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terça-feira, 22 de agosto de 2023

22 de agosto / Dia do Folclore

Folclore Brasileiro

HISTÓRIA

O Folclore é a expressão da cultura, dos costumes e tradições de um povo, expressos de maneira oral, escrita ou cênica.
Todos os povos têm folclore e é através da sua preservação que torna-se possível a perpetuação das diferentes culturas, bem como o conhecimento verdadeiro da história dos diversos povos.
O folclore é contado e recontado pela oralidade popular e representa a sabedoria do povo.
O folclore inclui mitos, lendas, contos populares, brincadeiras, provérbios, adivinhações, orações, maldições, encantamentos, juras, xingamentos, gírias, apelidos de pessoas e de lugares, desafios, saudações, despedidas e trava-línguas.
Também inclui festas, encenações, artesanato, símbolos, receitas de comidas, medicina popular, danças, música instrumental e canções, inclusive as baladas e canções de ninar.
O folclore brasileiro possui a herança cultural dos índios, dos portugueses colonizadores, dos africanos e de outros imigrantes europeus. É, portanto um folclore muito rico, isso sem contar as múltiplas manifestações resultantes da extensão do território brasileiro e das diversidades regionais.
Nosso folclore é riquíssimo, um dos mais ricos do mundo.
Para sua formação, colaboraram principalmente, além do elemento nativo (o índio), o português e o africano.
Estes três povos constituíram, podemos dizer, as raízes de nossa cultura.
Posteriormente, imigrantes de outros países, como Itália e Alemanha, deram sua contribuição ao nosso folclore, tornando-o mais complexo e mais rico.
A tendência dos costumes de povos diferentes é, quando estes se relacionam de modo íntimo, construir expressões híbridas, ou seja, suas culturas se misturam, resultando em novas expressões de manifestação popular.
Como os grupos humanos influenciam uns aos outros, podemos dizer que o folclore não é uma ciência estática, morta. Ao contrário, ele é dinâmico, pois além de pesquisar o passado, tem de estar atento às transformações do presente.
O Brasil, vasto qual um continente, apresenta regiões distintas, onde há diferença de intensidade das influências dos povos formadores.
Por outro lado, cada região possui seu gênero de vida de acordo com o meio ambiente, o que influi, também, no folclore brasileiro.
Os vários desdobramentos do nosso folclore:
Linguagem Popular: gíria, apelidos ou alcunhas, legendas, linguagem especial ou cifrada, metáforas, frases feitas.
Além da palavra há a mímica e os gestos. Assim, nós temos expressões utilizadas em todo o país “tirar o pai da forca”, “está se virando”, compreendidos por todos, e expressões regionais, somente entendidas pelos habitantes da região, como, por exemplo: “gineteando” (RS) e “Fute” dito na região (NE).
Literatura Oral: poesia, história, fábulas, lendas, mitos, romances, parlendas, adivinhas, anedotas, provérbios, orações, pregões e literaturas de cordel, todos transmitidos oralmente;
Lúdicos: são os folguedos populares tradicionais, os jogos, os brinquedos e brincos. Exemplos: Bumba-meu-boi (NE), Caboclinhas (PB e RN), Cavalhadas (RS, AL, PR e SP), Ciranda (PE), Congada (SP, ES, BA, MG, GO, PR, RS), Cordões de Bicho (AM), Fandango, conhecido em todo o Brasil e, ainda Guerreiros, Mamulengo, Maracatu, Moçambique, Pastoril, Quilombo e Reisado.
Música: a música folclórica está presente em quase todas as manifestações populares. A serenata, coreto, cantigas de rixa, bendito, cantigas de cego, cantos de velório e cânticos para as almas são formas de músicas folclóricas.
Crendice: (Superstições) as de caráter ativo se manifestam em regiões, cultos dos santos, seitas, cultos de fetiches; e as de caráter passivo nos presságios, esconjuros, orações, tabus e totemismos. Contam com patuás, relíquias, amuletos, talismãs, bentinhos e santinhos.
Usos e Costumes: ritos de passagens, usanças agrícolas, pastoris, medicina rústica e trajes.
Artes Populares e Técnicas Tradicionais: culinárias, rendas e bordados, cerâmicas e trabalhos artesanais.
O folclore é o conhecimento comum do povo, o saber popular sendo constituído por tradições, lendas, festas populares e costumes transmitidos de geração a geração.
O Folclore é uma tradição, vivenciada entre o passado e o presente.
O termo folklore – folclore, foi usado pela primeira vez por Ambrose Merton, onde os vocábulos da língua inglesa folk e lore (povo e saber) foram unidos, passando a ter um significado de saber tradicional de um povo.
O Folclore, como já sabemod, passou a ser utilizado para se referir às tradições, costumes e superstições das classes populares e posteriormente, para designar toda a cultura nascida das classes populares, dando ao folclore o status de história não escrita de um povo.
Com o desenvolvimento da tecnologia e da ciência, todas tradições folclóricas passaram foram consideradas frutas da ignorância popular, mas no século XIX, com a conscientização de que a cultura popular poderia desaparecer, o folclore se espalhou por toda a Europa e até hoje são difundidas em todo o mundo.
A comemoração do Dia do Folclore é a 22 de agosto, data em que a palavra folclore foi empregada pela primeira vez.

