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sexta-feira, 21 de abril de 2017

Inconfidência Mineira - Conjuração Mineira


Por Igor Gomide dos Santos

Desde o final do séc. XVII, as tensões entre o Brasil colônia e a metrópole Portugal se multiplicaram, pelos interesses cada vez mais conflitantes entre si. Essa crise de interesses, aliada ao desequilíbrio político europeu (as Guerras Napoleônicas, que propiciaram a vinda da família real portuguesa ao Brasil) gerou diversos movimentos que pregavam a separação brasileira da metrópole.

Causas da Conjuração Mineira

Um desses movimentos foi a Inconfidência Mineira, que estourou em 1789.
Já na metade do séc. XVIII, com a dificuldade enfrentada por capitania das Minas Gerais para pagar os tributos (devido à decadência da produção de minérios), o governo português reagiu violentamente, obrigando parte da população a entregar seus bens como pagamento das dívidas – uma medida nem um pouco popular.
Com os ânimos exaltados, e descontentes com a metrópole, que ainda cobrava altos impostos por mercadorias importadas (além da proibição de nativos adquirirem altos cargos administrativos, reservados aos portugueses, entre uma série de imposições que dificultavam o desenvolvimento da sociedade e economia colonial), um grupo de revolucionários (alguns inclusive recém-chegados da Europa) começou a se reunir em Vila Rica, planejando uma conspiração (Revolta de Felipe dos Santos).

Dentre os mais ativos, temos Tomás Antônio Gonzaga, o padre José de Oliveira Rolim, os coronéis Domingos de Abreu e Joaquim Silvério dos Reis, e o alferes Joaquim José da Silva Xavier, mais conhecido como Tiradentes – o único de uma classe social inferior, e que fazia toda a divulgação da conspiração com o povo.
Os rebeldes reivindicavam um governo republicano, com base nos fundamentos da Constituição dos Estados Unidos, a transformação de São João del Rei em capital do país, obrigatoriedade do serviço militar e apoio à industrialização – se abstendo de discutir acerca da escravidão.

Consequências da Inconfidência Mineira

A rebelião, marcada para o início de 1789, começaria com o sequestro do novo governador da região, o visconde de Barbacena, porém, delatados por alguns de seus participantes, não ocorreu, tendo sido quase todos os seus planejadores presos, e desterrados para as colônias portuguesas na África – apenas Tiradentes assumiu a responsabilidade sobre a revolução, sendo condenado à forca, e após sua morte, foi esquartejado, com seus membros espalhados por todas as cidades em que buscara apoio, mas sua cabeça permaneceu exposta em Vila Rica, a fim de intimidar novos conspiradores e evitar novas rebeliões.
Foi só no período republicano, quando se enfatizou uma posição contrária ao regime imperial, e exaltaram-se as lideranças da inconfidência, que Tiradentes foi transformado em herói e mártir da República.

Fontes:
VICENTINO, Cláudio & DORIGO, Gianpaolo História para o Ensino Médio. São Paulo: Scipione, 2004
ARRUDA, José Jobson de A. História moderna e contemporânea. São Paulo: Atlas, 1982
EBPE Enciclopédia Brasileira de Pesquisa Estudantil. São Paulo: Edros, [s.d]

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