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quinta-feira, 13 de maio de 2010

A entusiasmada carta da princesa Isabel a dom Pedro II


Era noite de 13 de maio de 1888. No Rio de Janeiro, a princesa Isabel havia acabado de assinar a Lei Áurea, abolindo a escravidão no Brasil. Deitada na cama da casa de Petrópolis, escreveu para o pai, o imperador dom Pedro II, que estava na Europa.
A carta é entusiasmada. Dá detalhes sobre a euforia que tomou conta da cidade. Em tom respeitoso, começa dizendo que apenas fizera uma velha vontade do pai: “Partimos para o Rio a fim de eu assinar a grande lei, cuja maior glória cabe a papai, que há tantos anos esforça-se para um tal fim”. Sem deixar de destacar a própria participação: “Eu também fiz alguma coisa e confesso que estou bem contente de também ter trabalhado para ideia tão humanitária e grandiosa”.
Em seguida, conta sobre o clima eufórico que tomou conta das ruas do Rio: “Os nossos autógrafos da lei e o decreto foram assinados às três e meia, em público, na sala que precede a grande do trono, passada a arranjar depois de sua partida. O Paço (mesmo as salas) e o Largo estavam cheios de gente, e havia grande entusiasmo, foi uma festa grandiosa”. E prossegue: “Discursos, vivas, flores, nada faltou, só a todos faltava saber papai bom e poder tributar-lhe todo o nosso amor e gratidão”.
Isabel descreve mais festividades na chegada a Petrópolis: “Chuvas de flores, senhoras e cavalheiros armados de lanternas chinesas, foguetes, vivas. Queriam puxar meu carro, mas eu não quis e propus antes vir a pé com todos da estação”.
Três dias depois, a princesa envia uma nova carta. O tom é o mesmo: “Tudo está em festa pela lei. Reina entusiasmo grande por toda a parte”. E assina de maneira carinhosa: “Adeus, meus queridos e bons pais, aceitem mil abraços e beijos saudosíssimos e deitem-nos sua bênção. Sua filhinha que tanto os ama. Isabel, Condessa d’Eu”.

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