PERSONAGENS

A mulher da meia noite
Boto cor-de-rosa
Curupira
Iara
Mula-sem-cabeça
Saci-Pererê
Boitatá
Lobisomen
Negrinho do Pastoreio

A mulher da meia noite

Diz à lenda que uma mulher jovem não sabia que morreu e anda pelas ruas da cidade. A tal mulher anda sempre com um vestido vermelho ou branco para encantar os homens solitários que bebem em algum bar.
É uma alma penada com corpo jovem e sedutor que se aproxima dos homens solitários que se encontram nos bares da vida e os mesmos se encanta.
A moça rapidamente pede para que o homem a leve de volta para casa e ele enfeitiçado pela beleza da moça aceita prontamente. Ao se depararem com um muro alto ela desce e o convida para entrar com ela.
Quando o homem solitário percebe que se trata de um cemitério, a moça desaparece e o sino da igreja toca avisando que é meia noite.

Boto cor-de-rosa

Acredita-se que nas noites de lua cheia próximas da comemoração da festa junina o boto cor-de-rosa sai do Rio Amazônia e se transforma em metade num homem e continua em condição de boto na outra metade do corpo.
Muito atraente e com um belo porte físico, o boto sai pelas comunidades próximas ao rio e encanta e seduz a moça mais bonita. O belo rapaz usa sempre um chapéu para esconder sua condição de metade homem e metade boto.
O belo rapaz atraente leva as moças até a margem do rio e as engravida. Ao engravidá-las, o belo rapaz atraente volta a ser um boto cor-de-rosa e a moça volta a sua comunidade grávida do boto.
Por esse fato, as pessoas que vivem em comunidades próximas aos rios onde habitam os botos cor-de-rosa o comem acreditando que ficarão enfeitiçadas por ele pelo resto da vida. Acredita-se também que algumas pessoas que comem a carne do boto ficam loucas.

