, mas ainda não há prazo para a implementação.
Por meio do Sistema Informatizado de Registro Profissional (Sirpweb), o trabalhador tem de informar, pela internet, dados pessoais e relativos ao registro pretendido. Em seguida, será gerado um número de solicitação, discriminando a documentação que deverá ser protocolada na superintendência do Trabalho mais próxima do requerente. A partir de então, todo o processo poderá ser acompanhado pela internet.
O registro profissional é um cadastro obrigatório a todos os trabalhadores que exercem atividades regulamentadas por legislação própria, entre eles publicitários, jornalistas, artistas, radialistas, secretários e sociólogos.
Edição: Graça Adjuto
Todo o conteúdo deste site está publicado sob a Licença Creative Commons Atribuição 3.0 Brasil. Para reproduzir as matérias é necessário apenas dar crédito à Agência Brasil

sábado, 31 de maio de 2025

As moedas mágicas do Rei / Huayrãn Ribeiro

Era uma vez um lugar muito distante. Um lugar que fica muito, mas muito longe mesmo.
Nesse lugar (que faz lembrar um samba enredo de Carnavais do passado), tudo era fantasia, tudo era ilusão, quanta alegria que fascinação. Tudo parecia real, tudo. Tudo parecia felicidade, tudo.
O rei desse lugar era ao mesmo tempo um grande mago que ao invés de uma varinha de condão, para realizar os seus truques ele se utilizava de outro instrumento tão poderoso ou mais, as suas moedas mágicas.
Esse grande rei conseguia tudo o que ele queria com as suas moedas mágicas. Se, por exemplo, o povo começasse a reclamar que estava com fome o rei pegava uma de suas moedas mágicas e logo, logo, todas as emissoras de televisão, jornais, revistas publicavam que o povo estava comendo mais e melhor e o povo enfeitiçado por essa magia mesmo desnutrido, fraco, debilitado parava de reclamar e antes de morrer de fome aclamava: Viva o Rei! Viva o Rei!
O mesmo acontecia na saúde. Bastava o povo começar a reclamar das filas nos hospitais, da falta de médicos e do alto índice de pacientes infectados por isso ou aquilo o rei mais que depressa pegava uma de suas moedas mágicas e os institutos de pesquisas de lá e (como sempre) toda a grande mídia apresentava dados favoráveis a política de saúde do rei e o povo enfeitiçado por essa magia mesmo desnutrido, fraco, infectado, doente, debilitado parava de reclamar e antes de morrer pelos corredores desses mesmos hospitais aclamava: Viva o Rei! Viva o Rei!
Nesse lugar muito distante. Um lugar que fica muito, mas muito longe mesmo. Nesse lugar (que faz lembrar um samba enredo de Carnavais do passado), tudo era fantasia, tudo era ilusão, quanta alegria que fascinação. Tudo parecia real, tudo. Tudo parecia felicidade, tudo.
O rei que também era um grande mago, graças as suas moedas mágicas não teve grandes dificuldades para seduzir e enfeitiçar uma boa parte do segmento religioso que movidos por uma ambição desvairada tornara-se cúmplice desse tirano que em troca exigia apenas que (esses líderes) mantivessem suas ovelhas sob total controle.
E essas ovelhas submissas a esses líderes enfeitiçados pelo grande monarca e suas moedas mágicas mesmo desnutridas, fracas, infectadas, doentes, debilitadas, desinformadas, deseducadas por uma doutrina às avessas que pregava a acomodação e o conformismo conscientemente aclamavam: Viva o Rei! Viva o Rei!
Esse grande monarca conseguiu maravilhas graças as suas moedas mágicas. Agiu da mesma forma na educação, na segurança, transportes, etc.
O seu reino aos olhos do mundo era realmente o país das maravilhas.
Esse país não tinha dívida externa e nem tinha dívida interna, graças às moedas mágicas. Viva o Rei! Viva o Rei!
O povo desse reino encantado acreditava (mesmo) que o seu rei bondoso e generoso emprestava dinheiro ao FMI para ajudar a outras nações que necessitassem de ajuda, graças às moedas mágicas. Viva o Rei! Viva o Rei!
Esse país era soberano e seu território não era entregue a especulação do empresariado, graças às moedas mágicas: Viva o Rei! Viva o Rei!
Esse país não era explorado por Organizações interessadas em internacionalizar suas florestas e sua biodiversidade, graças às moedas mágicas: Viva o Rei! Viva o Rei!
Nesse país maravilhoso todas as estradas (de norte a sul) mais pareciam um tapete, graças às moedas mágicas: Viva o Rei! Viva o Rei!
Tudo parecia real, tudo. Tudo parecia felicidade, tudo.
Era uma vez um lugar muito distante. Um lugar que fica muito, mas muito longe mesmo.
Nesse lugar (que faz lembrar um samba enredo de Carnavais do passado), tudo era fantasia, tudo era ilusão, quanta alegria que fascinação...
Graças a um Rei e suas moedas mágicas – Viva o Rei!

