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terça-feira, 14 de janeiro de 2014

Instituto da Cultura Árabe apresenta: Premiere ICArabe

Documentário que desafia a simbologia do véu islâmico entre mulheres no Reino Unido abre novo projeto cinematográfico do Instituto da Cultura Árabe

“NEM SEMPRE ME VESTI ASSIM”, DA BRASILEIRA BETTY MARTINS, É O PRIMEIRO FILME DO “PREMIERE ICARABE”. ESTREIA NACIONAL E DEBATE COM A DIRETORA ACONTECEM NO CCBB, EM SÃO PAULO, DIA 3 DE FEVEREIRO

Como parte das comemorações dos 10 anos do Instituto da Cultura Árabe – ICArabe
celebrados em 2014, o Núcleo de Cinema do Instituto,  responsável pela Mostra
Mundo Árabe de Cinema, lançará o projeto “Premiere ICArabe”, que trará produções nacionais inéditas com a temática árabe e debates com diretores, atores, produtores e estudiosos dos temas abordados. O projeto terá início em fevereiro com a estreia nacional do documentário média-metragem “Nem Sempre Me Vesti Assim”, de Betty Martins, que aborda o uso do véu entre mulheres no Reino Unido. O evento acontecerá no CCBB-SP, no dia 3 de fevereiro, às 20h, com entrada franca.  Após a exibição, haverá um debate com a diretora do filme e a antropóloga Francirosy Campos. A produção será exibida também de 5 a 9 de fevereiro, às 12h30.

A ideia do filme surgiu a partir da experiência pessoal da diretora brasileira, que viveu 9 anos na Inglaterra e vivenciou o fenômeno do crescimento do uso do véu entre as mulheres, bem como os estereótipos negativos veiculados pela mídia, pela sociedade e
por instituições políticas.

O documentário apresenta três mulheres muçulmanas de diferentes etnias que vivem no Reino Unido. O foco principal é o uso do véu como um processo íntimo, concedendo a ele uma perspectiva crítica e particular.

As mulheres muçulmanas que decidem usar qualquer tipo de véu (hijab ou niqab) fazem parte de um fenômeno crescente. As implicações de usar o véu variam de país para país e de cultura para cultura. As migrações e os eventos históricos trazem à tona
agentes transformadores poderosos, que podem mediar os significados dos aspectos culturais. Esse documentário busca encontrar alguns desses agentes por meio de experiências pessoais, que são responsáveis por determinar o que o véu representa
para elas e como é ser uma mulher que o usa.

O projeto também se preocupa com o perigo de tal discurso. Por isso, durante o processo de entrevista, Betty Martins concentrou-se nas relações pessoais, não em ideologias paralelas. “As mulheres foram solicitadas a compartilhar suas experiências
no momento em que decidiram usar o véu, para que pudéssemos abordar suas relações, o que ajudou a moldar o significado que o véu tenha para elas. Como resultado, o véu, um objeto que é passivo de representação ideológica, do Ocidente ao Oriente, se tornou algo pessoal e singular. Nesse sentido, o filme apresenta a beleza da vestimenta, com sua complexidade e
seus diversos significados, e aprecia seu potencial crítico para o entendimento de valores sociais, políticos e culturais”, explica a diretora. 
A iraniana Noura Sanatian é a responsável pela trilha sonora. Moradora no Reino Unido, Noura acompanhou o processo de entrevista, conheceu as mulheres por meio de suas memórias compartilhadas e criou canções exclusivas para o documentário.

“Nem sempre me vesti assim” tem sido exibido internacionalmente em grandes Universidades e Centros Culturais, como o Kings College, e discutido em grandes veículos de mídia, como a BBC. O filme está sendo distribuído no mercado educativo internacional e será transmitido em rede nacional no Reino Unido em 2014.