Curupira

O curupira é um ser fantástico, que segunda a crença popular, habita em florestas e o protetor das plantas e dos animais, sendo esta sua função, além de punir quem agride as plantas e animais.
O curupira é descrito como um menino de estatura baixa, cabelos cor de fogo e pés com calcanhares para frente que confundem os caçadores.
Além disso, dizem que o curupira gosta de sentar nas sombras das mangueiras e deliciar com os frutos, mas se ele se sentir que está sendo vigiado ou ameaçado ele logo começa a correr em uma velocidade tão grande que os olhos humanos não consegue acompanhar.
Muitos dizem que existem curupiras que se encantam com algumas crianças e a levam embora para longe dos seus pais por algum tempo, mas são devolvidas depois aos seus pais, mais ou menos quando atingem 7 anos de idade.
Com isso, as crianças "sequestradas" e posteriormente devolvidas, nunca voltam as mesmas para os seus pais, devido o facínio pela floresta onde viveram.
Para proteger os animais, o curupira usa mil artimanhas, procurando sempre iludir e confundir os caçadores, utilizando gritos, assobios e gemidos, fazendo com que o caçador pense que está atrás de um animal e vá atrás do Curupira, mas quando o caçador percebe ele está perdido na floresta.
Ao se aproximar uma tempestade, o Curupira corre toda a floresta e vai batendo nos troncos das árvores. Assim, ele vê se elas estão fortes para agüentar a ventania. Se percebe que alguma árvore poderá ser derrubada pelo vento, ele avisa a bicharada para não chegar perto dela.
O Curupira também pode encantar adultos.
Em muitos casos contados, o Curupira mundia os caçadores que se aventuram a permanecer no mato nas chamadas horas mortas.
O encantado tenta sair da mata, mas não consegue.
Surpreende-se passando sempre pelos mesmos locais e percebe que está na verdade andando em círculos.
Em algum lugar bem próximo, o Curupira está lhe observando: "estou sendo mundiado pelo Curupira", pensa o encantado.
Daí só resta uma alternativa: parar de andar, pegar um pedaço de cipó e fazer dele uma bolinha. Deve-se tecer o cipó muito bem escondendo a ponta, de forma que seja muito difícil desenrolar o novelo.
Depois disso, a pessoa deve jogar a pequena bola bem longe e gritar: "quero ver tu achares a ponta".
A pessoa mundiada deve aguarda um pouco para recomeçar a tentativa de sair da mata.
Diz a lenda que, de tão curioso, o Curupira não resiste ao novelo.
Senta e fica lá entretido tentando desenrolar a bola de cipó para achar a ponta.
Vira a bola de um lado, de outro e acaba se esquecendo da pessoa de quem malinou. Dessa forma, desfaz-se o encanto e a pessoa consegue encontrar o caminho de casa.

Iara

A Iara é uma lenda do folclore brasileiro, ela é uma linda sereia que vive no rio Amazonas, sua pele é morena, possui cabelos longos e negros e olhos castanhos.
A Iara costuma tomar banhos nos rios e cantar uma melodia irresistível, desta forma os homens que a vêem não conseguem resistir aos seus desejos e pulam dentro dos rios.
A Iara tem o poder de cegar quem a admira e levar para o fundo do rio qualquer homem que ela deseja se casar.
Os índios acreditam tanto no poder da Iara que evitam passar perto dos lagos ao entardecer.
Segundo a lenda, a Iara era uma índia guerreira, a melhor da tribo e recebia muitos elogios do seu pai que era pajé.
Os irmãos de Iara com inveja resolveram matá-la a noite enquanto ela dormia, Iara que possuía um ouvido bastante aguçado, os escutou e teve que matá-los.
Com medo da reação do seu pai, Iara fugiu. Seu pai, o pajé da tribo, realizou uma busca implacável e conseguiu encontrá-la, como punição pelas mortes a jogou no encontro do Rio Negro e Solimões, local onde alguns peixes trouxeram ela a superfície e a transformaram em uma linda sereia.

Mula-sem-cabeça

A mula-sem-cabeça é uma lenda do folclore brasileiro e sua origem é desconhecida, mas bastante evidenciada em todo Brasil.
A mula é literalmente uma mula sem cabeça e que solta fogo pelo pescoço, local onde deveria estar sua cabeça, possui em seus cascos, ferraduras que são de prata ou de aço e apresentam coloração marrom ou preta.
Segundo alguns pesquisadores, apesar de ter origem desconhecida, a lenda era uma maneira de se pensar e até mesmo da própria cultura da população que vivia sobre domínio da Igreja Católica.
Segundo a lenda, qualquer mulher que namorasse um padre seria transformada em um monstro, desta forma as mulheres deveriam ver os padres como uma espécie de “santo” e não como homem, já que qualquer pecado que elas cometessem, com o pensamento em um padre, ela acabaria se transformando em uma mula sem cabeça.
Segundo a lenda, o encanto somente pode ser quebrado se alguém tirar o freio de ferro que a mula sem cabeça carrega, assim aparecerá uma mulher arrependida pelos seus “pecados”.

