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segunda-feira, 7 de agosto de 2017

História do Convento do Carmo - Diário do Rio de Janeiro

Vista do Largo do Carmo em 1818 por Franz Josef Frühbeck

Uma cidade colonizada por católicos europeus tende a ser composta por antigos prédios religiosos. O Rio de Janeiro não é diferente. Não mesmo. E muitas vezes as histórias se misturam, como acontece nas memórias referentes ao Convento do Carmo.
Tudo começou com Frei Pedro Viana, em 1589. Depois de fundar o Convento do Carmo de Santos, ele veio com outros carmelitas para o Rio de Janeiro. Então, eles receberam da Câmara a Capela de Nossa Senhora do Ó, localizada perto da antiga Praia da Cidade, que converteram em Capela da Ordem do Carmo.
Já no século seguinte, em 1611, a turma dos carmelitas recebeu o terreno no qual começaram a construir o convento oito anos mais tarde. Com o tempo, algumas reformas se fizeram necessárias, mas a ideia de uma arquitetura simples e firme se manteve desde o início.
Com a chegada da corte portuguesa, no ano de 1808, as coisas começaram a mudar um pouco. Foi a partir desse período que o prédio perdeu a total vocação para religiosidade e passou a abrigar o poder político do país e outras instituições.
Nessa época, o Convento do Carmo foi confiscado e por lá foi alojada a Rainha Maria I de Portugal, a “Louca”, como era conhecida, viveu no local os últimos oito anos de vida.
Convento do Carmo na 7 de Setembro
No Convento do Carmo também se instalou o Real Gabinete de Física e o depósito do Palácio. Em 1810, a Real Biblioteca foi montada no terreno do Convento, num edifício pertencente à Ordem Terceira do Carmo. Daí começou a ser gerada a da Biblioteca Nacional do Brasil.
O conhecimento continuou presente no prédio do Convento do Carmo. Nas décadas seguintes, entre 1840 e 1896, a histórica construção abrigou o Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro.
Já no ano 1906, a fachada do convento foi redecorada em estilo eclético. Essas mudanças foram retiradas 54 anos mais tarde, em 1960, quando o edifício foi restaurado e tombado pelo IPHAN.
“Por muito tempo, o Convento do Carmo foi um dos maiores edifícios da cidade colonial. A história desse lugar é muito importante, diz muito sobre regiões que sofreram colonização ou influência de países guiados por, entre outras coisas, religiões” opina Camilla Braga, arquiteta e pesquisadora.
Felipe Lucena é jornalista, roteirista e escritor. Filho de nordestinos, nasceu e foi criado na Zona Oeste do Rio de Janeiro. Apesar da distância, sempre foi (e pretende continuar sendo) um assíduo frequentador das mais diversas regiões da Cidade Maravilhosa. 

História do Convento do Carmo - Diário do Rio de Janeiro

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