A Comissão de Trabalho, Legislação Social e Seguridade Social da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj), presidida pelo deputado Paulo Ramos (PSol), quer saber os débitos e a origem dos recursos da Santa Casa de Misericórdia. Para isso, Ramos propôs um encontro com o provedor da instituição, Luiz Fernando Mendes de Almeida, em no máximo uma semana. "Imaginávamos que, com um representante aqui, poderíamos esclarecer isso", critica o deputado, lamentando que a Santa Casa não tenha enviado representação para a audiência pública desta quarta-feira (16). O parlamentar acrescentou que há um pedido de criação de CPI para investigar Santa Casa.
O professor de Medicina da Universidade Gama Filho na Santa Casa, Jorge Amaral, reforça que a instituição precisa de transparência e acredita que uma "medida de força", como o fechamento total da rede, não seria benéfico. "Nós somos, na maioria, professores das universidades que damos aulas na Santa Casa. Sem os trabalhadores e residentes pagos, não dá para o doente continuar internado". Segundo ele, alguns alunos de pós-graduação trabalham para a instituição com o objetivo de pagar os estudos. “Sem essa mão de obra a situação da Santa Casa poderia se agravar”, acredita.
Presentes na audiência, representantes de sindicatos reforçaram que o pagamento do Sistema Único de Saúde (SUS) não é repassado aos funcionários. O vice-presidente da Associação dos Magistrados da Justiça do Trabalho, Paulo Perissé, e o assessor jurídico da Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos de Serviços de Saúde do Rio de Janeiro (Seess-RJ), Walter Seixas, também compareceram.
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