Saci-Pererê

O Saci-Pererê é uma lenda do folclore brasileiro e originou-se entre as tribos indígenas do sul do Brasil.
O saci possui apenas uma perna, usa um gorro vermelho e sempre está com um cachimbo na boca.
Inicialmente, o saci era retratado como um curumim endiabrado, com duas pernas e uma cor morena, além de possuir um rabo típico.
Com a influência da mitologia africana, o saci se transformou em um negrinho que perdeu a perna lutando capoeira, além disso herdou o pito, uma espécie de cachimbo e ganhou da mitologia européia, um gorrinho vermelho.
A principal característica do saci é de um menino travesso, muito brincalhão que se diverte com os animais e com as pessoas, causando algumas dificuldades, como: fazer o feijão queimar, esconder objetos, jogar os dedais das costureiras em buracos e etc.
Segundo a lenda do saci, ele pode ser capturado jogando uma peneira sobre os redemoinhos de vento, já que segundo a lenda o saci está nestes redemoinhos.
Após a captura, deve-se retirar o capuz da criatura para garantir sua obediência e este deve ser preso em uma garrafa.
Diz também a lenda, que os saci nascem em brotos de bambús, nestes vivem 7 anos e após isso vivem mais setenta e sete anos para atentar a vida dos humanos e animais, após isso morrem e viram um cogumelo venenoso ou uma orelha de pau.

Boitatá

É um monstro com olhos de fogo, enormes. De dia é quase cego, à noite vê tudo.
Diz a lenda que o Boitatá era uma espécie de cobra e foi o único sobrevivente de um grande dilúvio que cobriu a Terra.
Para escapar, ele entrou num buraco e lá ficou no escuro, assim, seus olhos cresceram.
Desde então anda pelos campos em busca de restos de animais.
Algumas vezes, assume a forma de uma cobra com os olhos flamejantes do tamanho de sua cabeça e persegue os viajantes noturnos.
Às vezes ele é visto como um facho cintilante de fogo correndo de um lado para outro da mata.
No Nordeste do Brasil é chamado de "Cumadre Fulôzinha".
Para os índios ele é "Mbaê-Tata", ou Coisa de Fogo, e mora no fundo dos rios.
Dizem ainda que ele é o espírito de gente ruim ou almas penadas, e por onde passa, vai tocando fogo nos campos.
Outros dizem que ele protege as matas contra incêndios.
A ciência diz que existe um fenômeno chamado Fogo-fátuo, que são os gases inflamáveis que emanam dos pântanos, sepulturas e carcaças de grandes animais mortos, e que vistos de longe parecem grandes tochas em movimento.

Lobisomen

Diz a lenda que quando uma mulher tem sete filhas e o oitavo filho é homem, esse menino será um Lobisomem.
Também o será o filho de mulher amancebada com um padre.
Sempre pálido, magro e orelhas compridas, o menino nasce normal.
Porém, logo que ele completa treze anos, a maldição começa.
Na primeira noite de terça ou sexta-feira, depois do aniversário, ele sai e vai até uma encruzilhada.
Ali, no silêncio da noite, se transforma em Lobisomem pela primeira vez, e uiva para a lua.
Daí em diante, toda terça ou sexta-feira, ele corre pelas ruas ou estradas desertas com uma matilha de cachorros latindo atrás.
Nessa noite, ele visita sete partes da região, sete pátios de igreja, sete vilas e sete encruzilhadas.
Por onde passa, açoita os cachorros e apaga as luzes das ruas e das casas, enquanto uiva de forma horripilante.
Antes do Sol nascer, quando o galo canta, o Lobisomem volta ao mesmo lugar de onde partiu e se transforma outra vez em homem.
Quem estiver no caminho do Lobisomem, nessas noites, deve rezar três Ave-Marias para se proteger.
Para quebrar o encanto, é preciso chegar bem perto, sem que ele perceba, e bater forte em sua cabeça.
Se uma gota de sangue do Lobisomem atingir a pessoa, ela também vira Lobisomem.