Para o Diretor Cultural do ICArabe e curador do projeto “Premiere ICArabe”, Geraldo Adriano Godoy de Campos, é parte da missão do Instituto apoiar as iniciativas de artistas brasileiros relacionadas à cultura árabe. “É importante destacar o crescimento da produção cinematográfica com temática árabe na América Latina. A ideia do `Premiere ICArabe´ é fomentar espaços de debate, sempre após a exibição dos filmes.  O filme `Nem sempre me vesti assim´ será exibido num momento mais do que oportuno para discutirmos estereótipos e representações pré-concebidas associadas aos árabes e aos muçulmanos. Basta estarmos atentos a exemplos recentes na teledramaturgia brasileira, que acabam fortalecendo os preconceitos”, ressalta.
Para assistir ao trailer, acesse http://vimeo.com/61835953

Sobre a diretora:
Betty Martins é pesquisadora, escritora, produtora cultural e diretora de documentários brasileira, que mora no Reino Unido há mais de 9 anos. É particularmente interessada nas pesquisas relacionadas as tecnologias da memória, as quais explora através do trabalho reflexivo das micronarrativas.
No Brasil, concluiu um bacharelado em Artes Visuais, administrou projetos de educação e arte para grupos de risco e exclusão social e estudou Filosofia enquanto trabalhava como professora de artes nas redes estaduais.
No Reino Unido, graduou-se em Gerenciamento de Artes e fez mestrado em Estudos Culturais e de Mídia, pesquisando e desenvolvendo projetos por meio de práticas reflexivas sobre assuntos relacionados à memória cultural. Desenvolveu diversos projetos adotando tais pesquisas e práticas, o que resultou na organização D-AEP.org. Além de “Nem sempre me vesti assim”, dirigiu e produziu dois documentários: o primeiro, "Lembrando e Esquecendo o México", foi comissionado pelo Museu Britânico; o segundo, "Quando as Almas Chegam" (documentário que foi exibido em festivais internacionais), contou com o apoio do Wellcome Trust.
Betty Martins também apresenta pesquisas em conferências internacionais e escreve sobre assuntos de caráter social no mundo contemporâneo, com artigos publicados pelo premiado OPENDEMOCRACY e outras mídias independentes.

Sobre a antropóloga 
Francirosy Campos Barbosa Ferreira, Antropóloga, docente de Antropologia no Dpto Psicologia Social  (FFCLRP - USP), coordenadora do GRACIAS - Grupo de Antropologia em Contextos Islâmicos e Árabes;  Pesquisadora do GRAVI e NAPEDRA (USP). Organizadora do livro: Olhares femininos sobre o Islã: etnografias, metodologias e imagens (Hucitec,2010) Diretora dos vídeos: Allahu Akbar, Sacrifício e Vozes do Islã, Círculo de Fogo.

O ICArabe
O Instituto da Cultura Árabe, baseado em São Paulo, Brasil, é uma entidade civil, autônoma, laica, de caráter científico e cultural. Visa integrar, estudar e promover as várias formas de expressão da cultura árabe, antigas e contemporâneas, e encorajar o reconhecimento de sua presença na sociedade brasileira. Está aberto à participação de todos os que acreditam ser premente assegurar o respeito às diferenças.
Saiba mais em www.icarabe.org.br

Núcleo de Cinema 
Núcleo de Cinema do ICArabe é responsável pela Mostra Mundo Árabe de Cinema, que este ano terá sua 9ª edição. A ideia de apresentar filmes e produções árabes e debatê-los está presente desde o início do Instituto da Cultura Árabe. No início das atividades da entidade surgiu a questão: onde estavam as produções árabes? Inexistentes ou simplesmente ausentes do público brasileiro? Percebeu-se que se tratava da segunda alternativa. Logo constatou-se que havia diversos filmes, uma intensa produção cinematográfica, cujos direitos deveriam ser adquiridos pelo ICArabe e começou-se a trabalhar nisso.

As mostras do ICArabe já integram o calendário cultural oficial da cidade de São Paulo, com exibições de filmes inéditos e promoção de encontros entre diretores, atores e produtores internacionais e o público brasileiro.


Serviço:
Premiere ICArabe – exibição do filme “Nem Sempre Me Vesti Assim”, de Betty Martins
Estreia: dia 3 de fevereiro, às 20h, com debate com a diretora e a antropóloga Francirosy Campos
Em cartaz: de 5 a 9 de fevereiro, às 12h30
Onde: CCBB – Centro Cultural Banco do Brasil - Rua Álvares Penteado, 112 | Centro | São Paulo | Tel.(11) 3113-3651 / 3113-3652 | www.bb.com.br/cultura
Quanto: grátis (é necessário retirar ingresso com até uma hora de antecedência)
Lugares: 70

Assessoria de Imprensa do ICArabe

Ana Paula Rogers

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