Campinarte Notícias e Músicas

Arquivo do blog

ESTE BLOG É INDEPENDENTE - NÃO RECEBE (E NEM QUER) SUBVENÇÃO DE QUALQUER PREFEITURA, GOVERNO DE ESTADO E MUITO MENOS DO GOVERNO FEDERAL - NÃO SOMOS UMA ONG OU FUNDAÇÃO, ASSOCIAÇÃO OU CENTRO CULTURAL E TAMBÉM NÃO SOMOS FINANCIADOS POR NENHUM PARTIDO POLÍTICO OU DENOMINAÇÃO RELIGIOSA - NÃO SOMOS FINANCIADOS PELO TRÁFICO DE DROGAS E/OU MILICIANOS - O OBSERVATÓRIO COMUNITÁRIO É UMA EXTENSÃO DO CAMPINARTE DICAS E FATOS - INFORMAÇÃO E ANÁLISE DAS REALIDADES E ASPIRAÇÕES COMUNITÁRIAS - GRATO PELA ATENÇÃO / HUAYRÃN RIBEIRO

Vídeos

Notícias principais - Google Notícias

sábado, 23 de outubro de 2010

Bangüê ou Bangu?

Eu estava pensando em Bangu. Não sei por que, mas eu estava pensando em Bangu. Não como ele é hoje, mas como deveria ser há muitos e muitos anos. Eu falo Bangu apenas como referência. Quando eu digo que estava pensando em Bangu quero dizer que estava pensando em toda aquela região da zona oeste: Realengo, Padre Miguel, Senador Câmara até Santa Cruz. Bangu é o bairro mais quente do Rio de Janeiro. Essa região está encravada num grande vale que outrora tinha como mola propulsora os engenhos de cana-de-açúcar. Isso quer dizer que é uma região tradicionalmente quente e doce. Mas o que mais me chama à atenção é o nome “Moça Bonita”. O bairro de Moça Bonita, a equipe de Moça Bonita. Se bem que não existe mais o bairro Moça Bonita. A expressão “Moça Bonita” é usada praticamente no futebol quando querem se referir ao time do Bangu ou quando o jogo (de futebol) é no campo do Bangu. Os locutores de rádio costumam dizer “o jogo é no estádio de Moça Bonita”. Detalhe: o nome certo é – Estádio Proletário Guilherme da Silveira Filho. Mas pense comigo. Teoricamente deveria ser um lugar maravilhoso. Um lugar que como eu disse muito quente; rico em cana-de-açúcar e de quebra uma moça bonita. Se você quiser pode inverter para ficar melhor: moça bonita quente e doce.
Sempre que eu penso em Bangu eu penso no Bangu e na moça bonita. Sempre que eu penso em Bangu eu penso em bangüê e em como deveriam ser os engenhos. Sempre que eu penso em Bangu eu penso na estrada real. Sempre que eu penso em Bangu eu penso no trem. Sempre que eu penso em Bangu fico com saudades.

Bangüê
Sem teu calor, eu não teria
Essa alegria, sem teu calor.
Sem teu amor, não saberia
Se é noite ou dia, sem teu amor.

Nem que o vale onde moras
Já foi de branca doçura
Senhoras, senhores, engenhos
Os negros, a cana, o açúcar.

Sem teu calor, eu não teria
Essa alegria, sem teu calor.
Sem teu amor, não saberia
Se é noite ou dia, sem teu amor.

Da moenda o verde bagaço
Levados à bagaceira
Bangüê, cipós trançados
Chibata, fornalha, fogueira.

Sem teu calor, eu não teria
Essa alegria, sem teu calor.
Sem teu amor, não saberia
Se é noite ou dia, sem teu amor.

Hoje não mais o chicote
Engenhos não mais os vejo
Porém serei pra sempre
Escravo dos teus desejos.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.