Negrinho do Pastoreio

O Negrinho do Pastoreio é uma lenda meio africana meio cristã.
Muito contada no final do século XIX pelos brasileiros que defendiam o fim da escravidão.
É muito popular no sul do Brasil.
Nos tempos da escravidão, havia um estancieiro malvado com negros e peões.
Num dia de inverno, fazia frio de rachar e o fazendeiro mandou que um menino negro de quatorze anos fosse pastorear cavalos e potros recém-comprados.
No final da tarde, quando o menino voltou, o estancieiro disse que faltava um cavalo baio.
Pegou o chicote e deu uma surra tão grande no menino que ele ficou sangrando.
"Você vai me dar conta do baio, ou verá o que acontece", disse o malvado patrão.
Aflito, ele foi à procura do animal. Em pouco tempo, achou-o pastando. Laçou-o, mas a corda se partiu e o cavalo fugiu de novo.
Na volta à estância, o patrão, ainda mais irritado, espancou o garoto e o amarrou, nu, sobre um formigueiro.
No dia seguinte, quando ele foi ver o estado de sua vítima, tomou um susto.
O menino estava lá, mas de pé, com a pele lisa, sem nenhuma marca das chicotadas.
Ao lado dele, a Virgem Nossa Senhora, e mais adiante, o baio e os outros cavalos.
O estancieiro se jogou no chão pedindo perdão, mas o negrinho nada respondeu.
Apenas beijou a mão da Santa, montou no baio e partiu conduzindo a tropilha.

FOLCLORE INFANTIL

Quem não conhece uma brincadeira, um versinho popular ou uma cantiga de roda? Pois saiba que as músicas, os brinquedos, as parlendas e os jogos fazem parte do rico folclore infantil brasileiro. Se você prestar atenção, vai perceber que o folclore também faz parte da sua vida.

Parlendas

Você sabe o que são parlendas? São versos infantis com rimas, criados para as mais diferentes finalidades, entre elas divertir, acalmar, ajudar a decorar números ou escolher quem deve iniciar uma brincadeira. Como variam bastante, cada pessoa pode conhecê-las de um modo diferente. Confira algumas parlendas e veja se a que você conhece é parecida com essas!
“Um, dois, feijão-com-arroz. Três, quatro, feijão no prato. Cinco, seis, bolo inglês. Sete, oito, comer biscoito. Nove, dez, comer pastéis.”
“Batatinha quando nasce se esparrama pelo chão. Menininha quando dorme põe a mão no coração.”
“Hoje é domingo, pede cachimbo. Cachimbo é de barro, bateu no jarro. Jarro é de ouro, bateu no touro. Touro é forte, acabou-se na morte.”
“Chuva e sol, casamento de espanhol. Sol e chuva, casamento de viúva.”

Fáceis e Divertidos

Muitos brinquedos simples e fáceis de fazer são utilizados em nosso país há muito tempo. O pião, também chamado de finca, carrapeta ou pinhão, é um deles.
Outro exemplo é a pipa, que dança nos céus de várias regiões do Brasil e recebe diversos nomes, como papagaio, raia, pandorga, arraia, maranhão e quadrado.
Já o ioiô pode ser comprado pronto ou ser feito com barbante, serragem e papel de embrulho. Os jogos com bolinhas de gude também são diversão garantida.

Hora de Brincar

Algumas brincadeiras resistem ao tempo. E você pode estar se divertindo do mesmo modo que seus pais ou avós. No esconde-esconde, uma pessoa procura enquanto as outras se escondem. No passa-anel, é preciso adivinhar quem ficou com o anel que passou de mão em mão. Das brincadeiras com bola, a queimada é uma das preferidas. Divididos em dois campos, jogadores de duas equipes atiram a bola sobre os adversários. Se ela acertar qualquer parte do corpo de alguém e cair no chão, a pessoa atingida é “queimada” e eliminada. Ganha o time com menos jogadores atingidos pela bola.

TEATRO AO AR LIVRE

Os folguedos são representações com muito ritmo, vários personagens e um enredo. Essas encenações teatrais retratam as diferentes tradições regionais. Ao som de instrumentos musicais, tocados normalmente pelos participantes, os hábitos e valores culturais são transmitidos de forma alegre e bem-humorada.

Marinheiros Somos!