sábado, 24 de maio de 2025

Tem gente e gente

Dizem que gente é a melhor coisa do mundo. Dizem também que gente é a pior coisa do mundo. Com certeza gente é a melhor e ao mesmo tempo é a pior coisa do mundo.
Certa vez alguém perguntou a um grande pensador qual era o objetivo da vida. Esse tal pensador respondeu que o objetivo da vida era viver e viver era saber administrar as nossas relações.
Penso que seja isso que faz do trabalho em comunidades ditas "carentes" uma experiência impagável para quem esteja seriamente envolvido como é o caso do nosso informativo.
Se por um acaso deixarmos de lado a nossa imparcialidade o nosso trabalho vai por água abaixo. Se por um momento, por menor que seja, deixarmos de olhar o que se passa em nossa volta com os olhos do observador, sem a crítica, sem a condenação e sem a queixa, o nosso trabalho vai por água abaixo.
O que incomoda no trabalho comunitário é que todo aquele que realmente se dedica a essa atividade tem que abrir mão da fama, do poder e do dinheiro. O verdadeiro trabalho comunitário não permite a participação, vínculo ou estar atrelado a qualquer coisa que se interponha entre a comunidade e o avanço e o desenvolvimento da mesma. O verdadeiro trabalho comunitário consiste basicamente em juntar os cacos, os fragmentos que são provocados por facções, a grande mídia, partidos políticos, religiões, entidades de todo tipo que vivem para fatiar e dividir as comunidades se aproveitando da esperança de pessoas despreparadas que no final só servem para ser usadas como mão-de-obra barata em projetos de fachada que definitivamente não levam a lugar nenhum.
O Campinarte publica fatos e contra fatos não há argumentos. Estamos trabalhando para que o nosso informativo seja igualzinho aos bons. Trabalhamos com seriedade, honestidade e conhecimento de causa. É por isso que tem gente que se incomoda com o Campinarte e ao mesmo tempo tem gente que se encanta com o Campinarte.

sábado, 17 de maio de 2025

Eles estão entre nós

A falta de memória em algumas pessoas chega a ser um absurdo – plantaram pessimismo, desamor, trabalharam incansavelmente pela deseducação, além é claro, de retribuírem com ingratidão a todos que lhes estenderam as mãos.
Estão sofrendo porque estão colhendo os frutos amargos de sementeiras errôneas do passado.
Cada um colhe exatamente aquilo que plantou.
Pessoas assim vivem desassociadas da alegria e da felicidade.
Se essas pessoas não tivessem uma memória tão fraca se lembrariam de que colheremos, infalivelmente, aquilo que houvermos semeado.
Pessoas assim não podem superar dificuldades porque seus corações estão cheios de ciúme, inveja, mágoa e o resultado é sempre uma demonstração de incompetência em tudo que fazem; o resultado é sempre uma demonstração de despreparo em tudo que fazem; o resultado é sempre uma demonstração de falta de seriedade em tudo que fazem; o resultado é sempre uma demonstração de desonestidade em tudo que fazem.
Preste bem atenção - eles estão entre nós!

sábado, 10 de maio de 2025

As crianças e o hábito de leitura

Tem-se notado que os filhos de bons leitores seguem o exemplo dos pais. Visto que as crianças têm grande capacidade de aprendizagem, é bom estimular o interesse delas pela leitura mesmo antes de conseguirem identificar as vogais. Por exemplo, podem-se ler histórias para elas a fim de ajudá-las a desenvolver a imaginação. Sentem-se juntos.. . Deixem-nos virar as páginas, interromper quando quiserem e fazer perguntas. . . . Peça-lhes que conversem com você sobre os objetos e os personagens que aparecem na história. Responda a todas as perguntas. . . . Relacione o livro à vida dos filhos.
Testes de aptidão feitos por jovens vestibulandos mostram definida queda na habilidade de usar a língua. Esta tendência, segundo se pensa, é principalmente devida à falta de concentração na leitura e comunicação na vida escolar inicial. Um dos principais culpados é a televisão. Para muitas crianças [a televisão] substituiu, em grande parte, a leitura em voz alta, boa dose de atividade física junto com outras crianças e a conversação, a comunicação, implícita em se lidar com outros, e o uso da própria imaginação da criança em criar sua própria diversão. Invariavelmente, as crianças que apreciam a leitura e usam bem a linguagem são aquelas que, desde sua infância inicial, ouviram seus pais lerem, e onde não se permitiu que a televisão substituísse a leitura e a comunicação.