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segunda-feira, 7 de agosto de 2017

História da Igreja de Nossa Senhora da Penha - Diário do Rio de Janeiro

Morro da Penha por Márcio Vinícius Pinheiro
Um dos locais mais marcantes do Rio de Janeiro tem uma história de fé, devoção e trabalho. A Igreja de Nossa Senhora da Penha soma séculos de vida e muitas lembranças escada acima.
Historiadores católicos apontam que por volta de 1635, um homem conhecido como Capitão Baltazar de Abreu Cardoso subiu para a região onde hoje fica a Igreja para ver suas plantações e por lá foi atacado por uma grande cobra. Ele ficou ferido demais para reagir e como era devoto de Nossa Senhora, pediu para ser salvo e acabou sendo: um lagarto foi para cima da serpente e Baltazar pôde fugir.
Biblioteca Nacional - Albernaz - Atlas do Brasil - 1666
Recuperado do ataque e acreditando que a presença do lagarto foi uma espécie de providência divina, Baltazar decidiu erguer uma capela para Nossa Senhora. Como a construção ficava em cima do grande morro conhecido como “Penhasco”, as pessoas passaram a chamar o local de “Igreja de nossa Senhora do alto do Penhasco”. Com o tempo, o “Penhasco” virou “Penha” e o nome da santa é o que segue até hoje em dia.
A Igreja de Nossa Senhora da Penha, do Rio de Janeiro, é considerada a segunda capela para essa santa. A primeira foi erguida em Vila Velha, no Espírito Santo, por volta de 1558 e 1570” frisa o historiador Maurício dos Santos.
Igreja da Penha, 1960
Nos anos que seguiram, capitão Baltazar doou todas as suas propriedades à Igreja de Nossa Senhora da Penha. Contudo, era um bom valor a ser administrado e para isso foi criada a Irmandade de Nossa Senhora da Penha. Em 1728, essa Irmandade, pensando em ampliar a primeira capela, demoliu o prédio e construiu outro, com uma torre onde foram colocados dois pequenos sinos.

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Mais tarde, no ano de 1870, foi demolida esta capela e construído no seu lugar um novo templo: uma igreja com uma torre e novos sinos. Por volta do ano de 1900 houve uma nova intervenção. O templo foi ampliado, ganhando duas novas torres, nas quais, mais tarde, foi instalado um carrilhão com 25 sinos de origem portuguesa, adquiridos na Exposição Nacional do 1º Centenário da Independência do Brasil. Este Carrilhão foi inaugurado em 27 de setembro de 1925 com a bênção do então Núncio Apostólico no Brasil, Cardeal Dom Henrique Gasparri” informa um comunicado oficial do templo religioso.

Escadaria da Igreja da Nossa Senhora da Penha
Um dos pontos mais falados da Igreja de Nossa Senhora da Penha é a escadaria. Os 382 degraus, talhados na subida que leva ao templo religioso, têm uma história curiosa e de muito trabalho:
No ano de 1817 subia a pedra um piedoso casal quando a esposa, Sra. Maria Barbosa, comentou com o marido que pediria para Nossa Senhora da Penha para interceder por eles para que Deus lhes concedesse um filho, já que estavam casados há alguns anos e não tinham filhos. A Sra. Maria Barbosa confiou, pediu e prometeu que se tivesse um filho mandaria esculpir no duro granito do penhasco uma escadaria para facilitar o acesso dos devotos ao Santuário. No ano seguinte o casal era presenteado com um lindo filho e no ano de 1819 a escadaria estava pronta” destaca o site da igreja.
concha acustica nossa senhora da penha
Ao longo das décadas, algumas reformas foram realizadas para deixar a Igreja ainda melhor para fies e turistas. Recentemente, foram construídos novos banheiros no pátio, uma concha acústica dotada de uma estrutura para eventos culturais, o novo bondinho que dá acesso ao templo religioso foi inaugurado com capacidade para transportar até 500 pessoas por hora.


Felipe Lucena é jornalista, roteirista e escritor. Filho de nordestinos, nasceu e foi criado na Zona Oeste do Rio de Janeiro. Apesar da distância, sempre foi (e pretende continuar sendo) um assíduo frequentador das mais diversas regiões da Cidade Maravilhosa.

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