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sábado, 14 de março de 2015

Museu de Arte de Niterói faz 20 anos com tombamento como patrimônio histórico

Akemi Nitahara – Repórter da Agência Brasil Edição: Jorge Wamburg
O tombamento provisório do Museu de Arte Contemporânea (MAC) de Niterói, símbolo da cidade, como Patrimônio Histórico e Artístico, deve ser publicado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) ainda este mês. O Museu é uma das 11 obras de Oscar Niemeyer, no Brasil, em análise pelo instituto, e um dos que estão com o processo mais adiantado.
A informação é do presidente da Fundação de Arte de Niterói, André Diniz. De acordo com ele, o processo de tombamento do MAC foi acelerado pelo Iphan dentro da programação dos 20 anos do museu, que serão comemorados em 2016: “O tombamento provisório sai agora em março, segundo o Iphan, o que nos facilita ter uma relação inclusive de investimento, através do Fundo Nacional de Cultura e estamos pensando coisas para serem realizadas no ano que vem. Enfim, essa parceria tem sido muito produtiva”.
Com isso, de acordo com Diniz, o patrimônio já está sob cuidados especiais. “Quando se dá início ao processo, o bem, certamente, já está preservado. Não existem ainda todas as exigências necessárias para o tombamento em si, mas já temos responsabilidades sobre o patrimônio. Então, podemos dizer à sociedade que o MAC já está de certa maneira preservado, ao se acelerar esse processo de tombamento dele, que deve ser concluído até o final do ano”.
Fechado desde o dia 13 de fevereiro, o MAC passa pela primeira vez por uma reforma. Diniz explica que o prédio será modernizado. “Estamos colocando acessibilidade no subsolo, que tem um restaurante, o auditório, os banheiros. Então, estamos enquadrando o MAC também nessas demandas contemporâneas, que não havia no período da sua construção, O que vai fazer com que ele fique um MAC mais confortável para o visitante, mais bonito, mais acolhedor, enfim, brilhando como sempre ele brilhou na nossa cidade”.
O sistema de ar condicionado vai ser modernizado e serão feitas outras melhorias para adaptação a padrões internacionais, como a troca do piso, acessibilidade, iluminação de led, retirada das grades e a construção de uma nova reserva técnica. Segundo Diniz, durante a reforma, os espaços de exposição ficarão fechados, mas o pátio, o Centro de Atendimento ao Turista, a loja e o restaurante permanecem abertos ao público, com programação de atividades culturais, educativas e de lazer. A previsão é que as obras durem pelo menos três meses.
“O MAC está fechado na parte interna, para visitação. Mas a parte externa está aberta para fotos e estamos elaborando uma série de atividades externas, educacionais, que tragam ao turista e ao visitante conhecimento sobre a história da construção do museu. Vamos ter monitores para guiar essas visitas e um telão onde vai passar um vídeo mostrando todos os passos da construção do museu”.
Uma parceria com o governo federal já liberou R$ 760 mil para obras do teto e do elevador de acessibilidade. O custo das outras intervenções ainda não foi calculado. Diniz explica que o tombamento é importante para que todos os governos que venham a assumir tenham a obrigação de preservar o monumento.
De acordo como Iphan, em 2007, por ocasião do centenário Oscar Niemeyer, foram tombadas 24 obras escolhidas pelo próprio arquiteto, sendo 23 em Brasília, incluindo todo o conjunto da Esplanada dos Ministérios e da Praça dos Três Poderes além da Capela Nossa Senhora de Fátima e a Casa das Canoas, no Rio de Janeiro, construída em 1951 para ser residência dele.
O instituto destaca que o processo é muito complexo e envolve praticamente todos os estados do Brasil. “O Departamento do Patrimônio Material e Fiscalização pretende finalizar a instrução processual e encaminhar a discussão para a próxima reunião do Conselho Consultivo, que deverá ocorrer no final do primeiro semestre de 2015”, informa o Iphan.
Também estão em estudo para tombamento o Edifício Copan, o Conjunto Ibirapuera e o Memorial da América Latina e Parlamento em São Paulo; a Passarela do Samba, o Centro Cultural Duque de Caxias, o Monumento IX de Novembro, em Volta Redonda, e o Caminho de Niemeyer, em Niterói, no estado do Rio de Janeiro; o Museu Oscar Niemeyer no Paraná; o Centro Cultural Oscar Niemeyer em Goiás; e a Torre no Parque de Natal, no Rio Grande do Norte.
No Rio de Janeiro, também já é tombados pelo Iphan o Edifício Gustavo Capanema, sede do Ministério da Cultura, marco da arquitetura moderna brasileira e que foi projetado por uma equipe de arquitetos composta por Lúcio Costa, Carlos Leão, Oscar Niemeyer, Affonso Eduardo Reidy, Ernani Vasconcellos e Jorge Machado Moreira, com a consultoria do arquiteto franco-suíço Le Corbusier.

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