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quarta-feira, 15 de outubro de 2008

Bilhões para os banqueiros, esmolas para os famintos

Os governos dos Estados Unidos e da Europa gastaram numa semana o equivalente ao montante que se necessita para matar a fome no mundo por quase 50 anos.

No passado 30 de junho, na abertura da Cúpula da Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação (FAO, por sua sigla em inglês) realizada em Roma, o presidente de esta instituição multilateral, Jacques Diouf, solicitou aos líderes mundiais 30 bilhões de dólares anuais para relançar a agricultura e evitar ameaças futuras de escassez dos alimentos.

A FAO só coletou nessa oportunidade - e com muito esforço - 7 bilhões 500 milhões de dólares pagáveis em quatro anos, cifra que se traduz em cerca de um bilhão 875 milhões de dólares anuais.

Dito montante representa tão só uns dois dólares anuais por cada pessoa faminta no planeta.

Em contraste, durante a semana transcorrida entre 30 de setembro e 8 de outubro, Estados Unidos aprovou $700 bilhões no “pacote de resgate financeiro”; Alemanha salvou um banco injetando-lhe 50 bilhões de euros (uns $70 bilhões), ademais da decisão da Grã Bretanha de comprar ações em sete bancos por uns $90 bilhões, assim como de pôr à disposição dos bancos uns $350 bilhões em garantias creditícias.

“Frente a esta tela de fundo, como explicamos a pessoas com sentido comum e boa fé que não é possível encontrar 30 bilhões de dólares ao ano que permitam a 862 milhões de pessoas famintas desfrutar do mais elementar dos direitos humanos, o direito à alimentação”, dizia Diouf em junho passado.
Fonte: Agencia Bolivariana de Notícias