O Fandango, também conhecido no Norte e Nordeste como Marujada, é um folguedo de origem portuguesa em homenagem às conquistas marítimas. A encenação começa com a chegada de uma miniatura de barco a vela, puxada pela tripulação. Os personagens cantam e dançam ao som de instrumentos de corda. “Marinheiros somos! Marujos do mar!” é uma das frases recitadas pela tripulação.
Dos folguedos brasileiros, o Bumba-meu-Boi é um dos mais conhecidos e populares. Nos diferentes estados onde ocorre, entre eles Maranhão, Amazonas e Piauí, recebe diversos nomes como Boi-Surubi, Boi-Bumbá, Boi-de-Parintins, Boi-Barroso e Boi-de-Mamão. Os personagens também variam por regiões. Pai Mateus, Cavalo-Marinho, Caipora e Maricotas de Corocó, entre outros, contam, dançando e cantando, a história da morte e da volta à vida de um boi. Essa dança dramática é realizada tanto nos festejos juninos quanto nos de Natal. No momento do renascimento do boi, os personagens dessa encenação gritam “Bumba-meu-Boi”.

Avante, Guerreiros!

A Congada, realizada em vários estados brasileiros, entre eles Paraná, Minas Gerais e Paraíba, representa a luta entre dois grupos, os cristãos e os mouros, ou muçulmanos. Eles marcham, cantam e simulam uma disputa com espadas, imitando uma guerra que termina com a derrota dos mouros. Criada pela Igreja Católica, essa encenação tem São Benedito como padroeiro. A música fica por conta de uma orquestra composta de violas, violões, cavaquinhos, reco-recos e atabaques.

A Dança dos Cavaleiros

A Cavalhada é um folguedo do qual participam cavaleiros divididos em grupos, ou cordões. Eles homenageiam os ricos homens europeus da Idade Média, que se exibiam em cavalos. Usando trajes especiais, executam manobras numa série de jogos. A Cavalhada acontece em Alagoas, com versões diferentes nos estados do Rio de Janeiro, Goiás e São Paulo.

DANÇAS E RITMOS

Embora conhecido como a terra do samba, o Brasil possui muitos outros ritmos musicais. Alguns deles resistem ao tempo e viram uma referência importante para algumas regiões, que se tornam conhecidas por causa desses ritmos.

Ritmo Envolvente

Nenhuma dança possui um ritmo tão contagiante quanto o frevo.
Nas ruas e nos salões de Pernambuco, principalmente, e especialmente no Carnaval, passistas dão shows em coreografias individuais, improvisadas e rápidas, com roupas coloridas e um acessório especial: uma pequena sombrinha. Muitos dançarinos e dançarinas mirins fazem verdadeiras manobras dançando o frevo. Entre as variações, existem o frevo-abajo, o frevo-coqueiro e o frevo-ventania

Muito Gingado

A capoeira é um jogo de ataque e defesa, praticado em roda e acompanhado de instrumentos musicais. Seus movimentos são leves e gingados e o ritmo é marcado pelo som do berimbau e por cânticos. Era jogada inicialmente pelos escravos negros vindos de Angola, país africano. No Brasil, precisou ser disfarçada como dança para enganar os senhores de engenho e as autoridades. Eles achavam que ela era muito violenta e poderia tornar os escravos agressivos com os patrões. Nascia assim a capoeira regional baiana, que se tornou também uma destacada atividade esportiva, presente em academias de todo o país.

Baião e Forró

Entre os vários ritmos nordestinos que animam bailes e festas no Nordeste, dois se destacam: o baião e o forró. Nas bandas, sobressaem instrumentos como a sanfona e o triângulo. São dançados em salões ou locais improvisados, muitas vezes de terra batida. Nascido em Pernambuco, Luiz Gonzaga, o Gonzagão (1912-1989), tornou-se o “rei do baião”, apesar de ter cantado outros ritmos, entre eles o xote e o xaxado.

Outras Danças Regionais

No estado do Pará e na Ilha de Marajó, uma dança viva e muito movimentada tornou-se tradição: o carimbó. Os participantes ficam frente a frente, dançando e estalando os dedos. Já o cateretê, também chamado de catira em Goiás, Minas Gerais e Rio Grande do Sul, é dançado apenas por homens, dispostos em duas colunas. No caiapó, folguedo típico da cidade de Parati, no Rio de Janeiro, o ritmo da dança é marcado por espadas e arco-e-flechas, juntamente com violas e outros instrumentos musicais.
Fonte: www.independenciaoumorte.com.br

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